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As origens croatas do ídolo argentino Diego Maradona – 12/12/2022 – Esporte

A Argentina mede forças nesta terça-feira (13) nas semifinais do Mundial do Qatar-2022 contra a Croácia, país que aparece na árvore genealógica do maior mito do futebol alviceleste, Diego Maradona, que teve um bisavô daquela região da Europa.

“Dizem que meus antepassados moravam aqui perto, vim ver se me deixaram alguma herança”, brincou o próprio Maradona durante uma visita a Novi Vinodolski (norte da Croácia) para participar de uma partida beneficente de futebol em 2005 com figuras do tênis, como McEnroe e Goran Ivanisevic, e grandes nomes do futebol do país balcânico, como Davor Suker e Zvonimir Boban.

Para chegar a esses ancestrais, é preciso voltar à figura de Matej Karolic, nascido em 1847 em um local da atual Croácia, então pertencente ao Império Austríaco.

Estima-se que seu local de nascimento poderia ser a ilha de Korcula (sul da Croácia), mas de acordo com um artigo recente da revista Caras, a certidão de batismo de Matej Karolic colocaria sua origem em Praputnjak, perto de Rijeka (norte).

O resto da história leva à Argentina, país para onde Matej Kariolic emigrou aos 25 anos, cujo nome foi mudado nos registros da época para Mateo Cariolich.

Instalado em Corrientes, casou-se com Trinidad Ferreyra em 1875 e dessa união nasceram oito filhos. A mais nova, Salvadora, era avó materna de Diego Maradona.

Salvadora e seu marido, Atanasio, tiveram Dalma Salvadora Franco em 1929, que entrou para a história com o apelido de Doña Tota e que foi mãe de Diego Maradona, nascido em 1960 em Villa Fiorito (Buenos Aires) e falecido em 2020 aos 60 anos.

A partida contra a Croácia é, portanto, de certa forma, mais um aceno à onipresença de Maradona na Copa do Mundo, torneio em que se firmou definitivamente conduzindo sua seleção ao segundo e último título mundial, no México em 1986.

Uma longa história de imigração

O fluxo migratório da Croácia para a Argentina é menos documentado do que a maioria da Itália ou Espanha, mas teve certa relevância.

Os registros e números são difíceis de estabelecer uma vez que a Croácia foi integrada em outras entidades como o Império Austro-Húngaro ou a Iugoslávia, o que dificultou em muitos casos a rastreabilidade dos dados nos registros. No entanto, segundo estimativas do governo croata, poderia existir cerca de 250 mil pessoas de origem croata na Argentina hoje.

Os primórdios do fluxo migratório datam antes mesmo da independência da Coroa espanhola, com chegadas pontuais como a do jesuíta Nikola Plantic (Nicolás Plantich em seu registro ao chegar à Argentina) para lecionar na Universidade de Córdoba em meados do século 18.

Na segunda metade do século 19 e início do século 20, o fluxo migratório aumentou, assim como no período entre as guerras.

Entre os descendentes de croatas na Argentina há nomes de destaque no esporte além de Maradona, como Daniel Orsanic, capitão da seleção alviceleste que conquistou a única Copa Davis da história do tênis argentino, em 2016, justamente contra a Croácia em Zagreb.

Naquele fim de semana de novembro de 2016, em que Juan Martín Del Potro e Federico Delbonis comandavam o Salad Bowl, o próprio Maradona torcia em um camarote da Arena Zagreb, que recebeu a notícia da morte do ex-líder cubano Fidel Castro, a quem o lendário 10 descreveu na época como seu “segundo pai”.

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Faltou malandragem à seleção brasileira, diz Ronaldo – 12/12/2022 – Esporte

O pentacampeão Ronaldo Fenômeno, 46, que acompanhou de perto a derrota da seleção brasileira contra a Croácia na última sexta-feira (9), diz que faltou “malandragem” à equipe enquanto estava em campo. A fala ocorreu durante entrevista coletiva no hotel Raffs Doha, onde está hospedado.

De acordo com o jogador aposentado, os atletas deveriam ter “segurado o jogo”, quando o Brasil abriu o placar com um gol de Neymar.

“Eu acho que faltou aquela malandragem que é nossa característica também”, diz. “De alguma maneira a seleção tinha que ter essa malandragem mais de segurar a bola, talvez não arriscar tanto na frente e fazer com que [mais] nada acontecesse naquele jogo”, completou Ronaldo.

O time foi eliminado na disputa de pênaltis nas quartas de final no estádio Cidade da Educação. O Brasil sofreu gol de empate a três minutos do final da prorrogação ao levar um contra-ataque em que mais da metade da equipe não estava na defesa.

O próprio Neymar foi flagrado reclamando da postura da seleção em um momento em que bastava administrar o resultado. O gol de Petkovic foi o primeiro sofrido pela seleção brasileira em tempo suplementar de Copa do Mundo.

Nas quartas de final no Qatar foi a segunda vez que o Brasil perdeu uma disputa de pênaltis de Mundial. Antes disso, havia sido derrotado pela França na mesma fase em 1986. Contra Chile (oitavas de 2014), Holanda (semi de 1998) e Itália (final de 1994) a seleção ganhou.

Após a derrota, Tite confirmou a saída da seleção brasileira. O técnico já havia apontado que aquela seria sua última disputa ao lado da equipe verde e amarela. “Derrota dolorida, porém em paz comigo mesmo. Fim de ciclo”, disse.

Ronaldo também pontuou que a melhor saída para a seleção brasileira é um técnico estrangeiro. A CBF não tem como tradição de colocar técnicos que não são nascidos no país para liderar a equipe.

“Eu adoraria que fosse um estrangeiro, quebrar esse tabu de que um estrangeiro não teria nada a acrescentar na seleção brasileira”, disse momentos antes de iniciar a coletiva.

Ele lembrou que nas últimas Copas do Mundo a equipe verde e amarela vem perdendo para times europeus e, por isso, considera a ideia de ter um técnico nascido no continente uma “boa sacada”.

“Tem grandes nomes no mercado. Acho que [Carlo Ancelotti] seria incrível, Mourinho seria espetacular, Pep Guardiola é impossível porque ele acabou de renovar. Mas eu vou ficar na expectativa”, apontou. Ele também pontuou que o atual técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, também seria uma boa alternativa.

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Copa de 2026 pode ter a mesma base da seleção brasileira – 12/12/2022 – Esporte

Com a saída do técnico Tite após a eliminação pela Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar, o novo treinador deve ser anunciado em janeiro pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. E os trabalhos do comandante já começam em fevereiro, com a convocação para a primeira data Fifa do ano, entre 20 e 28 de março.

A tendência é que, independentemente de quem assuma o cargo, a base da seleção brasileira seja formada por jogadores que disputaram o torneio no Qatar.

Como será início de um novo ciclo até a Copa do Mundo de 2026, a ser realizada de forma compartilhada nos Estados Unidos, Canadá e México, o treinador deverá seguir a linha de trabalho de Tite até que consiga convocar novos jogadores e, então, impor seu estilo de jogo.

O certo é que os atletas mais velhos do grupo, casos de Daniel Alves (39), Thiago Silva (38), Weverton (34) e Everton Ribeiro (33), não deverão ter chances de disputar mais um Mundial —não devem ser chamados.

No gol, Alisson, de 30 anos, deve continuar como titular, com Ederson (31) como sombra. A questão vai ser encontrar outros nomes para a posição que tenham nível para ir à Copa. Os outros sete goleiros convocados por Tite nos últimos seis anos são mais velhos que o camisa 1 no Qatar: Neto (Bournemouth-ING), de 33 anos; Santos (Flamengo), 32; Alex Muralha (Coritiba), 33; Cássio (Corinthians), 35; Diego Alves (Flamengo), 37; Marcelo Grohe (All Ittihad-ARS), 35; e Danilo Fernandes (Bahia), 34.

Se nenhum novo nome surgir nos próximos anos, as chances de entrar na lista recaem sobre João Paulo (27), do Santos, e Hugo (23), do Flamengo; além dos campeões olímpicos que ficaram na reserva de Santos em Tóquio-2020: Brenno (23), do Grêmio; e Lucão (21) do Vasco.

No entanto, a maior dor de cabeça para o novo comandante brasileiro será nas duas laterais, a posição mais carente da seleção. No Qatar, as lesões de Danilo (31), Alex Sandro (31) e Alex Telles (29) foram indícios do que pode acontecer em 2026.

Os três laterais também estão na faixa dos 30 anos e até teriam condições de atuar no próximo Mundial, mas outros nomes certamente entrarão na disputa, como Guilherme Arana (25) e Renan Lodi (24), na esquerda, e Emerson Royal (23), na direita, que já foram convocados por Tite. Arana, por sinal, só não foi para o Qatar porque se lesionou pouco antes da convocação.

Além deles, o palmeirense Gabriel Menino (22), que pode ser lateral ou volante, e Emerson Palmieri (28), lateral esquerdo do West Ham-ING, são nomes a serem observados.

Na zaga, com a saída de Thiago Silva, em tese Marquinhos e Eder Militão devem formar a dupla titular, com outros nomes já conhecidos correndo por fora, como Bremer, que foi reserva no Qatar, Gabriel Magalhães (Arsenal-ING), Diego Carlos (Aston Villa-ING), Rodrigo Caio (Flamengo) e Nino (Fluminense), campeão olímpico em Tóquio-2020.

No meio de campo, Casemiro terá 34 anos no próximo Mundial e, se sua forma física possibilitar, ainda pode comandar a cabeça de área. Outros nomes que têm grandes chances são Bruno Guimarães e Lucas Paquetá, ambos atualmente com 25 anos. Já Fred e Fabinho, que terão 33, encontrarão forte concorrência dos mais jovens, como Danilo, do Palmeiras, e João Gomes, do Flamengo, ambos de 21 anos.

Numa função de armação das jogadas, alguns nomes têm grande chance de voltar a ser chamados. Aí terão de convencer a comissão técnica de que podem fazer a diferença. Preterido por Tite este ano, o palmeirense Raphael Veiga (27) é um desses nomes, assim como Gustavo Scarpa (28), um dos destaques do Brasileirão 2022.

Os outros são Claudinho (25), do Zenit-RUS; Reinier (20), do Girona-ITA, Douglas Luiz (24), do Aston Villa-ING, e Andreas Pereira (26), do Fulham-ING.

Como neste ano, o novo comandante terá opções para escolher os atacantes. Neymar, por exemplo, terá 34 anos em 2026, mas ainda não se decidiu se continuará vestindo a camisa amarela. Em caso positivo, e se estiver em boas condições físicas, ele certamente será chamado.

Todos os outros jogadores de frente que foram ao Qatar possuem condições de estar novamente nos EUA, Canadá e México. Porém, vários outros nomes devem aparecer pelo caminho, colocando as vagas em disputa ferrenha.

Apesar de muito jovem, um atacante já tem chamado atenção do futebol mundial e pode ser até titular em 2026 é o palmeirense Endrick, de apenas 16 anos. Nesta temporada, ele se tornou o único jogador da história do Palmeiras a ser campeão em todas as categorias do clube, inclusive do time principal, com o Brasileirão. E ainda foi eleito a revelação do campeonato.

Seu futuro será definido nas próximas semanas, mas é praticamente certo que ele fará companhia a Vinicius Junior e Rodrygo no Real Madrid a partir de 2024, quando completar 18 anos. Esse, inclusive, pode ser o trio de ataque do Brasil no Mundial.

Mas não é só Endrick que está despontando. Alguns outros jovens, como Vitor Roque (17), do Athletico-PR; Ângelo (17) e Marcos Leonardo (17), do Santos; e Yuri Alberto (21), do Corinthians, estão em crescimento constante e certamente serão observados mais de perto.

Além deles, há também os outros jogadores que já tiveram passagem pela seleção, como o campeão olímpico Matheus Cunha (23), do Atlético de Madrid-ESP, Gabigol (26), do Flamengo, David Neres (25), do Benfica-POR, e Paulinho (22), do Bayer Leverkusen-ALE.

Como é possível observar, quem quer se seja o novo treinador, brasileiro ou estrangeiro, a tarefa de encontrar a seleção ideal não será fácil. Seja por falta de opções, como no gol e nas laterais, ou por excesso, como no ataque.

De qualquer forma, como sempre, o Brasil chegará ao próximo mundial como favorito. Se vai conseguir conquistar o tão sonhado hexacampeonato, só o tempo dirá. Mas otimismo e confiança nunca faltarão.

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Preocupação brasileira com melhor do mundo é estúpida – 11/12/2022 – PVC

Neymar estreou no Santos no dia 7 de março de 2009, aos 17 anos, sob uma pergunta: “Quando ele será o melhor do mundo?” Ficou maior de idade, chamado de menino Ney, foi pai, seguiu chamado de menino Ney, e ouvindo: “Quando o Brasil vai voltar a ter o melhor do mundo?”

Questão estúpida! Quem a repete somos nós, jornalistas.

A um questionamento neurótico, uma resposta nervosa: quando o Brasil for campeão de novo, ora!

Pode demorar, como se percebe pelo escandaloso fato de só um jogador de clube sul-americano ter feito gol nesta Copa. Dois do Campeonato Croata marcaram, Livaja e Bruno Petkovic.

Parece que uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas o Brasil nunca foi campeão tendo mais convocados fora do que dentro do país. Em 2002, eram 13 de times brasileiros e 10 na Europa. Em 1994, 11 a 11. A primeira vez da seleção em Copas com um “estrangeiro” foi em 1982, Falcão, da Roma, e Dirceu, do Atlético de Madrid.

Só a França foi campeã tendo mais convocados no exterior. Futebol reflete cultura. Um jogador formado no Santos é diferente de alguém cuja formação terminou no Real Madrid. Rodrygo sempre será diferente de Neymar. Para o bem e para o mal.

Hoje, não dá para convocar quem joga o Brasileiro sem um ponto de interrogação na cabeça. Ninguém tem certeza de seu nível, principalmente depois desta Copa, em que Everton Ribeiro e Pedro não aproveitaram os poucos minutos que tiveram. Em que só um jogador da América do Sul fez gol.

Voltamos à observação neurótica. O Brasil não tem o melhor jogador do planeta desde Kaká, em 2007.

E que importância tem isso, diante do fato de que a seleção não ganha a Copa do Mundo há mais tempo?

Gustavo Kuerten foi o número um do ranking do tênis por 43 semanas, a última em novembro de 2001. O Brasil foi o primeiro no futebol em 30 de junho de 2002, quando venceu a Alemanha, em Yokohama.

Nunca mais depois disso.

Neymar não foi e não será o melhor do mundo, salvo se houver um acidente da natureza de fazê-lo ser maior do que Messi ou Mbappé numa hipotética conquista do Paris Saint-Germain na Liga dos Campeões. Ou se fizer uma Copa do Mundo como a de Messi no Qatar, daqui a quatro anos, aos 34.

Improvável.

O que torna a pergunta ainda mais tola.

Neymar está na história do futebol por diversos motivos. Ajudou o Santos a recuperar a Libertadores, foi campeão e artilheiro da Liga dos Campeões –o único junto a Messi e Cristiano Ronaldo em 11 anos– e a mais cara transferência de todos os tempos.

A França sofreu para ganhar da Inglaterra, seu jogo mais dolorido, vencido com Mbappé marcado e Griezmann dando o passe para Giroud decidir.

Nenhum francês está, neste momento, perguntando quando seu camisa 10 será eleito o melhor do mundo. A razão não é Benzema ter vencido a Bola de Ouro, da France Football, neste ano. A preocupação é ganhar o terceiro título.

A França é a favorita.

Apesar de Messi, o melhor jogador do século 21.


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Copa: Benzema envia mensagem de apoio à seleção francesa – 11/12/2022 – Esporte

O vencedor da Bola de Ouro nesta temporada, Karim Benzema, que ficou fora da Copa do Mundo por lesão, publicou neste domingo (11) nas redes sociais uma mensagem de apoio à seleção da França, que busca o terceiro título mundial para o país.

“Vamos lá, pessoal! Mais dois jogos, estamos quase lá… Estamos com vocês”, escreveu Benzema no Instagram e no Twitter.

O atacante do Real Madrid, que sofreu uma lesão na coxa em um treinamento poucos dias antes da estreia dos Azuis, ainda não tinha falado publicamente sobre o Mundial depois de ter deixado a concentração da seleção.

“Nunca desisti na minha vida, mas esta noite tenho que pensar na equipe, como sempre fiz, então a razão me diz para deixar meu lugar para alguém que possa ajudar o nosso grupo a fazer uma boa Copa do Mundo”, disse Benzema quando foi confirmado que estava fora do torneio no Qatar.

O jogador passou alguns dias de férias na ilha de Reunião e voltou aos treinos com o Real Madrid no sábado, dia da vitória da França sobre a Inglaterra nas quartas de final do Mundial.

Benzema continua na lista oficial da França no Qatar, o que lhe permite receber uma medalha se os franceses forem campeões.

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Juiz Wilton Sampaio é chamado por ingleses de cego – 11/12/2022 – Esporte

Habituado às críticas por suas atuações no Campeonato Brasileiro, o goiano Wilton Pereira Sampaio, 40, ganhou status internacional e virou alvo da fúria de ingleses. As decisões do juiz foram bastante questionadas na queda da Inglaterra, eliminada da Copa do Mundo em derrota por 2 a 1 para a França.

Inconformados com algumas marcações, ou não marcações, torcedores invadiram a página do árbitro na Wikipédia, na versão em inglês, e fizeram algumas alterações.

Nascido em Teresina de Goiás, o juiz teve sua nacionalidade levemente deslocada. “Wilton Pereira Sampaio é um árbitro francês e cego, que perdeu seu cão-guia. Por favor devolver o cão se achado, o cão tem uma partida para apitar”, escreveram.

Mais tarde, o trecho foi retirado da enciclopédia online. No entanto, outro parágrafo surgiu na noite de sábado (10), novamente, só na versão em inglês.

“Sampaio foi criticado por seu desempenho nas quartas de final da Copa do Mundo, entre Inglaterra e França, por alguns jogadores e especialistas da Inglaterra. A BBC Sport relatou que essa crítica foi justificada devido à sua ‘exibição errática’, enquanto o The Guardian comentou que às vezes ‘parecia que ele estava tentando adivinhar’ [as marcações].”

Entre as broncas dos ingleses está o lance do primeiro gol francês, de Tchouaméni. Na origem da jogada, o zagueiro Upamecano deu início ao contra-ataque tirando a bola de Saka —com falta, na visão dos ingleses.

Upamecano não tocou a bola, apenas as pernas do jogador do Arsenal, que se desequilibra. Na sequência, depois de a bola ter passado nos pés de vários franceses, Tchouaméni acertou o chute de fora da área que abriu o placar. Como a jogada demorou um pouco para se desenvolver, o VAR (árbitro de vídeo) não entrou em ação.

Depois, Harry Kane foi derrubado na entrada da área, em lance de difícil conclusão se dentro ou fora da área penal. Sampaio não marcou nada, nem falta. O VAR checou o lance e não chamou o juiz, provavelmente por não ter uma imagem clara de que o lance aconteceu dentro da área.

Outro lance que despertou a fúria da torcida foi um dos pênaltis marcados para a Inglaterra no segundo tempo, só com o auxílio do vídeo. Mesmo próximo da jogada, Sampaio fez o gesto de que Mount tinha forçado a queda após o tranco de Theo Hernández em suas costas. Pouco depois, o VAR chamou o brasileiro ao monitor, e o pênalti foi marcado.

O zagueiro Harry Maguire foi um dos que reclamaram da atuação da equipe de arbitragem. “Não consigo explicar quão ruim foi o desempenho”, comentou. “Ele nunca nos deu nada.”

Este foi o quarto jogo de Sampaio na Copa. Os outros foram Holanda 2 x 0 Senegal, Polônia 2 x 0 Arábia Saudita e, nas oitavas de final, Holanda 3 x 1 Estados Unidos. Antes da partida deste sábado, o árbitro era um dos cotados para conduzir a final do Mundial no Qatar, já que a seleção brasileira ficou fora da semifinal. Depois da partida, porém, as chances de Sampaio devem ter diminuído.

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O sonho foi bonito enquanto durou, diz Cristiano Ronaldo – 11/12/2022 – Esporte

Cristiano Ronaldo enfim se pronunciou após a eliminação de Portugal da Copa do Mundo. O time foi derrotado por Marrocos por 1 a 0, na melancólica despedida do craque do principal campeonato do planeta. Ao fim do jogo, ele estava em prantos.

Por meio das redes sociais, aos 37 anos, ele reconheceu o fim do sonho. Na próxima Copa, em 2026, terá 41. O que deve inviabilizar sua participação, já que a condição física já não é aquela que o consagrou entre os maiores da história do futebol.

“Ganhar um Mundial por Portugal era o maior e mais ambicioso sonho da minha carreira. Felizmente, ganhei muitos títulos de dimensão internacional, inclusive por Portugal, mas colocar o nome do nosso país no patamar mais alto do Mundo era o meu maior sonho”, escreveu.

“Lutei para isso. Lutei muito por esse sonho. Nas cinco presenças que marquei em Mundiais ao longo de 16 anos, sempre ao lado de grandes jogadores e apoiado por milhões de portugueses, dei tudo de mim. Deixei tudo em campo. Nunca virei a cara à luta e nunca desisti desse sonho”, acrescentou.

Cristiano preferiu não ser direto em um confronto com o técnico Fernando Santos, que o deixou no banco de reservas nas partidas do mata-mata. Apenas reforçou seu empenho no Qatar, apesar de ter deixado o time titular.

“Infelizmente, ontem o sonho acabou. Não vale a pena reagir a quente. Quero apenas que todos saibam que muito se disse, muito se escreveu, muito se especulou, mas a minha dedicação a Portugal não mudou nem por instante”, observou.

“Fui sempre mais um a lutar pelo objectivo de todos e jamais viraria as costas aos meus companheiros e ao meu país. Por agora, não há muito mais a dizer. Obrigado, Portugal. Obrigado, Qatar. O sonho foi bonito enquanto durou… Agora, é esperar que o tempo seja bom conselheiro e permita que cada um tire as suas conclusões”, concluiu.

O pouco tempo de jogo do craque na partida da eliminação gerou críticas de sua companheira e de familiares. Após a partida, os atletas reclamaram da arbitragem argentina, que supostamente os prejudicou.

Aplausos

A publicação de Cristiano Ronaldo teve comentários ilustres. Pelé agradeceu: “Obrigado por nos fazer sorrir, meu amigo”. Marta chamou o português de “ídolo”. LeBron James se referiu a ele como “lenda”.

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Ataque ineficaz é responsável pela queda do Brasil na Copa – 11/12/2022 – O Mundo É uma Bola

A Copa do Mundo se aproxima de seu final (faltam quatro jogos) e quatro países continuam na luta pela Taça Fifa. O Brasil não é um deles. Caiu nos pênaltis, diante da Croácia, na sexta-feira (9).

Sempre que a seleção brasileira é eliminada de uma Copa, comentaristas/analistas/jornalistas buscam uma explicação, ou mais de uma, para que isso tenha acontecido.

Na cabeça do brasileiro, não estar pelo menos na final é um desastre, uma tragédia, um 7 a 1. Algo inconcebível, difícil de mastigar, engolir e digerir.

Afinal, o Brasil é o mais vitorioso em Copas (cinco), o único a ter disputado todas as Copas (22), o que mais disputou partidas em Copas (114), o que mais jogos ganhou em Copas (76), o que mais gols marcou em Copas (237).

Somos os melhores. Somos o país do futebol. Como não ganhamos?

Não ganhamos porque o futebol não é ciência exata e porque a Copa do Mundo, com seus mata-matas a partir das oitavas de final, equilibra as forças. Invariavelmente, há uma surpresa, ou mais de uma.

Nesta Copa, a do Qatar, a queda do Brasil em uma partida eliminatória não foi a única de um favorito. Teve a Espanha, que parou em Marrocos, também nos pênaltis, depois de empolgar com um 7 a 0 na estreia diante da Costa Rica. Portugal idem, parou em Marrocos.

A seleção de Tite (que agora não é mais de Tite) chegou a animar ao golear a Coreia do Sul nas oitavas, depois de uma primeira fase não muito auspiciosa (vitórias difíceis sobre Sérvia e Suíça e derrota para Camarões, esta com titulares poupados).

Animação efêmera, de três dias de duração. Diante dos croatas, a equipe voltou a pecar no quesito que, a meu ver, foi determinante para sair da Copa: a falta de gols.

Óbvio, dirá o leitor. Futebol é bola na rede, né?

A questão é que, fazendo uma adaptação com a famosa frase de Chacrinha, o Velho Guerreiro, “quem não finaliza (bem) se trumbica”.

Neste Mundial o Brasil, apesar de criador e finalizador (não se pode acusar a seleção de não buscar o gol incessantemente), teve uma dificuldade tremenda –exceção ao primeiro tempo do duelo com os sul-coreanos– de “sair para o abraço”. Ou, no caso desta seleção, “sair para a dancinha”.

Contra a Croácia, as tentativas de gol pulularam. De acordo com a Opta (empresa britânica de dados estatísticos esportivos), o Brasil finalizou 21 vezes. Onze, ou mais da metade, tiveram a direção certa, mas só uma bola entrou.

O goleiro Livakovic destacou-se, como tinham se destacado os goleiros Milinkovic-Savic (Sérvia), Sommer (Suíça) e Epassy (Camarões).

Porém quem faz do goleiro o nome do jogo é quem ataca. Por mais que o goleiro seja bom, a maioria das bolas que ele defende são as que vão na sua direção (alguns aceitam até essas, tornando-se frangueiros). O goleiro joga quase sempre centralizado. Se a bola vai forte, no canto, dificilmente ele salva.

Livakovic fez uma dezena de defesas, mas nenhuma espetacular, de bola que foi no ângulo. Neymar (é fácil colocar a culpa nele, mas não é só dele), Vinicius Junior, Lucas Paquetá, Casemiro (já no fim da prorrogação), todos eles finalizaram mal, em cima do camisa 1 croata. O demérito é de quem chutou.

A era Tite termina meio “déjà vu”. Na Copa de 2018, na derrota para a Bélgica nessa mesma fase, a de quartas de final, a seleção finalizou 27 vezes, nove delas na direção do gol, e uma única vez a bola entrou. Courtois fez duas ótimas defesas, o resto foi incompetência dos brasileiros.

Virá um novo técnico, talvez Neymar não esteja mais presente (para mim, estará, pois vai querer superar o número de gols de Pelé pela seleção), alguns jogadores não devem mais ser convocados, e outros, mais jovens, permanecerão ou chegarão.

Será prioridade na caminhada até a Copa de 2026, quando o Brasil completará 24 anos sem erguer a taça (igualando o jejum de 1970 a 1994), além de manter o alto número de chutes (ou cabeçadas) a gol, acertar o pé (ou a cabeça).

Tem como fazer isso? Há de ter, ou na Copa na América do Norte a avaliação será similar a de agora: “Fomos melhores, mas faltaram gols. Perdemos”.


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Policiais e torcedores entram em confronto em Paris – 10/12/2022 – Esporte

Policiais e torcedores que comemoravam as vitórias da França e do Marrocos, neste sábado (10), entraram em confronto na avenida Champs-Élysées, em Paris. As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo.

Milhares tomaram a via logo após a partida entre os africanos e os portugueses, que terminou com vitória por 1 a 0 do Marrocos. Elas cantavam, agitavam bandeiras e sopravam cornetas, sob a vigilância da polícia.

Após a vitória da França sobre a Inglaterra, por 2 a 1, mais torcedores tomaram a avenida.

Registros da TV Reuters mostram pessoas atacando lojas e em confronto com a polícia. Fogo também foi visto na avenida de Friedland, próxima à Champs-Élysées.

Presente na Copa do Mundo desde a edição de 1934 –quando o Egito perdeu sua única partida, 4 a 2, para a Hungria, na Itália–, a África nunca havia colocado um representante entre os quatro primeiros colocados.

Marrocos avançou às semifinais com apenas um gol sofrido em cinco partidas na Copa, mostrando força para a campanha mais longa de um país de seu continente.

No outro jogo, Oliver Giroud fez o gol da classificação da França sobre a Inglaterra e colocou a atual campeã mundial mais uma vez nas semifinais.

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Copa: Ingleses consideram ter jogado melhor que a França – 10/12/2022 – Esporte

Jogadores e treinador da Inglaterra declararam depois da partida que jogaram melhor que a atual campeã mundial, a França, e que eram merecedores de avançar às semifinais da Copa do Qatar.

A derrota por 2 a 1 no estádio Al Bayt acabou com a pretensão do English Team de conquistar o título mundial pelas segunda vez –a primeira foi em 1966, em solo inglês.

“Foi uma noite muito difícil, é duro saber que perdermos, pois tivemos as melhores chances no jogo. Fizemos uma boa competição. Foi empolgante assistir aos nossos jogos”, declarou o centroavante Harry Kane, que bateu dois pênaltis, acertando um e desperdiçando outro, que resultaria no empate.

“Eu estava confortável no primeiro [pênalti] e também no segundo. Errei na execução. Dói agora, provavelmente vai doer por um período longo. Mas sou um líder no time e assumi a responsabilidade [de bater as penalidades]”, afirmou o camisa 9.

Maior nome do time e artilheiro da Copa de 2018, na Rússia, Kane encerra o Mundial qatariano com dois gols, distante do topo da lista de goleadores –o francês Mbappé a lidera, com cinco.

Apesar da falha contra a França, ele recebeu elogios do treinador Gareth Southgate: “[Kane] foi sempre fantástico. Não teríamos chegado até aqui [Copa do Mundo] sem todos os gols que ele marcou para nós”.

Sobre a partida em Al Khor, o técnico, que conversará com dirigentes da federação de futebol da Inglaterra para decidir se prossegue ou não no cargo, disse que “pelo que jogamos, merecíamos mais, mas no fim o que contam são os gols”.

A Inglaterra teve mais posse de bola que a França (57% a 43%), finalizou mais a gol (16 a 8), trocou mais passes (503 a 378) e cometeu menos faltas (10 a 14) que os franceses. “Tínhamos time para disputar o título”, afirmou Southgate.

A mesma sensação de frustração tiveram o volante Declan Rice e o zagueiro Harry Maguire. “Jogamos bem. A melhor equipe perdeu”, disse o primeiro. “Estou desapontado, pois acreditava que poderíamos ganhar o campeonato. Mas isso é futebol, às vezes o melhor não ganha”, afirmou o segundo.

Antes de perder da França, a Inglaterra derrotou Irã (6 a 2), País de Gales (3 a 0) e Senegal (3 a 0, nas oitavas de final) e empatou com os EUA (0 a 0).

Capitão do time, Kane ainda disse estar esperançoso em relação ao desempenho da seleção na Eurocopa de 2024.

“Temos um futuro brilhante, espero que o treinador continue, estou muito feliz com ele. Temos ótimos jogadores jovens, uma turma excelente que está chegando ao seu melhor nível.”

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