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Cinco pontos para entender a paixão argentina pelo futebol – 16/12/2022 – Esporte

A Argentina prende a respiração e vive com o coração batendo forte a final da Copa do Mundo de 2022, com a Alviceleste enfrentando a França pelo terceiro título mundial.

A paixão dos argentinos pelo futebol vem de berço e se agiganta com as crianças. É um sentimento compartilhado, às vezes inexplicável. Aqui estão cinco aspectos para entendê-lo.

1 – No começo era o futebol

A gênese do futebol na Argentina remonta a meados do século 19, quando o esporte foi introduzido por marinheiros ingleses no porto de Buenos Aires. Os crioulos, surpresos, chamavam aqueles que corriam atrás de uma bola de “os ingleses malucos”. Ingleses, galeses, escoceses e irlandeses fundaram clubes próximos às estações ferroviárias que eles mesmos construíram.

A Associação de Futebol Argentina (AFA) foi a primeira federação criada na América do Sul, em 1893, e a oitava no mundo.

Os crioulos dominaram o futebol. Eles trocaram a predominância da força física por uma marca baseada na habilidade, sagacidade, magia, malícia, astúcia e drible. Assim se forjou uma identidade que é vista até hoje em Lionel Messi, Rodrigo de Paul, Julián Álvarez e Ángel Di María.

“Na Argentina, o futebol foi construído como parte de uma sociabilidade possível com território (o bairro), através dos clubes. Essa é a sua magnitude. Existe uma memória coletiva e pessoal que é compartilhada e opera atualmente”, disse à AFP o pesquisador e doutor em comunicação Juan Branz.

2 – Vários ídolos e um deus

Em seguida, o povo se identificou com ídolos que representavam esse futebol diferente. Assim foram criadas lendas com Vicente Zito, Natalio Perinetti, Francisco Varallo e Luis Monti, que liderou uma lista de argentinos naturalizados italianos que deram à Itália seu primeiro título mundial, em 1934. Aqueles grandes jogadores deslumbraram o célebre cantor e compositor de tangos Carlos Gardel, que os acompanhava de perto nos campos.

Outras figuras de destaque ao longo dos tempos foram Ángel Labruna, José Manuel Moreno, Tucho Méndez, Amadeo Carrizo, Ubaldo Fillol, Daniel Passarella, Mario Kempes, René Housemann, Gabriel Batistuta e Román Riquelme. No Olimpo das lendas só tinha chegado o símbolo histórico da Alviceleste: Diego Maradona. Agora, Lionel Messi se junta a ele.

“Messi entrou com Diego no coração dos torcedores. Demonstrou ter qualidades de um líder com seu discurso de vestiário antes da conquista da Copa América em 2021. Além de ser o melhor jogador do mundo, é uma grande pessoa, um cara muito querido. Muita gente está feliz pela Argentina, mas também por Messi. Os que duvidavam, o incorporaram em seu coração”, afirmou à AFP o historiador Felipe Pigna.

3 – Torcedores apaixonados

As torcidas geraram uma mística de arquibancada que se expandiu a todo o mundo. Os hits argentinos se tornaram famosos nas Copas. “Muchachos”, com a música da banda de ska e rock La Mosca, para o Mundial de 2022, é cantado por 40 mil torcedores nos estádios do Qatar e por milhões em praças, bares e parques na Argentina.

A identificação com um clube costuma vir de berço, e dessa escolha praticamente ninguém se arrepende.

O escritor, professor e jornalista Ariel Scher definiu assim: “Podemos citar o escritor Roberto Fontanarrosa, a quem ouvi dizer que uma das razões pelas quais o futebol nos fascina é porque quando o camisa 4 do seu time cobra um lateral, é impossível que você esteja pensando que não pagou a conta de luz. O futebol é um jogo e é uma identidade, e quando acontece, você não pensa em outra coisa”.

Mas também há grupos violentos, uma questão pendente, apesar das medidas que foram tomadas, que incluem a proibição da torcida visitante nos estádios desde 2013. Para esta Copa do Mundo, as autoridades elaboraram uma lista de 6.500 argentinos que foram proibidos de entrar no Qatar.

4 – Duas Copas

A Alviceleste conquistou sua primeira Copa do Mundo jogando em casa, em 1978, ao vencer a Holanda na final (3 a 1), no auge de Mario Kempes. A segunda veio no México, em 1986, derrotando a Alemanha (3 a 2), a glória de Maradona.

Perdeu as finais de 1930 para o anfitrião Uruguai (4 a 2), e para a Alemanha em 1990 (1 a 0) e 2014 (1 a 0). Além disso, são 15 títulos de Copa América, a maior campeã ao lado do Uruguai.

5 – Obelisco, bandeira e festa

O Obelisco, no meio da avenida 9 de Julho, é um emblema de Buenos Aires e, desde 1978, o ponto de encontro para as comemorações futebolísticas.

Com 140 metros de largura, a avenida inaugurada em 1937 e inspirada na Champs-Élysées de Paris é um convite para a concentração de pessoas. Mas o escritor Matías Bauxo explicou que o local se transformou em destino natural para os torcedores durante o Mundial de 1978, em plena ditadura, quando os jogos eram transmitidos a cores nos cinemas da perpendicular rua Corrientes.

Em Rosario, cidade de Messi e Di María, as vitórias da Argentina são comemoradas ao redor do Monumento à Bandeira, erguido às margens do rio Paraná, onde o general Manuel Belgrano a içou pela primeira vez em 1812.

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Marrocos e Croácia têm motivações para jogo de 3º da Copa – 16/12/2022 – Esporte

O confronto pelo terceiro lugar em Copas do Mundo sempre provocou a discussão da sua real necessidade, uma vez que as seleções que o disputam vêm de derrotas nas semifinais e, muitas vezes, os jogadores vão a campo sem o ânimo habitual. Mas o duelo entre Marrocos e Croácia, às 12h (de Brasília) deste sábado (17), no Qatar, deve ser diferente.

As duas nações chegam à partida com motivos de sobra para darem às torcidas um grande espetáculo no estádio Khalifa Internacional, em Doha.

Do lado croata, o grande incentivo é proporcionar ao meia e capitão Luka Modric a oportunidade de encerrar sua última Copa novamente no pódio, após o vice-campeonato no Mundial da Rússia, em 2018.

Aos 37 anos, o craque, eleito melhor jogador do mundo pela Fifa em 2018, ainda não anunciou se vai se aposentar da seleção, mas o seu treinador, Zlatko Dalic, espera convencê-lo a continuar até a Eurocopa de 2024, na Alemanha.

“Espero que ele esteja lá. Eu realmente acho que ele estará presente. Luka vai decidir por si mesmo, dependendo de onde ele estiver no futebol, na seleção. Claro, é uma decisão apenas dele”, disse Dalic, um dia depois da derrota para a Argentina nas semifinais, na quarta-feira (14).

“Será uma pena para todos os torcedores do mundo se Luka disser adeus à seleção. Ele exibiu um futebol tão bom e mostrou que é um profissional de ponta. É difícil para ele. e para mim também, se ele decidir não continuar”, acrescentou.

A vontade demonstrada por Modric ao longo do Mundial também é encarada pelo treinador marroquino, Walid Regragui, como um dos obstáculos para sua equipe ficar em terceiro no Qatar.

“Tiro o chapéu para Modric. O que ele está fazendo aos 37 anos é monumental. Ele foi o vencedor da Bola de Ouro e eu entendo perfeitamente o porquê”, disse o comandante. “Não sei se é o último jogo de Modric, ele é um guerreiro competitivo e vai querer terminar sua Copa do Mundo em grande estilo. Quando ele quer terminar em grande estilo, devemos ser cautelosos”, finalizou.

Já com um resultado histórico, por ser o primeiro país africano e falante de árabe a chegar às semifinais da Copa do Mundo, Marrocos também demonstra muita fome para vencer o último duelo e terminar na terceira colocação.

Regragui afirma que ele e seus jogadores gostariam de disputar o histórico sétimo jogo em Mundiais no domingo, na decisão, mas reconhece que terminar em terceiro também é muito importante para o futebol do país, o que deixaria os fãs orgulhosos.

“O Marrocos disputou seis partidas da Copa do Mundo em 20 anos e agora jogamos seis partidas em um mês, isso não tem preço. É como se tivéssemos jogado duas Copas do Mundo ou até mais, isso é lindo do ponto de vista da experiência”, destacou o treinador.

Tanto Dalic quanto Regragui esperam um confronto acirrado neste sábado. Muito mais do que o da fase de grupos, quando empataram sem gols e, no fim, os dois seguiram às oitavas de final, eliminando a até então favorita Bélgica e o Canadá.

“Será um adversário mais difícil do que na primeira fase. Eles não têm medo de ninguém. Será uma partida difícil. O Marrocos é a grande surpresa desta Copa do Mundo”, disse Dalic.

“Houve muita hesitação para o primeiro jogo… As duas equipes vão querer ganhar (sábado) e vai ser um grande jogo”, concordou o marroquino.

Apesar de estarem disputando a terceira posição na Copa do Qatar, Croácia e Marrocos tiveram desempenhos bem diferentes durante o torneio. Os europeus venceram apenas uma partida no tempo regulamentar, 4 a 1 no Canadá, na fase de grupos. As outras duas foram empates sem gols, com Marrocos e Bélgica.

Nas oitavas de final, novo empate (1 a 1) com o Japão e vitória por 3 a 1 nos pênaltis. Nas quartas, a grande surpresa ao segurar o Brasil no tempo normal, empatar por 1 a 1 na prorrogação e ganhar nas penalidades por 4 a 2. E a derrota por 3 a 0 para a Argentina na semifinal.

Já o rival africano demonstrou mais força no ataque desde o início, quando derrotou Bélgica (2 a 0) e Canadá (2 a 1) e empatou com os croatas. Na sequência, empatou sem gols com a Espanha no tempo normal e venceu na disputa de pênaltis por 3 a 0, eliminando um dos favoritos ao título. Nas quartas, outra vitória importante: 1 a 0 sobre Portugal, de Cristiano Ronaldo. E a derrota por 2 a 0 para a França na semifinal, que o levou ao reencontro com a Croácia.

Em relação aos times, os dois técnicos terão que fazer alterações no grupo que começa jogando. Regragui descartou a presença do capitão Romain Saiss, que tem uma lesão na coxa, situação parecida com a dos zagueiros Nayef Aguerd e Noussair Mazraoui e do atacante Youssef En-Nesyri.

Já Dalic não deve ter um dos seus principais jogadores de meio de campo, Marcelo Brozovic, que teve de deixar o jogo contra a Argentina aos 50 minutos com uma contratura muscular. Se ele não puder mesmo atuar, Lovro Majer deve ser o substituto. Outra ausência deve ser o lateral direito Josip Juranovic, que também sentiu uma lesão muscular e pode dar lugar a Stanisic, que ainda não atuou no Qatar.

Assim, se o jogo será decidido no tempo normal, na prorrogação ou nos pênaltis, só saberemos depois, mas o certo é que o torcedor deve ter bons motivos para ficar ligado no gramado, já que as duas seleções estão prontas para dar espetáculo.

Com agências de notícias

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Argentina finalista nasceu em derrota contra o Brasil – 16/12/2022 – Esporte

A Argentina finalista do Mundial nasceu no vestiário do Mineirão, em 3 de julho de 2019. Na derrota para o Brasil na semifinal da Copa América daquele ano, jogadores disseram ter notado que algo se formava.

Nomes experientes como o zagueiro Nicolás Otamendi descreveram um sentimento de “pertencer” a um processo novo, diferente dos anteriores na seleção.

Depois de ser batida por 2 a 0, a seleção iniciou uma sequência invicta de 36 partidas, série encerrada apenas pela Arábia Saudita, na estreia na Copa do Qatar.

“Há algo começando. É preciso acreditar nesta equipe”, completou o defensor dias depois, quando a a equipe passou pelo Chile por 2 a 1 na disputa pelo terceiro lugar.

A Argentina, que capengava no torneio, fez sua melhor partida contra o Brasil e a torcida que lotava o Mineirão. A revolta foi direcionada à arbitragem do equatoriano Roddy Zambrano. A reclamação foi pela não marcação de dois pênaltis. Em um deles, a equipe de Tite puxou o contra-ataque e anotou o segundo gol.

A versão maradoniana de Lionel Messi, tão citada no Qatar, nasceu naquela noite em Belo Horizonte. Ele afirmou que o torneio estava “acertado” para o Brasil vencer. Acusou a Conmebol de corrupção e reclamou que a Argentina não poderia fazer parte daquilo.

“Eu não acho certo ele dizer algo assim. Nem parece o Messi”, queixou-se o ex-companheiro de Barcelona e amigo Daniel Alves.

Não parecia, mas era. No jogo seguinte, contra o Chile, o camisa 10 foi expulso ainda no primeiro tempo e depois dobrou a aposta na bronca.

“Nos tiraram da final. Oxalá o árbitro e o VAR não influam na decisão e que Peru possa competir porque tem equipe para isso. Mas vejo ser difícil”, completou, citando o confronto do dia seguinte, quando o Brasil derrotou os peruanos por 3 a 1 na partida do título.

Foi o nascimento do Messi que intimidou o atacante holandês Weghorst com o “que mirá, bobo?”, frase que torcedores no Qatar estão imprimindo em suas camisas da seleção. Tornou-se um símbolo do país no Mundial.

Dois anos depois, em 2021, a Argentina voltaria ao Brasil para a Copa América e derrotaria os donos da casa por 1 a 0 na final, no Maracanã.

“De certa forma, tudo começou naquela partida de semifinal em 2019. Aquilo criou um sentimento de unidade e de desejo de dar a Leo motivos para se orgulhar”, afirmou o volante Leandro Paredes, titular nas duas partidas.

Não por acaso, ao apito final e a confirmação do título, o primeiro de expressão do camisa 10 com a seleção, todos os jogadores correram para abraçá-lo.

Lionel Scaloni sempre descartou essa visão de mudança de liderança de Messi e de crescimento da equipe por causa do que aconteceu no Mineirão. Ressalta que seu mais importante jogador sempre foi referência técnica incontestável e que a evolução da seleção foi um processo que teve como consequência a campanha no Mundial.

Mas o histórico de declarações dos demais atletas sobre Messi mudou Ele sempre foi elogiado pelos companheiros. Mas depois de 2019, como se tratava de uma fase de transição, de saída de veteranos e entrada de mais jovens, o tom das palavras mudou. Passou a ser de adoração.

Mesmo no Qatar isso aconteceu. Foi depois da classificação sobre a Holanda que Scaloni disse que Lionel não era apenas o maior jogador do mundo. Era o melhor da história.

“Eu fiquei mais feliz por ele do que por mim com o título da Copa América. Quando ele fala, todos se calam. É como se o presidente da Argentina estivesse falando’, disse o goleiro Emiliano Martínez.

“O que posso dizer sobre Messi que já não foi dito? Graças a Deus por ser argentino. Ele é o melhor do mundo”, afirmou o zagueiro Lisandro Martínez.

A derrota para o Brasil, um ano após o fiasco na Copa da Rússia, poderia ter provocado o fim abrupto da experiência com Scaloni. Era um técnico sem experiência anterior em clubes ou seleções. Mas a adversidade fez o elenco se unir ao redor dele.

Seis jogadores que iniciaram naquela noite no Mineirão podem ser titulares neste domingo, diante da França: Otamendi, Tagliafico, Paredes, De Paul, Acuña e Messi.

Também presentes naquela derrota, Armani, Foyth, Montiel e Lautaro Martínez estarão no banco diante da França.

“Não podemos matar uma nova geração”, pediu Messi após aquele revés com o Brasil há três anos.

A recompensa é ter chegado à final da Copa do Mundo.

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Mundial de Clubes terá 32 times a partir de 2025 – 16/12/2022 – Esporte

A Fifa anunciou nesta sexta-feira (16), em entrevista do presidente Gianni Infantino, que o Mundial de Clubes será disputado a cada quatro anos, com 32 equipes na disputa, a partir de 2025.

A ideia já havia sido anunciada em 2019, mas com 24 times. O planejado era que o novo formato estreasse em 2021, mas a pandemia de Covid-19 adiou a reformulação. Hoje, o Mundial de Clubes é disputado por sete clubes no período de um mês.

A nova distribuição de clubes por continente ainda não foi definida. O mesmo vale para a sede: ainda não se sabe quais país que receberão o novo torneio em 2025.

O rearranjo ocupará o vácuo deixado no calendário pelo fim da Copa das Confederações, que era disputada no período em que o novo Mundial será realizado: um ano antes da Copa do Mundo —a próxima realizada em 2026.

Ainda que a sede não esteja definida, é provável que siga o formato da antiga Copa das Confederações, servindo como um teste para a Copa do Mundo, um ano antes do evento, para os países que irão realizá-la. No caso de 2025, seriam México, EUA e Canadá.

Outra novidade anunciada é a criação do Mundial de Clubes Feminino. Segundo Infantino, os detalhes do torneio ainda não foram definidos.

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Legislação do Qatar é cumprida quando convém, diz morador – 16/12/2022 – Esporte

O casal de veterinários paulistas Giovana Morais, 26, e Matheus Seixas, 34, se mudaram para o Qatar após uma proposta de trabalho de uma empresa privada. Ele foi em 2019 e ela, um ano depois. A desconfiança dos dois girava em torno da oferta, muito acima dos padrões do mercado brasileiro, e das diferenças culturais do país.

Mas se adaptaram —e sequer pensam em voltar tão cedo para o Brasil. O casal aponta que o pequeno país do Oriente Médio, que tem restritivas leis em relação a comportamento e crenças, “faz vista grossa” em relação às determinações escritas em sua legislação. Oferece também melhor qualidade de vida em relação à nação sul-americana.

“São exceções ou casos que vieram a público por alguma coisa. Acho que cada um pode ter a sua vida privada e ninguém precisa ficar sabendo de nada”, diz Seixas.

O Código Penal do Qatar tem uma seção para crimes sociais, que trata do comportamento em relação a religião, bebidas, apostas, adultério, imoralidade, fornicação, entre outros.

Apesar de altamente restritivo, moradores apontam que o regime do país, uma autocracia, não exige o cumprimento da lei à risca. Em alguns casos, o segredo é não tornar o feito público, dizem.

O código, por exemplo, determina pena de até cinco anos para aqueles que promoverem ou participarem de cultos de outra religião que não o islã. Ao mesmo tempo, Doha, capital do Qatar, tem uma igreja católica em um espaço reservado, escondido e afastado do centro, embora aberto.

O país também proíbe todos de se alimentarem durante o Ramadã, período em que os adeptos ficam em jejum do nascer ao pôr do sol. A pena é de três meses de prisão, além de possível multa de cerca de R$ 3.400.

Com a Copa do Mundo, houve dúvidas se a radicalidade das leis e orientações não seria um impasse aos turistas estrangeiros. Uma delas, a recomendação de que se vista roupas que escondam ombros e estejam abaixo dos joelhos, foi aliviada.

A situação foi percebida pela veterinária Morais, que antes via como problema entrar no shopping para fazer compras usando roupas que não cumprissem as instruções. Ao menos durante o campeonato, a situação mudou.

“Se eu estou de shorts e regata, eu não posso entrar, porque tem ‘dress code’, aí eu tenho que pensar na roupa que eu vou colocar. E durante a Copa, não”, diz.

Outro ponto de tensão para os turistas foram as leis que determinam que o sexo fora do casamento é crime, também parte dos códigos sociais. O casal pode ser condenado a até sete anos de prisão.

Durante o Mundial, porém, casais estrangeiros fora do matrimônio não tiveram problemas ao reservarem quartos juntos.

Longe do período do campeonato, moradores apontam que o governo não tem meios para fiscalizar esse tipo de infração. Ponderam que é importante, porém, manter a vida íntima em privacidade para não ter problemas e que o regime parece aplicar a lei quando conveniente.

À reportagem da Folha a antropóloga Francirosy Campos Barbosa, docente da USP e coordenadora do Gracias (Grupo de Antropologia em Contextos Islâmicos e Árabes), lembra que em religiões como o islamismo adeptos não devem mostrar seus erros, embora os cometa.

“A religião tem uma coisa em que você não apresenta o seu pecado”, diz.

Quando o assunto é homossexualidade, porém, a vigilância é repressiva. No Qatar, ter relações com pessoas do mesmo sexo pode levar à prisão ou morte, no caso de muçulmanos. A Human Rights Watch, que frequentemente denuncia violações de direitos da comunidade LGBTQIA+ no país, afirma em um relatório de abril de 2018 que não teve conhecimento de episódios de execução.

Durante o Mundial a repressão contra a comunidade continuou, de modo que sua segurança não foi assegurada e sua presença, de forma representativa, não foi notada.

Um levantamento publicado no portal noruegues NRK, mostrou que hotéis credenciados pela Fifa para o campeonato se recusaram a hospedar um casal homossexual. De 69 acomodações, 3 disseram que não aceitariam a reserva e outros 20 pediram que o casal evitasse demonstrações públicas de afeto, sugerindo que não se vestissem como gays. Já 33 deles aceitaram a reserva.

Dois meses antes do início do campeonato, o emir Tamim bin Hamad Al Thani disse que torcedores homossexuais de todo o mundo eram bem-vindos “sem discriminação”.

No mesmo período em que a liderança máxima do país assegurou a segurança da comunidade, gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros foram arbitrariamente presos, segundo a Human Rights Watch.

No mês de início do Mundial, o ex-jogador da seleção do Qatar e embaixador da Copa Khalid Salman chamou a homossexualidade de “dano mental”. Ele acrescentou ainda que ser gay é um “haram”, pecado no islã.

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Projeto do Qatar chega ao ápice com final da Copa – 15/12/2022 – Esporte

Quando terminou a semifinal da Copa do Mundo entre França e Marrocos, na quarta-feira (14), desenhou-se o que seria uma final dos sonhos para o Qatar.

Depois de garantida a presença do argentino Lionel Messi na decisão, foi a vez do francês Kylian Mbappé também confirmar sua vaga.

Será o confronto do jogador sete vezes eleito o melhor do mundo e que, aos 35 anos, tem sua derradeira chance de conquistar o título que lhe falta, contra um dos maiores candidatos a herdar o trono do futebol mundial, já em busca de sua segunda taça da Copa, aos 23 anos.

De acordo com a revista Forbes, a dupla está no topo da lista dos jogadores de futebol mais bem pagos do mundo em 2022. Mbappe lidera o ranking, com US$ 128 milhões (R$ 466 milhões), sendo US$ 110 milhões (R$ 400 milhões) apenas com o futebol. Messi aparece em segundo, com US$ 120 milhões (R$ 436 milhões), sendo US$ 65 milhõs (R$ 236 milhões) com o esporte.

Em comum, ambos vestem a camisa do Paris Saint-Germain, clube de propriedade da QSI (Qatar Sports Investments), subsidiária do fundo soberano do Estado do Qatar.

O fundo é acusado de investir cifras bilionárias em um projeto de “sportswashing” sem precedentes, que envolve até mesmo a escolha do país do Oriente Médio, rico em petróleo e gás natural, como sede desta edição da Copa do Mundo.

As denúncias contemplam todos os significados do termo em inglês, que indica o uso do esporte como forma de “lavar” a imagem de um Estado autocrata, em que o respeito à democracia e aos direitos humanos é questionável, como é o caso do Qatar.

O país tem um longo histórico de afrontar direitos básicos das mulheres, dos trabalhadores migrantes —milhares dos quais foram responsáveis por construir toda a estrutura para a Copa—, além da comunidade LGBTQIA+.

Nesse contexto, o uso da Copa do Mundo como ferramenta de geopolítica vai contra o que a própria Fifa defendeu ao longo da competição —tentar impedir a todo custo o uso político das partidas que promoveu.

Realizada em um país onde é crime ser homossexual, esta edição ficará marcada, por exemplo, pelo veto ao protesto em defesa da comunidade gay que sete seleções europeias pretendiam fazer por meio de uma mensagem na braçadeira de seus capitães.

Os atletas usariam o adereço com as cores do arco-íris e a inscrição One Love (um amor). Depois que a entidade máxima do futebol ameaçou puni-los em campo caso fizessem isso, eles se viram forçados a usar a braçadeira oficial da Fifa. Nela, estava escrito “no discrimination” (não à discriminação).

Em todos os jogos da competição, os torcedores também foram impedidos de entrar nos estádios com camisetas ou bandeiras com as cores do arco-íris. O rigor da fiscalização era tão forte que até mesmo uma bandeira do estado de Pernambuco, com as mesmas cores, chegou a ser confundida pelas autoridades locais.

A presença de Messi e Mbappé na decisão, além do peso do confronto de duas seleções que buscam um tricampeonato mundial, pode ser o retorno do investimento do Qatar no esporte.

As capas de jornais, as reportagens de rádio e TV, além das páginas online serão inundadas no próximo domingo (18) com a história do sucesso e do fracasso em campo, seja de qual for o lado, dando menos peso às denúncias contra o regime.

Nesta semana, por exemplo, a Sky Sports News publicou uma entrevista com Nasser Al-Khelaifi, presidente da Qatar Sports Investments, presidente do Paris Saint-Germain, presidente da European Club Association e um dos homens mais poderosos do esporte global, em que ele falava sobre a Copa.

Al-Khelaifi disse que não suporta políticos que usam o esporte para se promover e que qualquer um que tentar usar as competições para outras agendas “não terá sucesso”.

“O que estamos fazendo aqui no Qatar é apenas esporte e futebol”, disse ele.

Na entrevista, Al-Khelaifi não menciona o escândalo no centro de uma instituição da União Europeia, revelado na semana passada.

Segundo uma investigação de autoridades belgas, um grupo de pessoas com funções e trânsito dentro do Parlamento Europeu teria recebido dinheiro e favores para defender interesses do Qatar, com o intuito de melhorar sua posição internacional.

Apelidado de Qatargate, o caso levou quatro pessoas à prisão, incluindo uma das vice-presidentes da Casa, a grega Eva Kaili, que também foi destituída do cargo.

Em novembro, parlamentares aprovaram uma resolução que lamentava a falta de transparência no processo de escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo.

Na véspera da votação dessa resolução, Eva defendeu o país do Oriente Médio. “A Copa é a prova de como a diplomacia esportiva pode obter a transformação histórica de um país com reformas que inspiraram o mundo árabe”, disse ela.

Por meio de seu advogado, ela nega que tenha recebido propina. A investigação já está na extensa lista de denúncias que envolvem o cenário que abrigou os principais jogadores da atualidade, dois dos quais vão se enfrentar neste domingo.

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Argentino Di María também se despede de Copas na final – 15/12/2022 – Esporte

Nascido em Rosário, ele foi criticado várias vezes por não render pela seleção argentina o mesmo que pelo clube que paga seus salários.

Questionado, teve alguns momentos de brilho em Copas do Mundo, mas sempre ficou a sensação de que poderia render muito mais. A mudança de percepção começou com o título da Copa América de 2021.

Em seu adeus no Mundial, sua última partida será neste domingo (18), na decisão contra a França, às 12 horas (de Brasília), no estádio Lusail.

Este jogador não é Lionel Messi. É Ángel Di María, 34.

“O que aconteceu agora neste torneio poderia ocorrer em algum momento. Depois da primeira derrota, são seis finais pela frente”, disse o meia-atacante que atua pelo Paris Saint-Germain (FRA), mesmo time de Messi.

Ele deu a declaração após a partida em que foi titular, a estreia da Argentina contra a Arábia Saudita. Foi uma derrota por 2 a 1. Depois disso, sofreu lesão muscular na vitória sobre a Polônia e desde então tem sido apenas opção para o segundo tempo.

“Corremos risco com Fideo [apelido de Di María] em alguns instantes porque ele não estava 100%”, confessou o técnico Lionel Scaloni depois de colocá-lo em campo durante as quartas de final, diante da Holanda.

Nesta quinta-feira (15), ele foi um dos mais exigidos no treino na Qatar University. Se o treinador quiser manter o time, ele mais uma vez ficará no banco. Mas pode ser opção para começar como titular em caso de mudança do esquema ou das peças.

Não é a primeira vez que Di María se lesiona durante um Mundial. Teve problemas físicos também no torneio no Brasil, em 2014. Não atuou na final contra a Alemanha, apesar do esforço para se recuperar a tempo. Depois diria ter sido ameaçado pelo Real Madrid, seu clube da época, para que não jogasse. Os dirigentes da equipe espanhola negaram.

Assim como Messi, ele chegou ao Qatar com a ideia na cabeça de que esta seria sua última Copa do Mundo. As sucessivas contusões e as atuações apagadas sempre colocaram um ponto de interrogação sobre qual seria seu legado com a alviceleste.

Di María faz parte, ao lado do camisa 10, da geração marcada, até a Copa América do ano passado, pelas derrotas em decisões. Fazia parte do elenco em 2014 e das competições continentais de 2015 e 2016. Como Messi, fez um gol importante no Mundial de 2018, na Rússia, mas pouco adiantou. Seu arremate de fora da área contra a França igualou o placar nas oitavas de final, mas a Argentina terminou derrotada por 4 a 3.

“Nós tivemos o mérito de sempre chegar a decisões. Não é uma equipe que pode ser vista como fracassada, como perdedora. Quantas seleções chegam a uma final de Copa do Mundo? Não muitas”, disse na época.

A redenção na Copa América veio em 2021, no Brasil. Foi dele o gol do título contra o time de Tite, no Maracanã. Só não foi atirado para o ar pelos companheiros porque esta honra coube a Messi.

Os dois são de lados contrários na rivalidade de Rosário. Se o sonho dos torcedores do Newell’s Old Boys é ver Lionel cumprir a promessa que não fez (a possibilidade na verdade foi levantada por seu pai, Jorge), de voltar ao clube do coração, onde iniciou na base, os fãs do Rosario Central contam com Di María.

É uma possibilidade bem maior porque o meia-atacante já disse querer vestir de novo a camisa com a qual se profissionalizou.

A vitória no domingo seria a coroação para ambos e todos os olhos estarão no capitão da seleção, eleito sete vezes melhor do mundo e que tem na Copa o último grande título que não conquistou.

Mas Messi sempre foi, desde cedo, apontado como um fenômeno do futebol. O jogador sobre o qual Ronaldinho Gaúcho disse: “Este será melhor do que eu”.

Enquanto o futuro astro despontava no Barcelona e já era profissional, Di María considerava a possibilidade de parar aos 16 anos.

Como não era promovido para a equipe principal do Rosario Central e a família precisava de dinheiro, pensou em largar o futebol e ir trabalhar com seu pai. Foi a mãe, Diana, quem insistiu para que prosseguisse.

Seria ela também quem diria para o filho para não atuar mais na seleção por causa das pesadas críticas.

“Era muito triste ouvir o que diziam. Eu o via sofrer e isso me fazia mal”, confessou ela, no ano passado.

Di María a ouviu para continuar no futebol, mas fez de conta que não era com ele ao receber o conselho de abandonar a alviceleste. A recompensa por isso pode ser o título de campeão do mundo.

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Os craques são mais geniais do que os números – 15/12/2022 – PVC

O ex-técnico francês Arsène Wenger divulgou o estudo mais rico desta Copa do Mundo. Aponta que 85% dos gols nascem pelos lados do campo. Atual diretor de desenvolvimento global do futebol, na Fifa, o treinador campeão inglês invicto pelo Arsenal está convicto de que o vencedor será quem tiver os melhores pontas.

Nesse caso, será a França. Dembélé e Mbappé são os melhores extremas do Mundial. A Argentina nem pontas escala. Sua linha de meio-campo tem dois meias abertos, De Paul na direita, Mac Allister na esquerda.

Outro estudo, menos científico, está no arquivo deste colunista. Dos 62 jogos da Copa, só 21 (34%) foram vencidos por quem teve mais posse de bola; 27 (43%) por quem ficou menos de metade do jogo trocando passes. Houve 14 empates.

A conta é inversa em relação às finalizações. Quem chuta mais a gols no Qatar ganha 43% das vezes, 35% são vitórias de quem arrisca menos ao gol e 22% foram as igualdades.

É preciso cuidado para não transformar estatística em superstição.

O Brasil foi soberano na posse de bola em todos os jogos, menos contra a Croácia. Na partida da eliminação, chutou 19 vezes, e os croatas, 8. Tite viu sua seleção acertar o alvo 11 vezes. Zlatko Dalic, só uma. Gol de Bruno Petkovic.

Na semifinal, a Croácia teve mais posse e chutes do que a Argentina. Perdeu de 3 a 0.

As contradições não inviabilizam os estudos.

Há situações em que o time grande não poderá abrir mão de atacar, o que não impede de se ver a França ganhar do Marrocos com apenas 42% de posse. A Argentina venceu a Croácia mantendo-se apenas 45% do tempo com a bola.

Se dependesse apenas do que mostram números contrapostos aos jogos, a França seria vencedora contra a Argentina na final. Tem os melhores pontas e só registrou supremacia na troca de passes contra Austrália e Tunísia. Chutou mais a gol do que a maioria dos adversários, menos contra os ingleses.

Os argentinos só não tiveram mais posse, nem finalizações, na semifinal contra a Croácia.

Não dá para cravar que o futebol anda nessa direção. Esses dados parecem mais ricos nos jogos eliminatórios. Dos quatro maiores campeonatos da Europa, Bayern, Napoli e Barcelona são líderes e têm o maior índice de bola no pé. A exceção é o Arsenal, primeiro colocado na tabela inglesa e quarto nesse critério, liderado pelo Manchester City, campeão das duas últimas temporadas usando a mesma estratégia da troca de passes.

No entanto, Guardiola perdeu a final da Liga dos Campeões para o Chelsea, em 2021, com 61% de posse e menos chutes a gol.

O Palmeiras ficou em quinto no Brasileiro, e o Flamengo ficou em sétimo na Libertadores, em bola no pé. Foram campeões.

Ganha quem faz mais gols. Simples assim. Há caminhos diferentes para chegar à vitória, modos diferentes de jogar bem.

O equilíbrio tão grande entre as seleções, resultado do conhecimento de jogadores que atuam na elite dos clubes da Europa e se espalham por seus países, aumenta a necessidade de tentar perceber o que funciona e o que dá errado.

Além de ter mais gols, esta Copa, jogada no fim do ano, volta a privilegiar quem tem os jogadores mais decisivos. Como se disse aqui logo na chegada ao Qatar, os melhores do mundo não brilharam nos Mundiais do século 21, pelo desgaste no fim das longas temporadas europeias. Agora, estão no meio delas.

O desafio é de estilos, mas também de gênios: Messi x Mbappé.


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Marrocos entra com recurso contra arbitragem da semifinal – 15/12/2022 – Esporte

A Federação Marroquina de Futebol disse considerar que sua seleção foi prejudicada na semifinal da Copa do Mundo contra a França, na derrota por 2 a 0, e anunciou nesta quinta-feira (15) que procurou a “autoridade competente” para protestar contra a arbitragem.

“A FRMF enviou um email à autoridade competente no qual dá conta das situações de arbitragem que privaram a seleção marroquina de dois pênaltis indiscutíveis, segundo a opinião de vários especialistas”, informou a federação em um comunicado.

Tal “autoridade competente” não é citada na nota.

Durante a semifinal entre França e Marrocos, o único cartão amarelo da partida foi mostrado para o marroquino Boufal, por um choque com o francês Theo Hernández, punição que a federação considerou severa demais.

Em outro lance, os jogadores marroquinos consideraram que Tchouaméni agarrou En-Nesyry pela cintura dentro da área.

A FRMF afirma ter protestado “fortemente” contra a atuação do árbitro mexicano César Arturo Ramos, e que se surpreendeu porque “o dispositivo de videoarbitragem (VAR) não reagiu a essas situações”.

A federação marroquina diz que “não poupará esforços para defender e preservar os direitos das seleções nacionais, pregando a equidade na arbitragem e denunciando essas decisões arbitrais” da semifinal, acrescenta o texto.

Ramos, de 38 anos, foi árbitro no Mundial de 2018 e apitou três jogos no Qatar, entre eles a vitória de Marrocos sobre a Bélgica por 2 a 0, na fase de grupos.

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França x Marrocos registra audiência recorde na TV francesa – 15/12/2022 – Esporte

O triunfo da França sobre Marrocos por 2 a 0 nas semifinais da Copa do Mundo de 2022 reuniu 20,69 milhões de espectadores que acompanharam a partida pela rede de televisão francesa TF1 na noite de quarta-feira (14).

A marca é um novo recorde de audiência, segundo dados da Médiamétrie publicados nesta quinta (15). No total, mais de 66% dos espectadores na França acompanharam o duelo entre os ‘Bleus’ e os ‘Leões do Atlas’.

É um recorde de audiência para uma Copa do Mundo desde 2006, que teve um pico de de 23,3 milhões de telespectadores, segundo o grupo TF1

A audiência se aproxima, mas não ultrapassa o recorde registrado pela M6 durante a final da Eurocopa de 2016 entre França e Portugal, que reuniu 20,8 milhões de telespectadores.

O canal TF1, único da França que transmite a Copa do Mundo abertamente, já havia registrado 17,7 milhões de telespectadores na vitória da França sobre a Inglaterra por 2 a 1, pelas quartas de final.

No duelo das oitavas de final entre França e Polônia, foram 14,3 milhões de pessoas reunidas em frente à televisão.

A final da Copa do Mundo de 2022 terá o confronto entre os ‘Bleus’ de Kylian Mbappé e a Argentina de Lionel Messi no domingo, às 12h. O vencedor conquistará o tricampeonato.

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