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França chega à final com brilho de Mbappé e superação – 17/12/2022 – Esporte

A França chega à final da Copa do Mundo do Qatar provando que experiência faz diferença nos momentos decisivos.

Mesmo quando não foi superior tecnicamente aos adversários, como nas quartas de final contra a Inglaterra e na semifinal diante do time de Marrocos, os atuais campeões tiveram disciplina e concentração suficientes para alcançar as vitórias.

A França de 2022 é uma “equipe estranha”, escreveu o jornal L’Equipe ao descrever como uma “un exploit venu des tréfonds” (uma façanha das profundezas) a classificação do país para a decisão com a Argentina. A grande final será neste domingo (18), às 12h (de Brasília), em Lusail.

Não é o Brasil 1970, pois “faltam iluminações, magia e muita luz”, nem é a França de 2018, pela “falta de controle a certos níveis”, mas a França de 2022 é uma equipe com uma “ambição íntima cultivada na adversidade” e em curto espaço de tempo.

Nem o técnico Didier Deschamps discorda disso. “A França não foi perfeita”, ele reconheceu, repetindo como se fosse um refrão após os triunfos contra ingleses e marroquinos.

Foram os jogos mais difíceis da equipe no Qatar. Também foram nos quais Kylian Mbappé teve menos espaço, o que ajuda a entender a dificuldade francesa para se impor.

Em suas três primeiras partidas no Mundial, o camisa 10 foi acionado 39 vezes na área adversária, uma média de 13 por partida, segundo dados da Fifa. Contra Inglaterra e Marrocos, ele se viu nessa situação apenas 12 vezes, somando os dois confrontos.

A despeito dos números, porém, não é tão simples afirmar que ele foi menos decisivo, embora tenha passado em branco nessas partidas —ainda é o artilheiro da Copa, com cinco gols, ao lado de Messi.

Aos 23 anos e já em sua segunda final de Copa consecutiva, ele mostrou outro tipo de influência nos últimos dois confrontos. Se não tinha espaço, era porque a marcação, muitas vezes, era dobrada. Situação que, por outro lado, abria brechas para seus companheiros.

Foi assim que a muralha marroquina começou a ser destruída. Enquanto ele estava cercado por sete adversários e mesmo assim achou um jeito de finalizar para o gol, a sobra da defesa acabou caindo livre para Theo Hernández.

Isolado como em um oásis no meio do deserto, o lateral só teve o trabalho de finalizar para o gol, logo aos cinco minutos. Isso desmontou a estratégia de se fechar e buscar contra-ataques e obrigou o time de Marrocos a sair para o jogo.

Era tudo o que Mbappé queria, pois assim ele poderia usar justamente a principal arma marroquina para explorar a força de seus arranques pelas laterais.

Nem seu amigo e companheiro de clube Hakimi escapou de ser tirado para dançar, driblado e deixado para trás em campo. Se tinha dificuldade para finalizar, ao menos o camisa 10 francês esgotava as forças dos defensores. Eles já estavam extenuados quando Muani fechou a conta.

A despeito de todos os problemas físicos antes e durante o torneio, a França ainda tinha fôlego. Foi talvez sua maior prova de força nesta edição, superando a longa lista de baixas que formam um time desses que os torcedores têm decorado.

Pogba, Kanté, Benzema, Kimpembe e Nkunku nem jogaram no Qatar. Lucas Hernandez se machucou já durante a Copa. Upamecano e Rabiot não entraram na semifinal, abatidos por algo que Deschamps chamou de “uma doença que está acontecendo em Doha”.

Mesmo com as baixas de peças que foram importantes em 2018 e outros abatidos já durante a edição de 2022, a França mostrou que ainda tem muitas reservas daquela experiência vitoriosa.

Muito mais do que apenas os cinco remanescentes daquela conquista que iniciaram o duelo com os marroquinos (Hugo Lloris, Raphael Varane , Antoine Griezmann , Olivier Giroud e Mbappé). Há, também, a mesma frieza.

Mesmo na goleada sobre a Croácia, por 4 a 2, quando ficou com o caneco, o time francês cometeu alguns erros que poderiam ter lhe custado a vitória. Como aconteceu também diante da Inglaterra e de Marrocos nesta edição. Nos dois casos, nada abalou a máquina francesa de buscar vitórias.

O desafio agora é saber o quanto isso poderá fazer a diferença diante da Argentina. Quanto pode custar um erro contra Lionel Messi?

Muitas equipes sabem bem disso, mas a França não quer tomar conhecimento. Pelo menos não na prática. E espera contar com toda sua experiência para superar mais uma vez as adversidades.

“Sempre acontecem coisas em uma partida para as quais você não está preparado”, disse o capitão Hugo Lloris. “É aí que você precisa mostrar um bom espírito de equipe”, acrescentou.

“Somos bons como equipe porque sabemos como nos adaptar a diferentes cenários.”

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Final reúne dois candidatos a Pelé – 17/12/2022 – PVC

Mbappé saltou nos ombros de Giroud e levantou o braço esquerdo, com o punho cerrado, enquanto passava o direito em torno do pescoço do centroavante.

Tinha acabado de marcar, nos 3 a 1 contra a Polônia.

A imagem é igual à de Pelé comemorando o primeiro gol da final de 1970 saltando sobre Jairzinho. Únicas diferenças: o Rei tinha o punho direito fechado; sua festa foi na finalíssima.

A primeira página do jornal francês L’Equipe, de sábado (17), tem os dois retratos, lado a lado.

Messi tem outra foto, muito parecida, festejando um dos quatro gols do Barcelona sobre o Sevilla, triunfo por 4 a 2, em 2019. O gênio argentino saltou sobre o francês Dembelé, seu rival na decisão deste domingo (18), em Doha.

A fotografia original da comemoração do Rei com Jairzinho, do centésimo gol do Brasil em Copas, o primeiro da final contra a Itália, é do alemão Sven Simon. Dizem que não foi um repórter-fotográfico, mas um escultor.

Mbappé e Messi têm suas obras de arte nesta Copa do Mundo. A maneira como o francês observou o posicionamento do goleiro polonês Szczesny, esperou o que faria e jogou a bola no ângulo, nas quartas-de-final.

Ou Messi, ao levar o zagueiro croata Gvardiol até a linha de fundo, como Al Pacino conduzindo Gabrielle Anwar ao dançar o tango “Por una cabeza”, no filme “Perfume de Mulher”. O fim da dança foi o passe para Julián Álvarez marcar o 3 a 0.

O zagueiro Diallo, com quem Mbappé jogou no Monaco e no Paris Saint-Germain, contou ter escutado do camisa 10 da França elogios rasgados a Cristiano Ronaldo, a quem considera o melhor de todos os tempos. Há uma imagem belíssima de Mbappé com expressão de choro, ao receber a camisa de Cristiano, depois do empate por 2 a 2 entre franceses e portugueses, na Eurocopa.

Mbappé não conseguirá espalhar sua certeza sobre a superioridade de Cristiano Ronaldo, se não vencer Messi. Se ganhar, será o primeiro jogador, desde Pelé, bicampeão mundial antes dos 24 anos –o Rei fez isso aos 21.

As comparações não param. Aos 23 anos, Mbappé marcou 9 gols em 12 jogos de Copas, mais do que Pelé na mesma idade. Só que o brasileiro produziu suas sete esculturas em apenas seis partidas. Messi tem oito assistências e está empatado com Maradona, recordistas em Mundiais, neste critério.

Acontece que esta estatística só está disponível a partir de 1966 e Pelé deu dois passes para gols de Vavá, na Suécia, em 1958.

A realeza esteve presente em quase tudo nesta Copa. Seu estado de saúde preocupou a Fifa e os torcedores, que levaram homenagens aos estádios. O desempenho impressionante de Messi e Mbappé desperta até agora as comparações, a ponto da reprodução de imagens quase idênticas do camisa 10 da França, festejando com Giroud, na mesma posição em que o Rei comemorou com Jairzinho.

Ser Rei é completar 82 anos de vida e ouvir, por 64 deles, que Di Stéfano pode ter sido melhor, Cristiano Ronaldo mais goleador, Cruyff mais cerebral, Maradona mais genial, Messi, Mbappé e…

E a comparação é sempre com Pelé.

Isto é ser rei.

De tudo o que se transforma, só o que não perde o sentido é a qualidade. Não tem Tiktok, nem bate-boca caça-clique em redes sociais que substitua o protagonismo de três gênios, capturados por uma criação de 1826: a fotografia.

As três imagens quase iguais, com os sorrisos pós-gol de Messi, Mbappé e Pelé, serão eternas.


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Mbappé não participa de treino da França – 06/12/2022 – Esporte


O atacante Kylian Mbappé não participou do treino desta terça-feira (6) da seleção da França, em Doha (Qatar), quatro dias antes do jogo de quartas de final da Copa do Mundo contra a Inglaterra, já que o jogador optou por um trabalho de recuperação.

Mbappé jogou os 90 minutos (mais acréscimos) da vitória dos franceses por 3 a 1 sobre a Polônia, na qual marcou dois gols.

O atacante de 23 anos está “trabalhando na sala de recuperação”, informou a comissão técnica francesa.

Na segunda-feira (5), os jogadores da França tiveram um dia de descanso. O jogo contra a Inglaterra será no próximo sábado (10), no estádio Al-Bayt, em Al-Khor.

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Entenda a comemoração de Mbappé após gol na Copa

Depois de marcar seu primeiro gol na partida da França contra a Polônia pelas oitavas de final da Copa do Mundo, neste domingo (4), Kylian Mbappé, 23, encostou um joelho no chão, colocou o braço direito atrás das costas, voltou a cabeça para baixo e pôs o polegar em seu nariz

A postura, que lembra a célebre escultura “O Pensador”, de Rodin, é uma criação do irmão do atacante francês, de acordo com a revista GQ.

Na adolescência, Ethan Mbappé fez um gol em uma partida de Playstation disputada contra o hoje jogador do Paris Saint-Germain, se levantou para comemorar e improvisou o gesto, usado agora no Qatar.

Mbappé, que pediu aprovação do irmão para usar sua comemoração, havia empregado o gesto ao festejar um gol da seleção francesa contra a Austrália em 22 de novembro e, na temporada 2021-2022 do Campeonato Francês, em partida do PSG contra o Lorient.

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