Carlo Ancelotti, de 64 anos, abordou pela primeira vez abertamente a possibilidade de comandar a seleção brasileira, revelando que o Brasil se tornou uma segunda opção em sua visão. O treinador italiano do Real Madrid admitiu ter tido conversas com a direção da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e ter sido convidado, mas destacou que o acerto dependeria da decisão do Real Madrid.
Ancelotti deixou claro que aceitaria assumir a seleção brasileira caso o Real Madrid optasse por não renovar o contrato que estava previsto para encerrar no meio deste ano. Contudo, na semana passada, o clube espanhol anunciou a renovação contratual do treinador até 2026.
“É verdade que tive contato com a seleção brasileira, com aquele que era seu presidente, Ednaldo Rodrigues, a quem agradeço o carinho e o interesse por eu treinar o Brasil, o que me encheu de orgulho”, afirmou Ancelotti em entrevista antes do jogo entre Real Madrid e Mallorca pelo Campeonato Espanhol.
Ele continuou explicando que a decisão final dependia do Real Madrid: “Ednaldo deixou de ser presidente [foi afastado em decisão judicial] e no final aconteceu como eu sempre quis: ficar no Real Madrid. O clube decidiu [renovar] porque está feliz com meu trabalho.” Ancelotti indicou que sua disponibilidade para dirigir a seleção brasileira poderá ocorrer após o término do novo vínculo com o Real.
A notícia provavelmente não é bem recebida pela CBF, que via Ancelotti como uma aposta para a conquista da Taça Fifa em 2026. A seleção brasileira não ganha a Copa do Mundo desde 2002 e teve desempenho abaixo do esperado nas Eliminatórias para a Copa de 2026, ocupando a sexta posição entre dez países.
Com interinos, o Brasil enfrentou dificuldades em 2023, resultando em um sexto lugar nas Eliminatórias sul-americanas. A perspectiva de Ancelotti assumir o comando da seleção brasileira após 2026 permanece incerta, criando um cenário de expectativa e incógnita para o futuro da equipe nacional.
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