Futebol Mundial

Alemanha vive incertezas a 6 meses Eurocopa

Em 2024, a seleção da Alemanha se aproxima do aniversário de 10 anos da histórica conquista da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, com um sentimento agridoce. Após uma campanha brilhante, marcada pela icônica goleada por 7 a 1 sobre o Brasil e a vitória sobre a Argentina, a equipe encontra-se em um período de incertezas e apreensões a apenas seis meses da Eurocopa, que será realizada em solo alemão.

Desde o triunfo no Brasil, a Alemanha não conseguiu manter o mesmo desempenho em competições internacionais. Nas últimas duas Copas do Mundo (2018 e 2022), a equipe foi eliminada na fase de grupos, enquanto na última Euro (2020) caiu nas oitavas de final. O ano de 2023 registrou resultados desanimadores, com apenas três vitórias em 11 amistosos.

O comando técnico também passou por turbulências, com Hans Flick sendo demitido após a derrota para o Japão por 4 a 1. Sua gestão, iniciada após a era Joachim Löw, não conseguiu alcançar a consistência desejada, apesar de um bom início. A falta de resultados expressivos na Euro 2020 e na Copa do Mundo de 2022 contribuiu para a decisão da Federação Alemã de Futebol.

Alguns dos resultados negativos mais doloridos da trajetória dele ocorreram na Copa do Mundo no Qatar, onde ele desembarcou como o técnico mais bem pago entre os 32 treinadores que disputaram o torneio, com um salário anual de € 6,5 milhões (R$ 36 milhões na época).

O investimento não se traduziu em resultado. Com ele, a Alemanha estreou com derrota para o Japão, por 2 a 1, empatou com a Espanha, 1 a 1, e, embora tenha vencido a Costa Rica na rodada final, por 4 a 2, caiu logo na fase de grupos.

Uma série de documentários produzidos pela imprensa alemã acompanharam a trajetória dele no torneio e as imagens só aumentaram as críticas sobre Flick. Primeiro, foi apontada uma falta de conexão entre ele e o elenco. Depois, o técnico enfrentou uma zombaria por causa de uma cena em que mostra um vídeo de gansos voando para os atletas em um exercício para, supostamente, melhorar o trabalho em equipe.

ÍIkay Gündogan, 33, na época meio-campista do Manchester City e, atualmente, no Barcelona, era um dos líderes do elenco dirigido por Flick e admitiu que faltava sintonia com o comandante.

“Muitos dos nossos jogadores estão em uma luta mental consigo mesmos. Não há confiança entre eles, não há compreensão do momento, das decisões corretas em campo”, criticou Gündogan.

A chegada de Julian Nagelsmann como novo treinador trouxe uma vitória promissora sobre os Estados Unidos, mas a equipe encerrou o ano com três jogos sem vencer, aumentando a pressão sobre o técnico. A incerteza paira sobre a formação de um “núcleo forte” de jogadores e a identidade da equipe, questões levantadas por figuras como Ílkay Gündogan e Philipp Lahm.

À medida que a Eurocopa se aproxima, o desafio para Nagelsmann é monumental. A Alemanha precisa recuperar a confiança do elenco e reencontrar o caminho do sucesso. Com um contrato curto, até o final do torneio em solo alemão, a permanência de Nagelsmann está intrinsecamente ligada ao desempenho da equipe. Caso não consiga reverter o cenário atual, a seleção alemã corre o risco de ficar novamente sem rumo e sem comando.

 

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