A Copa do Mundo do Qatar começou com um amplo domínio do Bayern de Munique como fornecedor de pé de obra para a competição. Mas, com o fiasco da seleção da Alemanha, eliminada na primeira fase, houve uma debandada, e agora quem manda são os ingleses de Manchester: o City e o United.
Nas quartas de final do Mundial, são 22 jogadores desses dois clubes, 11 de cada lado. A lista descarta Cristiano Ronaldo, que entrou na Copa como jogador do United, mas rescindiu com o clube inglês na primeira semana de competição.
Mas nem todos são titulares em suas respectivas seleções. Dos 22, cinco ficam no banco.
Ao todo, são 64 jogadores que jogam na Premier League, a liga inglesa, disputando as quartas de final. A Inglaterra só não tem o meia Bellingham atuando no campeonato local —joga pelo Borussia Dortmund, da Alemanha.
Com a Argentina ocorre o contrário. Dos 26 convocados, apenas o goleiro reserva Armani atua no país de origem, pelo River Plate. Dois atuam em Manchester: Alvarez (City) e Lisandro Martínez (United).
A seleção brasileira começou a Copa com 12 jogadores da Premier League, mas perdeu o atacante Gabriel Jesus, do Arsenal, ainda na fase de grupos por causa de uma lesão no joelho direito.
Depois da Inglaterra, a seleção com mais jogadores que atuam no campeonato nacional é a Holanda, com 12, sete deles no Ajax. São apenas três da Premier League, todos defensores: Van Dijk (Liverpool), Nathan Aké (City) e Malacia (United).
A Croácia, adversária do Brasil nas quartas de final, tem seis jogadores no campeonato nacional e apenas dois na Premier League: Kovacic, do Chelsea, e Perisic, do Tottenham, ambos titulares em suas respectivas equipes e na seleção.
A França tem uma maior distribuição em seu elenco da Copa do Mundo. Seis atuam no campeonato nacional, enquanto cinco jogam na Alemanha, e outros cinco, na Espanha. Benzema, do Real Madrid, está fora por lesão.
Mas é da França que saem os jogadores com mais holofotes nestas quartas de final, todos eles do PSG: Mbappé, Messi e Neymar.
Portugal, do “desempregado” Cristiano Ronaldo, conta com sua base atuando na Inglaterra. São nove jogadores, três do City, três do Wolverhampton, dois do United e um do Fulham. Outros sete atuam no Campeonato Português, entre eles Gonçalo Ramos, jovem destaque do Benfica que barrou Cristiano Ronaldo e marcou três gols na vitória sobre a Suíça por 6 a 1.
Marrocos tem jogadores espalhados por vários países e apenas três que disputam o campeonato local. O goleiro Bono, destaque da equipe, atua no espanhol Sevilla, onde também joga o atacante En-Nesyri. Outro destaque da equipe marroquina é o meia Ziyech, que joga a Premier League pelo Chelsea.
Do Bayern de Munique só restaram seis jogadores dos 17 que começaram a Copa do Mundo, com três na França (Pavard, Upamecano e Coman), um na Croácia (Stanisic), um na Holanda (De Ligt) e um em Marrocos (Mazraoui).
O Barcelona, que era o segundo time com mais jogadores no início do Mundial, ao lado do Manchester City —ambos com 16—, também teve uma debandada com a eliminação espanhola nas oitavas. Restaram apenas cinco: o brasileiro Raphinha, os franceses Koundé e Dembélé, e os holandeses Depay e De Jong.
Já o rival do time catalão, o Real Madrid, também viu uma saída em peso de seus jogadores na Copa do Mundo. Começou com 13, mas agora tem seis: três na seleção brasileira (Éder Militão, Vinicius Junior e Rodrygo), dois na França (Camavinga e Tchouameni) e um na Croácia (Modric) –são sete contando Benzema, que, apesar de ter deixado o Qatar por lesão, não foi cortado formalmente da lista francesa e, em tese, poderia voltar para o Mundial caso se recupere.
Do futebol brasileiro, só seguem Weverton, goleiro do Palmeiras, e os flamenguistas Éverton Ribeiro e Pedro. Todos eles com pelo menos alguns minutos jogados no Qatar. Os uruguaios Arrascaeta e Varela, do Flamengo, e Canobbio, do Athletico Paranaense, e o equatoriano Arboleda, do São Paulo, ficaram pelo caminho.