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Que tal Taça Pelé em vez de Taça Fifa? – 08/12/2022 – Sandro Macedo

Bill Russell (1934-2022) e Pelé foram dominantes em seus esportes quase ao mesmo tempo.

Russell foi o maior campeão da NBA, com 11 títulos. Para os mais antigos, é o melhor que já pisou numa quadra de basquete. Seu primeiro título foi em 1957, o segundo, em 1959.

Entre um ano e outro, teve Pelé. Com 17 aninhos, o ainda príncipe do futebol conquistou sua primeira Copa do Mundo. E foi príncipe porque levou também a Bola de Prata, a de ouro ficou com Didi.

Com o Boston Celtics, Russell foi dominante nos anos 1960 e empilhou títulos até o último, o 11º, em 1969. Nenhum jogador ganhou mais anéis que ele na NBA.

Com a seleção brasileira, e o Santos, Pelé virou Rei do Futebol e conquistou mais duas Copas, a última em 1970 —se fizermos uma conta bem torta e errada, como o Mundial é de quatro em quatro anos, dá para dizer que Pelé ficou 12 anos como campeão, um Bill Russell das Copas. Ok, não vamos torturar a matemática. Mesmo assim, ninguém igualou o feito de Pelé, com três Copas como jogador —Mbappé, que já tem uma Copa e apenas 23 anos, é um candidato com potencial.

Russell deu azar pelo fato de a NBA ser um produto muito local em sua época, sem a relevância mundial que veio depois, com Magic Johnson, Larry Bird, Michael Jordan etc.

Isso explica o fato de o astro dos Celtics ter ficado fora do top 10 do jornal francês L’Equipe, quando elegeu o Atleta do Século em 1980 (editores apressados). A lista teve Pelé no topo, seguido por 2º) Jesse Owens (atletismo), 3º) Eddy Merckx (ciclismo), 4º) Paavo Nurmi (atletismo), 5º) Mark Spitz (natação), 6º Bjorn Borg (tênis), 7º) Emil Zatopek (atletismo), 8º) Fausto Coppi (ciclismo) e os boxeadores Muhammad Ali e Ray Sugar Ray Robinson fechando a lista. Ninguém do basquete.

Tudo isso para dizer que a NBA, representante máximo do esporte de Russell, soube homenageá-lo. Todo ano, desde 2009, o MVP das finais ganha um troféu individual chamado Troféu Bill Russell.

Pelé sempre disse que gostaria de receber homenagens em vida. A Copa do Qatar seria um bom momento para Gianni Infantino e sua turma prestarem essa homenagem e mudar o nome da Taça Fifa para Taça Pelé —convenhamos, ficaria bem melhor, e o troféu nunca teve um nome próprio desde que a Jules Rimet (que foi um presidente da Fifa) parou de circular, em 1970, ano do tri do Brasil.

Se não quiserem rebatizar o troféu, talvez pudessem dar o nome de Pelé à Bola de Ouro, concedida ao melhor jogador do torneio. O único problema é que a Fifa gosta de vender nomes, dá mais dinheiro. Enfim, fica a sugestão.

Copa ou Brasileiro, quem demite mais rápido? Pessoal do Qatar está chegando perto, mas ainda é café com leite perto da nossa chacina de treinadores na Série A (aqui demitimos dois técnicos depois da primeira rodada). Já estão desempregados Luis Enrique (Espanha), Tata Martino (México), Roberto Martinez (Bélgica), Diego Alonso (Uruguai), Paulo Bento (Coreia do Sul) e Carlos Queiroz (Irã) —e os dois últimos são portugueses, só para deixar os times do Brasil com água na boca.


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