Após a derrota por 4 a 0 para o Manchester City na final do Mundial de Clubes, o técnico do Fluminense, Fernando Diniz, expressou seu lamento pelo resultado, sobretudo pelo gol sofrido nos primeiros 40 segundos da partida. No entanto, Diniz fez questão de ressaltar a trajetória do Fluminense ao longo do ano, destacando também o esforço da equipe na sexta-feira (22). O treinador elogiou o Manchester City, referindo-se à equipe de Pep Guardiola como “a melhor do mundo”.
“Enfrentamos o que talvez seja o melhor time do mundo nos últimos cinco anos. Eles têm uma incrível capacidade de definir o jogo. Sofremos um gol muito cedo, e o segundo, com todo mundo atrás, não deveríamos ter levado. No entanto, a equipe tentou jogar, pressionando alto o tempo todo, e conseguimos sair na maioria das vezes. Estamos de parabéns, os jogadores deram o seu melhor”, declarou Diniz ainda no gramado do estádio Rei Abdullah, em Jidá, na Arábia Saudita.
Diniz sublinhou a importância de não dar “brechas” ao enfrentar o Manchester City, destacando a precisão do time inglês em aproveitar as falhas adversárias.
Por sua vez, o zagueiro Nino, autor de um gol contra na decisão, enfatizou as convicções da equipe. “Tudo o que alcançamos neste ano foi graças às nossas convicções. Não abandonamos nossas características. Houve um momento em que precisávamos reverter um resultado na final, e conseguimos uma goleada por causa dessas características”, referindo-se à final do Campeonato Carioca contra o Flamengo em abril.
O Fluminense procurou manter seu estilo de jogo diante do City, especialmente no primeiro tempo, trocando passes e ameaçando o gol adversário em algumas ocasiões. A melhor chance foi uma cabeçada de Jhon Arias, defendida por Ederson.
Arias foi eleito o terceiro melhor jogador do Mundial, ficando atrás do lateral direito Kyle Walker e do meio-campista Rodri, este último sendo a bola de ouro do torneio, ambos do Manchester City.
Ao final da partida, que não teve lances violentos, houve um princípio de confusão com Jack Grealish e Kyle Walker de um lado, e Martinelli e Felipe Melo do outro. Apesar do empurrão de Felipe Melo em Walker, a situação foi rapidamente contida.
A goleada sofrida pelo Fluminense representa a segunda maior derrota em uma final de Mundial, ao lado dos 4 a 0 que o Santos tomou do Barcelona em 2011. A maior foi em 1961, quando o Peñarol venceu o Benfica por 5 a 0 no jogo de volta do torneio intercontinental. Na época, a decisão era em duas partidas, podendo haver um jogo extra em caso de vitória de cada equipe nas duas primeiras.