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Gols de fora da área são exceção na Copa do Qatar – 15/12/2022 – Esporte

Os gols marcados de fora da grande área se tornaram mais raros na Copa do Mundo de 2022, no Qatar.

Nas 62 partidas disputadas até as semifinais, apenas 12 finalizações da intermediária terminaram no fundo das redes, incluindo duas em cobranças de faltas.

Esse número representa 7,4% dos 163 tentos anotados até o momento. É o menor percentual registrado pelo menos desde a edição de 1966, a primeira com dados catalogados pela empresa especializada em estatísticas esportivas Opta.

Em comparação, houve 23 gols de longa distância até esta mesma fase no Mundial anterior: o equivalente a 14,3% do total de 161, ou quase o dobro em relação a este ano.

Isso não quer dizer que a pontaria dos jogadores tenha piorado. Na verdade, eles estão apostando menos nesse tipo de chute.

Em vez de arriscar uma batida com grandes chances de ser bloqueada ou sair pela linha de fundo, os atletas têm preferido rodar a bola de uma ponta a outra ou reiniciar a jogada desde o campo de defesa, até encontrar melhores condições para o arremate.

O aproveitamento das finalizações melhorou entre as duas últimas Copas. Os chutes diminuíram, enquanto os gols aumentaram.

Quando consideradas apenas as jogadas com bola rolando –sem contar pênaltis e cobranças de falta–, o total de finalizações caiu 9% (de 1.463 para 1.336), e o de gols cresceu 19% (de 122 para 145).

A maior diferença está justamente nos chutes de fora da área. As tentativas de longa distância diminuíram 22% entre os dois Mundiais (de 593 para 465).

Já o número de finalizações de dentro da área se manteve estável (870 e 871, respectivamente), com maior concentração nas zonas mais próximas à meta neste ano.

Uma possível explicação para esse fenômeno é o aprimoramento das análises estatísticas como parte do trabalho das comissões técnicas.

Popularizado pelos jogos eletrônicos e sites de apostas esportivas, um dos indicadores mais observados atualmente é o xG, uma abreviação para o termo em inglês “expected goals” (gols esperados).

Basicamente, trata-se da probabilidade de uma finalização terminar nas redes, a depender do lugar do campo e em que condições ela ocorre.

Os cálculos são feitos a partir de bases de dados com milhares de finalizações registradas em partidas anteriores e seus desfechos conhecidos.

Dessa forma, uma equipe pode se preparar para explorar pontos fracos dos adversários e construir jogadas que possam ser finalizadas em zonas com um xG mais elevado, aumentando assim as chances de se atingir a meta.

Argentina e França chegam à final do próximo domingo (18) cada uma com um gol de fora da área nesta edição.

Lionel Messi marcou para a equipe sul-americana na vitória por 2 a 0 sobre o México, ainda na primeira fase. E Tchouaméni, no triunfo dos europeus por 2 a 1 sobre a Inglaterra, nas quartas de final.

Na decisão de 2018, os franceses contaram com dois gols de fora da área para vencer a Croácia por 4 a 2 e conquistar o título. Pogba e Mbappé foram os autores.

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Preço alto e má qualidade marcam alimentação na Copa – 15/12/2022 – Esporte

Hambúrgueres, salgados e cachorros-quentes que estão longe de dar água na boca nos torcedores — embora para alguns até dê para o gasto. O preço, porém, é semelhante ao que se paga em lanchonetes no centro de Doha, capital do Qatar.

Essa é a descrição de parte do cardápio vendido nos estádios da Copa do Mundo 2022, padronizado nas arenas.

O preço é alto e, no geral, torcedores reclamam da qualidade dos itens comercializados. Mas, apesar dos protestos, formam filas durante os intervalos, quando os pontos de venda ficam mais disputados.

Pela terceira em uma arena do Mundial, o omani Wadia Alghassani, 27, comeu o hambúrguer de carne, apenas para matar a fome. “Nem é bom”, diz.

No estádio Al Bayt, em Al Khor, para torcer para Marrocos no jogo contra a França, nesta quarta-feira (14), o morador de Omã comia no intervalo entre os tempos, enquanto reclamava do preço e dos lanches que já havia provado —nenhum passou pela sua aprovação.

A melhor opção, de acordo com ele, é o hambúrguer. “É seco, é caro e é superestimado, eu acho”, diz Alghassani.

Por outro lado, o qatariano Wassim Marwani, 31, considera a comida boa, mas não deliciosa. Para um estádio, diz que cumpre seu papel. Voltando para partida, ele carregava um cachorro-quente, uma versão bem diferente da brasileira, com apenas pão e salsicha.

“Eu acho que [a comida] é ok. É limpa, a equipe é boa. É ok”, pontua, dizendo que daria uma nota em torno de oito.

Um hambúrguer simples, daqueles com pão, carne e queijo, fica na casa dos R$ 60. Se quiser adicionar uma Coca-Cola, terá que desembolsar mais cerca de R$ 22. Se o combo for completo, com batata chips, lá se vão outros R$ 15. Uma refeição completa ficaria, então, na casa da centena.

Opção mais barata é a fatayer (uma espécie de enroladinho), que custa R$ 15, e o cachorro-quente, em torno de R$ 37. Uma garrafa de água de 500 ml também sai por R$ 15.

Mohamed Anani, 36, provava pela primeira vez as comidas oferecidas vendidas na arena. Para o torcedor de Marrocos, o maior problema era o preço alto associado ao cardápio limitado.

Considera pontos positivos o serviço rápido e o grande número de lojas no estádio, mas diz que o custo é alto, se comparado com os valores encontrados fora da arena, além de o estabelecimento não oferecer opções para crianças.

“Se você quiser batatas, não são frescas, são batatas chips. Não tem opções de doces”, diz.

Outro ponto que causou desgaste para os torcedores foi a decisão do Qatar de proibir cerveja dentro dos estádios e em seus arredores.

A ordem partiu do Comitê de Entrega e Legado, que organiza o Mundial, pouco antes do início do campeonato. Torcedores que organizaram suas viagens por meses, às vezes anos, foram pegos de surpresa.

O álcool é liberado apenas em locais autorizados pelo governo, como em bares de hotéis. Durante o Mundial, as Fan Fests da Fifa também estão comercializando cervejas.

Após a decisão, apenas a versão sem álcool da patrocinadora oficial é vendida nas arenas. A bebida, que não faz sucesso na torcida, custa cerca de R$ 45.

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‘Estávamos certos da vitória’, lamenta goleiro do Marrocos – 14/12/2022 – Esporte

O goleiro do Marrocos Yassine Bono disse que a semifinal da Copa do Mundo perdida para a França (2 a 0) nesta quarta-feira (14) foi um “jogo difícil” e que seus companheiros “estavam certos da vitória”, mas agora prometem brigar pelo terceiro lugar do torneio contra a Croácia.

“O jogo não foi fácil. Sonhávamos em ir à final e estávamos certos da vitória, mas não funcionou”, lamentou o goleiro do Sevilla. “Os rapazes jogaram uma grande partida, fizeram um esforço enorme e criaram chances”.

“O primeiro gol complicou nosso jogo, mas a seleção mostrou que tem personalidade e criou chances depois de sair atrás”, analisou Bono.

“Depois veio o segundo gol com um pouco de sorte. De qualquer forma, fizemos um grande jogo”, acrescentou.

O goleiro marroquino elogiou também os jogadores que entraram no lugar de seus companheiros lesionados Romain Saiss, que foi substituído no primeiro tempo, e Nayef Aguerd, que chegou a ser anunciado na escalação oficial, mas não entrou em campo.

“Os que entraram, seja Jawad (el Yamiq) ou Achraf (Dari), fizeram uma grande partida e mantiveram o nível. Não notei a ausência de Saiss, nem de Aguerd.”

Apesar de o sonho do título mundial ter chegado ao fim para o Marrocos, Bono considera que sua equipe “mostrou verdadeiramente que é capaz de competir contra as grandes seleções”.

Os Leões do Atlas vão enfrentar a Croácia no próximo sábado (17), às 12h (de Brasília), pelo terceiro lugar do Mundial do Qatar e Bono prometeu lutar pela vitória: “Ainda nos resta um jogo, que precisamos encarar com a mesma seriedade que mostramos nos outros”.

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Copa: Vamos dar o passo final agora, diz técnico Deschamps – 14/12/2022 – Esporte

A França agora deve dar o último passo para conquistar seu segundo título mundial consecutivo depois de eliminar o Marrocos por 2 a 0 na semifinal da Copa do Mundo nesta quarta-feira (14), disse o técnico da França, Didier Deschamps.

Os atuais campeões abriram o placar aos cinco minutos, com o zagueiro Theo Hernandez, antes de Randal Kolo Muani marcar outro aos 32 min do segundo tempo, selando sua quarta presença em uma final nas últimas sete edições.

“Estamos juntos com os jogadores há um mês, nunca é fácil. Há felicidade até agora.”

“Eu me sinto muito orgulhoso por conseguir essa classificação, era a última etapa que faltava para chegar à final. Mas não foi simples. Misturamos qualidade, esperança e experiência para chegar à vitória. É o sintoma de uma equipe e é o que faz a diferença”, disse Deschamps, que levou a França ao título mundial de 2018.

Perguntado sobre a utilização de Kolo Muani, autor do segundo gol da partida, Deschamps falou sobre a importância de todo o elenco. “Penso sobretudo na união, no coletivo desse grupo. Os jogadores que não foram utilizados podem ser decisivos. O banco de reservas é muito importante para a equipe”, comentou o treinador.

Deschamps é apenas o quarto técnico a levar um país a duas finais consecutivas da Copa do Mundo, e a França tentará se tornar o primeiro time desde o Brasil em 1962 a reter o título.

A França também acertou a trave com Olivier Giroud, mas teve de aguentar mais de uma hora de intensa pressão marroquina antes de selar a vitória.

O presidente da França, Emmanuel Macron, que estava nas arquibancadas do estádio Al Bayt para assistir à vitória, foi rápido em elogiar o time.

“Nossos compatriotas precisam de alegria simples e pura, o esporte a proporciona e o futebol em particular. Estou muito melhor agora do que há uma hora e meia”, disse Macron.

“Sofremos muito, mas vimos uma grande equipe. Agradeço imensamente a Didier Deschamps e a esta equipe, uma mistura de gerações diferentes.”

“Deschamps está aqui, com sua sorte e seu talento. Trazemos de volta a Copa e, claro, Deschamps tem que ficar. Esta seleção francesa me deixa muito orgulhoso.”

O treinador não quis afirmar se continuará no comando da equipe e só agradeceu a visita do presidente. “Ao presidente digo muito obrigado por ter passado no vestiário pra cumprimentar os jogadores”, limitou-se a dizer.

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Operação policial gera confusão antes de França x Marrocos – 14/12/2022 – Esporte

Em uma operação incomum nesta Copa do Mundo, a polícia do Qatar instalou uma série de cordões de isolamento em torno do estádio Al Bayt, em Al Khor, onde França e Marrocos decidem nesta quarta-feira (14) o segundo finalista do torneio, às 16h (de Brasília).

A ação confundiu os torcedores que chegaram à arena e criou tumultos nas imediações do local, principalmente porque as autoridades só deixavam passar quem apresentava ingresso.

A checagem dos bilhetes era feita em três barreiras, sendo uma pessoa por vez, o que criou enormes filas.

A reportagem da Folha estava no local e ouviu quando muitos torcedores começaram a gritar “push, push” (empurra, empurra), em uma tentativa de derrubar o cerco feito pelas autoridades. Não há registro de feridos.

Cerca de meia hora antes de a bola rolar, boa parte das cadeiras do estádio ainda não estavam ocupadas.

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Lloris mandou mensagem para Kane após pênalti desperdiçado – 14/12/2022 – Esporte

O goleiro da França, Hugo Lloris, enviou uma mensagem de texto para o atacante inglês Harry Kane após pênalti desperdiçado nas quartas de final da Copa do Mundo, que garantiu a classificação francesa à semifinal.

O camisa 9 chutou a bola para fora no que poderia ter sido o empate de seu time. Eles são companheiros no Tottenham. Lloris compartilhou a alegria do time quando houve a falha de Kane.

Mas, sendo ele companheiro de equipe de Kane por quase uma década, o jogador de 35 anos foi rápido em estender a mão para o atacante, que estava desanimado no apito final.

“É um momento difícil para a seleção inglesa e para Harry”, disse Lloris a repórteres na terça-feira (13), enquanto se preparava para a semifinal contra o Marrocos, marcada para esta quarta (14).

“Não preciso ir muito além. Trocamos uma mensagem depois do jogo. Não foi fácil encontrar as palavras. Ele precisava de um tempo para descansar. Mas acho que ele pode se orgulhar do que fez pela seleção”.

Lloris e Kane estarão de volta à ação pelo Tottenham contra o Brentford em 26 de dezembro, quando a Premier League voltará após sua paralisação de inverno para a Copa do Mundo.

Lloris acredita que Kane, o maior artilheiro da Inglaterra e que está se aproximando do recorde de Jimmy Greaves pelo Tottenham, vai ignorar o erro e voltar a marcar pelo clube e pelo país.

“Na história do futebol, muitos jogadores importantes perderam pênaltis em suas carreiras –Lionel Messi, Cristiano Ronaldo– mas não tenho dúvidas de que Harry manterá a cabeça erguida e ajudará o Tottenham e a seleção nacional a brilhar”, disse Lloris.

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Julián Alvárez se aproxima de marca histórica de Pelé – 14/12/2022 – Esporte

O atacante da Argentina Julián Alvárez se tornou o jogador mais jovem a fazer dois gols em uma semifinal de Copa do Mundo desde Pelé em 58. Aos 22 anos, o camisa 9 foi uma das peças importantes na vitória por 3 a 0 contra a Croácia, que também contou com uma grande atuação de Lionel Messi.

A informação foi divulgada pelo portal especializado em estatísticas Opta. Pelé, na Copa de 58, fez três gols contra a França aos 17 anos e 249 dias. Álvarez estava com 22 anos e 316 dias quando chegou à marca.

A partida de Alvárez, que joga no Manchester City, foi a sua melhor nesta Copa do Mundo. Além dos dois gols, ele sofreu o pênalti que abriu o placar, com Messi.

O argentino estava no River Plate até a metade deste ano, quando se apresentou ao Manchester City.

O jovem atacante chegou ao Mundial com três gols pela seleção principal da Argentina. Passados cinco jogos, mais que dobrou o número: já são sete.

“Ele tem feito partidas extraordinárias, jogando por todos, lutando. Foi uma aparição extraordinária para a gente. E ele merece, porque é um garoto estupendo. Que desfrute de tudo isso”, afirmou Messi após a partida.

É difícil crer que ele pudesse imaginar, antes do começo do Mundial, a situação em que se encontra agora, sendo o segundo melhor jogador da seleção, atrás apenas do supercraque Lionel Messi.

Os números e a atuação no Qatar deverão mudar o seu patamar no retorno ao Manchester City e comprovar que o aval do técnico Pep Guardiola para o investimento de 21 milhões de euros (R$ 117,6 milhões) na sua contratação.

A Argentina joga no domingo (18), novamente em Lusail, contra França ou Marrocos, em busca do título.

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Copa em dezembro transforma camisas em presente de Natal – 14/12/2022 – Esporte

A Holanda sai da Copa invicta, mas demonstrou um futebol tão pálido quanto a camisa usada neste ano, avaliou um comentarista —esportivo, não de moda— durante a semana passada. Seu colega no programa gostou da provocação e respondeu que a camisa podia não ser a melhor, mas que o agasalho na entrada em campo para o hino era o mais garboso. O primeiro concordou.

Os gols, jogadas, craques e tragédias ainda vão reverberar durante algum tempo mesmo após o torneio. E com um Mundial em dezembro, de repente a Qatar Fashion Month (ou Copa do Mundo mesmo) pode ter virado uma boa vitrine para um presente natalino.

Sair um dia na rua e não cruzar com ninguém com uma camisa do Real Madrid, do Barcelona, do Paris Saint-Germain ou de algum time inglês é quase um desafio. Mas em tempos de Mundial, essas equipes ganham a concorrência de várias seleções —e nem precisa ser um torcedor.

As fornecedora dos quatro semifinalistas do Mundial do Qatar provavelmente já estão cantando vitória. Isso porque o fato de ter chegado à semifinal garantiu dois desfiles extras para o top 4 —mesmo os perdedores da semifinal voltam a campo para a disputa do terceiro lugar. No total, o quarteto garantiu sete desfiles nas passarelas qatarianas, com transmissões que ficam entre as maiores audiências do planeta —de acordo com a Fifa, só a final de 2018 teve audiência média de 517 milhões de pessoas no globo.

Mesmo eliminada, a Holanda com sua camisa laranja nunca passa despercebida. E neste ano foi tema de debate nas redes sociais, com muitos internautas reclamando da peça que parecia um “tie-dye monocromático”. “Parece tie-dye, mas não é, tentaram imitar a pele de um leão. Ficou mais amarelada, mas ficou bonita”, diz Cláudia Garcia Vicentini, professora do bacharelado de têxtil e moda da USP.

Mas nem tudo que é visto pela televisão nos jogos está à venda por aqui, como os belos agasalhos das seleções internacionais, incluindo o holandês.

Olhando os uniformes das seleções em sites, a professora avalia que as camisas número 2 (o segundo uniforme) sempre são as mais criativas. “As opções número 1 são mais sóbrias e têm mais as cores das bandeiras mais fortes, uma forma de fácil identificação. As camisas número 2 dão mais liberdade para as marcas criarem um pouco mais, mas não muito. O futebol é um esporte bem tradicional.”

O Brasil foi uma das poucas seleções a ter a chance de usar os dois uniformes. Mesmo presente na derrota contra Camarões, a camisa azul agradou. “Do ponto de vista de estampa e de design, é mais bonita que a camisa número 1. Você vê mais a estampa da onça nas mangas. Na 1 não se vê muito bem a estampa”, avalia Cláudia.

Para Grazi Cavalcanti, professora do projeto social Ponto da Moda, parceria com a Faculdade Santa Marcelina, os elementos gráficos na estamparia foram a tendência no desfile do Qatar, com destaque também para o Brasil. “No uniforme 2 há uma complexidade de design de superfície, a mistura de motivos gráficos com o animal print e o degradê produzido com cores diferentes. Um uniforme com propósito e complexidade nas técnicas têxteis.”

Quem causou uma certa estranheza com o figurino reserva foi a também eliminada Espanha com sua camisa azul-clara com uma estampa meio ondulada (batizada de calçadão do Rio na internet). “Acho que o padrão ficou meio apagadinho, o contraste poderia ter sido mais bem explorado”, diz Claudia, que gostou da camisa pré-jogo e da jaqueta corta-vento usada no hino (nenhuma delas está à venda no site da Adidas, fornecedora do time).

Vestir a camisa da seleção, ou dar de presente, neste fim de ano requer um certo investimento. As camisas da seleção brasileira têm duas versões na loja online da Nike. A jogador, com o mesmo tecido tecnológico usado por Neymar, Vinícius Junior e cia., sai por R$ 699,99. A torcedor, com design idêntico, mas sem os avanços têxteis, por R$ 349,99.

Camisas de outras seleções da fornecedora americana, que teve 13 esquadrões no Qatar, estão por R$ 399,99, incluindo Holanda e França —depois dos uniformes do Brasil, de acordo com a assessoria da Nike, as camisas de Holanda, Inglaterra, Portugal e Croácia são as mais procuradas pelos consumidores.

A marca alemã Adidas vende em seu site camisas de sete seleções no Mundial, como a da Alemanha, da Argentina (ambas por R$ 349,99) ou da Espanha (um pouco mais barata, por R$ 299,99, incluindo a azul-clara).

Outra fornecedora alemã, a Puma tem camisas da semifinalista Marrocos, a queridinha do Qatar, e de seleções como Uruguai e Gana, todas no mesmo valor, R$ 369,90.

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Estou no lugar dos sonhos dos argentinos, diz Scaloni – 13/12/2022 – Esporte

O técnico da Argentina, Lionel Scaloni, admitiu que se esforçou para não se emocionar depois da classificação de sua equipe, nesta terça-feira (13), para a final da Copa do Mundo e lembrou que “falta um passo” para o título.

“Tento não me emocionar. É muito difícil. Estou no lugar dos sonhos de todo argentino. Todos agiriam como eu. Quando você joga pela seleção e representa seu país, é impossível não fazer o que fazem esses garotos. É emocionante”, afirmou Scaloni em entrevista coletiva após a vitória sobre a Croácia nas semifinais do Mundial por 3 a 0.

“Quando perdemos para a Arábia (no jogo de estreia no Qatar), sentimos o apoio do povo e isso é inigualável. Não há torcedores de clube, somos todos torcedores da ‘albiceleste’. É um momento único. A Argentina está no pedestal do futebol e isso tem que nos deixar felizes”, acrescentou.

O treinador elogiou mais uma vez o trabalho de Lionel Messi, autor de um gol e uma assistência contra a Croácia e artilheiro da equipe no Mundial.

“Se Messi é o maior da história, às vezes parece que é, porque somos argentinos e dizemos isso. Eu tenho o privilégio de treiná-lo e vê-lo, é algo emocionante. Cada vez que gera algo para seus companheiros. Não só aos argentinos. Não há muito mais a acrescentar. É uma sorte e um privilégio”, disse.

Scaloni também fez elogios a outro protagonista do jogo, o atacante Julián Álvarez, autor de dois gols.

“A partida de Julián é muito boa. Não só pelos dois gols, mas porque deu uma contribuição bárbara aos três volantes. Com a idade que tem, é normal que queira conquistar o mundo. É um garoto que, o que você disser, ele faz. Estamos felizes porque pôde fazer gols e isso é bom para um atacante”, afirmou.

Sobre o adversário da final, Scaloni preferiu não escolher entre França ou Marrocos, que se enfrentam quarta-feira na segunda semifinal.

“Nunca fui de buscar adversário. O que vier, virá. Os dois merecem estar aqui, são duas grandes seleções”, concluiu.

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Bar argentino tem comemoração com clima de arquibancada – 13/12/2022 – Esporte

Quando o árbitro apitou o fim do jogo, eles tomaram a rua. Pouco importavam os carros passando ou a pressa das pessoas, manifestada em buzinas ou motoqueiros rabiscando pelo trânsito. O que importava era a vitória da Argentina e o “fechamento perfeito” para Lionel Messi na Copa do Mundo.

As músicas em homenagem a Maradona tomaram a rua da Mooca, no bairro de mesmo nome (zona leste de São Paulo). A via abriga o bar Moocaires, em alusão à capital Buenos Aires, cujo dono é argentino.

Em um posto próximo, outros torcedores comemoravam, dançavam e jogavam cerveja para cima, praticamente tranquilos com o resultado conquistado no primeiro tempo contra a Croácia. A partida terminou com vitória alviceleste por 3 a 0.

No Moocaires o clima era de arquibancada, e a maioria, brasileiros. Não havia mesas, só cadeiras distribuídas no andar mais alto do bar. A maioria dos torcedores assistia em pé.

Foi onde médico veterinário Fábio Boccia, 34, e seu filho Gael, 4, assistiram ao jogo, que terminou em vitória da Argentina por 3 a 0.

“Eu queria que ele sentisse esse clima. Essa garra da Argentina, que perdeu algumas vezes, mas continuou perseverando, guerreando, como poucas seleções fazem. É a despedida do Messi, a chance de coroar uma carreira perfeita”, disse ele, empolgado.

“Eu não sou descendente de argentino, mas torço para eles desde que entendo de futebol. É a paixão de uma vida. E digo mais: venha França, venha Marrocos, quem vier. Quero ver quem é Mbappé perto de Lionel Messi”, concluiu.

Gael sorria com as manifestações dos outros torcedores, que fecharam a rua por quase todo o intervalo do jogo. Quando um carro com a bandeira do Brasil passou à frente do bar, logo foi parado e cercado.

Os torcedores, rindo, colocaram a bandeira da Argentina em cima do capô, cobrindo a brasileira, e brincaram com o motorista, que levou tudo numa boa.

A maioria das homenagens era a Maradona, com camisas estampadas com o apelido do craque, El Pibe, ou santinhos de Dios.

O supervisor de estacionamento Marcelo França, 47, estava a caráter, de chapéu, flâmula e desenho no rosto. Ele chamava atenção entre muitos, caminhando e comemorando de um lado a outro.

“Meu amigo, o que eu estou sentindo aqui é inexplicável. É um sentimento muito forte, uma alegria que a gente conhece bem. Foram muitos anos sem ter uma conquista importante para comemorar, mas as coisas vem melhorando e uma Copa do Mundo pode coroar isso muito bem. Domingo estou aqui de novo”, contou.

Após o jogo, o argentino Damian, 40, de Buenos Aires, provocou a seleção brasileira, que foi eliminada pela Croácia. “Avise para o Brasil que a Croácia estava difícil.”

A Argentina enfrenta o vencedor de França e Marrocos no próximo domingo (18), às 12h. Se há algo a se dizer da despedida de Messi é que será celebrada em todo o mundo. Até no Brasil.

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