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Portugal demite técnico que colocou Ronaldo no banco – 15/12/2022 – Esporte

Fernando Santos, 68, não é mais técnico da seleção de Portugal. Nesta quinta-feira (15), a federação de futebol do país anunciou que, em comum acordo, as partes resolveram encerrar o vínculo iniciado em setembro de 2014.

“A FPF (Federação Portuguesa de Futebol) e Fernando Santos entendem que este é o momento certo para iniciar um novo ciclo”, informou a entidade em nota.

Com o treinador à frente da equipe, Portugal conquistou os dois primeiros títulos da história de sua equipe principal, a Eurocopa de 2016 e a Nations League, em 2019.

Ele também dirigiu o país em duas Copas do Mundo, em 2018, na Rússia, onde a nação caiu nas oitavas de final, diante do Uruguai, na atual edição, no Qatar, onde os portugueses avançaram até as quartas, fase em que foram superados pelo time de Marrocos.

A campanha em solo qatariano foi marcada, ainda, pela postura rígida em relação a Cristiano Ronaldo, 37, o principal astro e capitão da equipe.

O camisa 7 deu um chilique após ser substituído antes da metade do segundo tempo do jogo com a Coreia do Sul, na última rodada da primeira fase.

A atitude dele forçou o comandante a barrá-lo no jogo seguinte, diante da Suíça, pelas oitavas de final. O jovem Gonçalo Ramos, 21, foi escolhido para o lugar dele e fez três gols na goleada por 6 a 1. Cristiano Ronaldo só entrou na parte final do duelo, já com o placar, praticamente, definido.

Fernando Santos revelou que teve uma conversa com o astro antes de barrá-lo e que, apesar de o jogador discordar, eles se entenderam.

Na fase seguinte, ele esquentou o banco novamente, diante de Marrocos, e quando entrou não conseguiu evitar a derrota por 1 a 0. Saiu de campo chorando pela eliminação na última Copa do Mundo da carreira dele.

Menos de uma semana depois, a direção da Federação Portuguesa não só o demitiu o técnico como informou que já está à procura de um novo treinador.

“Foi uma honra ter podido contar com um treinador e uma pessoa como Fernando Santos na liderança da seleção nacional. A FPF agradece a Fernando Santos e a sua equipa técnica os serviços prestados ao longo de oito anos ímpares e acredita que este agradecimento é feito também em nome dos portugueses.”

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Os craques são mais geniais do que os números – 15/12/2022 – PVC

O ex-técnico francês Arsène Wenger divulgou o estudo mais rico desta Copa do Mundo. Aponta que 85% dos gols nascem pelos lados do campo. Atual diretor de desenvolvimento global do futebol, na Fifa, o treinador campeão inglês invicto pelo Arsenal está convicto de que o vencedor será quem tiver os melhores pontas.

Nesse caso, será a França. Dembélé e Mbappé são os melhores extremas do Mundial. A Argentina nem pontas escala. Sua linha de meio-campo tem dois meias abertos, De Paul na direita, Mac Allister na esquerda.

Outro estudo, menos científico, está no arquivo deste colunista. Dos 62 jogos da Copa, só 21 (34%) foram vencidos por quem teve mais posse de bola; 27 (43%) por quem ficou menos de metade do jogo trocando passes. Houve 14 empates.

A conta é inversa em relação às finalizações. Quem chuta mais a gols no Qatar ganha 43% das vezes, 35% são vitórias de quem arrisca menos ao gol e 22% foram as igualdades.

É preciso cuidado para não transformar estatística em superstição.

O Brasil foi soberano na posse de bola em todos os jogos, menos contra a Croácia. Na partida da eliminação, chutou 19 vezes, e os croatas, 8. Tite viu sua seleção acertar o alvo 11 vezes. Zlatko Dalic, só uma. Gol de Bruno Petkovic.

Na semifinal, a Croácia teve mais posse e chutes do que a Argentina. Perdeu de 3 a 0.

As contradições não inviabilizam os estudos.

Há situações em que o time grande não poderá abrir mão de atacar, o que não impede de se ver a França ganhar do Marrocos com apenas 42% de posse. A Argentina venceu a Croácia mantendo-se apenas 45% do tempo com a bola.

Se dependesse apenas do que mostram números contrapostos aos jogos, a França seria vencedora contra a Argentina na final. Tem os melhores pontas e só registrou supremacia na troca de passes contra Austrália e Tunísia. Chutou mais a gol do que a maioria dos adversários, menos contra os ingleses.

Os argentinos só não tiveram mais posse, nem finalizações, na semifinal contra a Croácia.

Não dá para cravar que o futebol anda nessa direção. Esses dados parecem mais ricos nos jogos eliminatórios. Dos quatro maiores campeonatos da Europa, Bayern, Napoli e Barcelona são líderes e têm o maior índice de bola no pé. A exceção é o Arsenal, primeiro colocado na tabela inglesa e quarto nesse critério, liderado pelo Manchester City, campeão das duas últimas temporadas usando a mesma estratégia da troca de passes.

No entanto, Guardiola perdeu a final da Liga dos Campeões para o Chelsea, em 2021, com 61% de posse e menos chutes a gol.

O Palmeiras ficou em quinto no Brasileiro, e o Flamengo ficou em sétimo na Libertadores, em bola no pé. Foram campeões.

Ganha quem faz mais gols. Simples assim. Há caminhos diferentes para chegar à vitória, modos diferentes de jogar bem.

O equilíbrio tão grande entre as seleções, resultado do conhecimento de jogadores que atuam na elite dos clubes da Europa e se espalham por seus países, aumenta a necessidade de tentar perceber o que funciona e o que dá errado.

Além de ter mais gols, esta Copa, jogada no fim do ano, volta a privilegiar quem tem os jogadores mais decisivos. Como se disse aqui logo na chegada ao Qatar, os melhores do mundo não brilharam nos Mundiais do século 21, pelo desgaste no fim das longas temporadas europeias. Agora, estão no meio delas.

O desafio é de estilos, mas também de gênios: Messi x Mbappé.


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Marrocos entra com recurso contra arbitragem da semifinal – 15/12/2022 – Esporte

A Federação Marroquina de Futebol disse considerar que sua seleção foi prejudicada na semifinal da Copa do Mundo contra a França, na derrota por 2 a 0, e anunciou nesta quinta-feira (15) que procurou a “autoridade competente” para protestar contra a arbitragem.

“A FRMF enviou um email à autoridade competente no qual dá conta das situações de arbitragem que privaram a seleção marroquina de dois pênaltis indiscutíveis, segundo a opinião de vários especialistas”, informou a federação em um comunicado.

Tal “autoridade competente” não é citada na nota.

Durante a semifinal entre França e Marrocos, o único cartão amarelo da partida foi mostrado para o marroquino Boufal, por um choque com o francês Theo Hernández, punição que a federação considerou severa demais.

Em outro lance, os jogadores marroquinos consideraram que Tchouaméni agarrou En-Nesyry pela cintura dentro da área.

A FRMF afirma ter protestado “fortemente” contra a atuação do árbitro mexicano César Arturo Ramos, e que se surpreendeu porque “o dispositivo de videoarbitragem (VAR) não reagiu a essas situações”.

A federação marroquina diz que “não poupará esforços para defender e preservar os direitos das seleções nacionais, pregando a equidade na arbitragem e denunciando essas decisões arbitrais” da semifinal, acrescenta o texto.

Ramos, de 38 anos, foi árbitro no Mundial de 2018 e apitou três jogos no Qatar, entre eles a vitória de Marrocos sobre a Bélgica por 2 a 0, na fase de grupos.

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Benzema joga amistoso no Real e é liberado para ir à final – 15/12/2022 – Esporte

Nesta quinta-feira (15), um dia depois de a França vencer Marrocos e confirmar sua vaga na final da Copa do Mundo, o atacante Karim Benzema participou de alguns minutos de um jogo-treino do Real Madrid, contra o Leganés, e ganhou liberação do clube para viajar ao Qatar para acompanhar (ou participar) a decisão.

De acordo com o jornal espanhol Marca, o camisa 9 havia sido convidado pela FFF (Federação Francesa de Futebol) para assistir à decisão, no domingo (18), contra a Argentina, no estádio Lusail, quando as duas seleções jogarão em busca do tricampeonato mundial.

Ainda não se sabe qual será a decisão do atacante, ou da seleção francesa, em relação a uma possível reintegração de Benzema ao elenco. Também não foi reveladaa condição real de jogo do atleta, ou por quantos minutos ele poderia eventualmente ficar em campo em uma partida no domingo.

A partida diante do Leganés teve dois tempos de 30 minutos, com Carlo Ancelotti usando a maioria dos titulares que tinha à disposição. O amistoso terminou 1 a 1, com Kroos marcando pelos merengues. A equipe se prepara para o retorno do Campeonato Espanhol, em 30 de dezembro, quando enfrentará o Valladolid.

Melhor jogador do mundo de acordo com eleição recente da France Football, Benzema sofreu uma lesão na coxa esquerda no dia 19 de novembro e ficou fora da disputa no Qatar. No entanto, o atacante nunca chegou a ser cortado oficialmente pelo técnico da França, Didier Deschamps.

Enquanto os Bleus faziam uma campanha bem-sucedida nos gramados do Oriente Médio, Deschamps sempre desconversou sobre uma volta de Benzema ao time. Ao mesmo tempo, o jogador do Real deixava mensagens curtas e enigmáticas em suas redes sociais, dando a entender que talvez pudesse voltar.

Questionado após o triunfo nas semifinais sobre a possibilidade de contar com o jogador na final, Deschamps mostrou irritação. “Eu não vou responder a essa pergunta. Peço desculpas. Próxima pergunta.”

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França x Marrocos registra audiência recorde na TV francesa – 15/12/2022 – Esporte

O triunfo da França sobre Marrocos por 2 a 0 nas semifinais da Copa do Mundo de 2022 reuniu 20,69 milhões de espectadores que acompanharam a partida pela rede de televisão francesa TF1 na noite de quarta-feira (14).

A marca é um novo recorde de audiência, segundo dados da Médiamétrie publicados nesta quinta (15). No total, mais de 66% dos espectadores na França acompanharam o duelo entre os ‘Bleus’ e os ‘Leões do Atlas’.

É um recorde de audiência para uma Copa do Mundo desde 2006, que teve um pico de de 23,3 milhões de telespectadores, segundo o grupo TF1

A audiência se aproxima, mas não ultrapassa o recorde registrado pela M6 durante a final da Eurocopa de 2016 entre França e Portugal, que reuniu 20,8 milhões de telespectadores.

O canal TF1, único da França que transmite a Copa do Mundo abertamente, já havia registrado 17,7 milhões de telespectadores na vitória da França sobre a Inglaterra por 2 a 1, pelas quartas de final.

No duelo das oitavas de final entre França e Polônia, foram 14,3 milhões de pessoas reunidas em frente à televisão.

A final da Copa do Mundo de 2022 terá o confronto entre os ‘Bleus’ de Kylian Mbappé e a Argentina de Lionel Messi no domingo, às 12h. O vencedor conquistará o tricampeonato.

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Gols de fora da área são exceção na Copa do Qatar – 15/12/2022 – Esporte

Os gols marcados de fora da grande área se tornaram mais raros na Copa do Mundo de 2022, no Qatar.

Nas 62 partidas disputadas até as semifinais, apenas 12 finalizações da intermediária terminaram no fundo das redes, incluindo duas em cobranças de faltas.

Esse número representa 7,4% dos 163 tentos anotados até o momento. É o menor percentual registrado pelo menos desde a edição de 1966, a primeira com dados catalogados pela empresa especializada em estatísticas esportivas Opta.

Em comparação, houve 23 gols de longa distância até esta mesma fase no Mundial anterior: o equivalente a 14,3% do total de 161, ou quase o dobro em relação a este ano.

Isso não quer dizer que a pontaria dos jogadores tenha piorado. Na verdade, eles estão apostando menos nesse tipo de chute.

Em vez de arriscar uma batida com grandes chances de ser bloqueada ou sair pela linha de fundo, os atletas têm preferido rodar a bola de uma ponta a outra ou reiniciar a jogada desde o campo de defesa, até encontrar melhores condições para o arremate.

O aproveitamento das finalizações melhorou entre as duas últimas Copas. Os chutes diminuíram, enquanto os gols aumentaram.

Quando consideradas apenas as jogadas com bola rolando –sem contar pênaltis e cobranças de falta–, o total de finalizações caiu 9% (de 1.463 para 1.336), e o de gols cresceu 19% (de 122 para 145).

A maior diferença está justamente nos chutes de fora da área. As tentativas de longa distância diminuíram 22% entre os dois Mundiais (de 593 para 465).

Já o número de finalizações de dentro da área se manteve estável (870 e 871, respectivamente), com maior concentração nas zonas mais próximas à meta neste ano.

Uma possível explicação para esse fenômeno é o aprimoramento das análises estatísticas como parte do trabalho das comissões técnicas.

Popularizado pelos jogos eletrônicos e sites de apostas esportivas, um dos indicadores mais observados atualmente é o xG, uma abreviação para o termo em inglês “expected goals” (gols esperados).

Basicamente, trata-se da probabilidade de uma finalização terminar nas redes, a depender do lugar do campo e em que condições ela ocorre.

Os cálculos são feitos a partir de bases de dados com milhares de finalizações registradas em partidas anteriores e seus desfechos conhecidos.

Dessa forma, uma equipe pode se preparar para explorar pontos fracos dos adversários e construir jogadas que possam ser finalizadas em zonas com um xG mais elevado, aumentando assim as chances de se atingir a meta.

Argentina e França chegam à final do próximo domingo (18) cada uma com um gol de fora da área nesta edição.

Lionel Messi marcou para a equipe sul-americana na vitória por 2 a 0 sobre o México, ainda na primeira fase. E Tchouaméni, no triunfo dos europeus por 2 a 1 sobre a Inglaterra, nas quartas de final.

Na decisão de 2018, os franceses contaram com dois gols de fora da área para vencer a Croácia por 4 a 2 e conquistar o título. Pogba e Mbappé foram os autores.

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Preço alto e má qualidade marcam alimentação na Copa – 15/12/2022 – Esporte

Hambúrgueres, salgados e cachorros-quentes que estão longe de dar água na boca nos torcedores — embora para alguns até dê para o gasto. O preço, porém, é semelhante ao que se paga em lanchonetes no centro de Doha, capital do Qatar.

Essa é a descrição de parte do cardápio vendido nos estádios da Copa do Mundo 2022, padronizado nas arenas.

O preço é alto e, no geral, torcedores reclamam da qualidade dos itens comercializados. Mas, apesar dos protestos, formam filas durante os intervalos, quando os pontos de venda ficam mais disputados.

Pela terceira em uma arena do Mundial, o omani Wadia Alghassani, 27, comeu o hambúrguer de carne, apenas para matar a fome. “Nem é bom”, diz.

No estádio Al Bayt, em Al Khor, para torcer para Marrocos no jogo contra a França, nesta quarta-feira (14), o morador de Omã comia no intervalo entre os tempos, enquanto reclamava do preço e dos lanches que já havia provado —nenhum passou pela sua aprovação.

A melhor opção, de acordo com ele, é o hambúrguer. “É seco, é caro e é superestimado, eu acho”, diz Alghassani.

Por outro lado, o qatariano Wassim Marwani, 31, considera a comida boa, mas não deliciosa. Para um estádio, diz que cumpre seu papel. Voltando para partida, ele carregava um cachorro-quente, uma versão bem diferente da brasileira, com apenas pão e salsicha.

“Eu acho que [a comida] é ok. É limpa, a equipe é boa. É ok”, pontua, dizendo que daria uma nota em torno de oito.

Um hambúrguer simples, daqueles com pão, carne e queijo, fica na casa dos R$ 60. Se quiser adicionar uma Coca-Cola, terá que desembolsar mais cerca de R$ 22. Se o combo for completo, com batata chips, lá se vão outros R$ 15. Uma refeição completa ficaria, então, na casa da centena.

Opção mais barata é a fatayer (uma espécie de enroladinho), que custa R$ 15, e o cachorro-quente, em torno de R$ 37. Uma garrafa de água de 500 ml também sai por R$ 15.

Mohamed Anani, 36, provava pela primeira vez as comidas oferecidas vendidas na arena. Para o torcedor de Marrocos, o maior problema era o preço alto associado ao cardápio limitado.

Considera pontos positivos o serviço rápido e o grande número de lojas no estádio, mas diz que o custo é alto, se comparado com os valores encontrados fora da arena, além de o estabelecimento não oferecer opções para crianças.

“Se você quiser batatas, não são frescas, são batatas chips. Não tem opções de doces”, diz.

Outro ponto que causou desgaste para os torcedores foi a decisão do Qatar de proibir cerveja dentro dos estádios e em seus arredores.

A ordem partiu do Comitê de Entrega e Legado, que organiza o Mundial, pouco antes do início do campeonato. Torcedores que organizaram suas viagens por meses, às vezes anos, foram pegos de surpresa.

O álcool é liberado apenas em locais autorizados pelo governo, como em bares de hotéis. Durante o Mundial, as Fan Fests da Fifa também estão comercializando cervejas.

Após a decisão, apenas a versão sem álcool da patrocinadora oficial é vendida nas arenas. A bebida, que não faz sucesso na torcida, custa cerca de R$ 45.

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Capitão Messi tentará encerrar jejum de 68 anos em Copas – 14/12/2022 – O Mundo É uma Bola

“Capitão Messi.” Deveria ser nome de filme, de documentário, de livro. A Argentina ganhando a Copa do Mundo, um dia será, alguém terá essa ideia (mesmo eu já tendo tido, e não ganharei nada por isso).

Fica difícil torcer contra. Não contra o filme hoje imaginário, mas contra os argentinos triunfarem no Qatar. Eu torço a favor, única e exclusivamente para que o capitão Messi erga a taça no estádio Lusail.

Do jeito que Messi está jogando neste Mundial, em sua última participação em um (este é o seu quinto), comendo a bola aos 35 anos, é quase compulsório desejar que ele ganhe. Recompensa justa e merecida a um dos maiores gênios, do alto do seu 1,70 m, que o futebol já viu (e ainda vê).

Acontecendo, o craque se tornará o 22º capitão diferente, em 22 edições de Copa, a colocar as mãos no troféu antes de compartilhá-lo com os companheiros.

Messi capitão, caso triunfe, fará a Copa presenciar algo raro desde 1930, quando o Uruguai sediou o torneio inaugural. Só duas vezes, de 21, um atacante de ofício capitaneou sua seleção no jogo do título. O primeiro, em 1938; o segundo e último, em 1954.

No terceiro Mundial, o da França, a Itália, que ganhara quatro anos antes em casa, faturou o bi diante da Hungria tendo como capitão Giuseppe Meazza (1910-1979).

Jogador que dá o nome ao estádio utilizado para os jogos de Milan e Inter de Milão (clubes que ele defendeu), Giuseppe Meazza é uma lenda do futebol, considerado um dos melhores da Itália, ao lado de Paolo Maldini, Roberto Baggio, Franco Baresi e Gianluigi Buffon.

Foi de Giuseppe Meazza o segundo gol italiano na vitória por 2 a 1 sobre o Brasil na semifinal, em Bordeaux –de pênalti, e o único dele naquela Copa.

No quinto Mundial, na Suíça, a campeã Alemanha Ocidental, que superou a Hungria de Puskás na decisão, tinha como capitão Fritz Walter (1920-2002), autor de três gols nessa Copa, sendo dois de pênalti.

A exemplo de Giuseppe Meazza, Fritz Walter, que teve a carreira interrompida para lutar por seu país na Segunda Guerra, batiza um estádio de futebol, o do Kaiserslautern, o único clube pelo qual atuou na carreira, marcando 357 gols em 364 partidas.

Ele está no rol dos grandes atacantes alemães, como Rummenigge, Völler, Seeler, Klose e Gerd Müller.

Os demais capitães de seleções vencedoras em Copas eram meias (duas vezes), volantes (três vezes, incluindo Dunga), laterais (três vezes, incluindo Cafu e Carlos Alberto), zagueiros (sete vezes, incluindo Bellini e Mauro) ou goleiros (quatro vezes).

Mesmo os dois camisas 10 (a mesma usada por Messi) que ergueram a Taça Fifa, apesar de irem constantemente à frente e fazerem gols, não eram atacantes, e sim meias.

Em 1986, no México, Diego Maradona, compatriota de Messi, jogava atrás de Burruchaga e Valdano, e o mesmo aconteceu na Itália, em 1990, quando Lothar Matthäus, que rivalizou com Maradona na final, tinha à frente dele Klinsmann e Völler, além de Littbarski.

Assim, o capitão Messi terá de quebrar no domingo (18) uma escrita de 68 anos, segundo a qual atacante não ergue a taça da Copa, para ser campeão do mundo.

No Qatar, 11 atacantes, além de Messi, usaram a tarja de capitão, entre eles estrelas como Kane (Inglaterra), Lewandowski (Polônia), Bale (País de Gales), Son (Coreia do Sul) e Cristiano Ronaldo (Portugal. Todos sucumbiram.

No estádio Lusail, será o capitão Messi contra o capitão Lloris, goleiro da fortíssima França, atual campeã do mundo, de Mbappé, Giroud, Griezmann, Varane. Que passou por Marrocos na semifinal.

Lloris é o capitão que levantou a taça na Copa antes desta, a da Rússia, em 2018. O camisa 1 já sentiu esse sabor doce e fará de tudo para repetir o deleite –seria o primeiro jogador bicampeão como capitão.

“Capitão Messi x Capitão Lloris”. Outro bom título para filme. Será um grande duelo. Torcerei para Messi, mas que vença o melhor.

A seguir, a lista de todos os capitães campeões em Copas do Mundo.

  • Uruguai-1930 – Jose Nasazzi (Uruguai) – zagueiro
  • Itália-1934 – Gianpiero Combi (Itália) – goleiro
  • França-1938 – Giuseppe Meazza (Itália) – atacante
  • Brasil-1950 – Obdulio Varela (Uruguai) – volante
  • Suíla-1954 – Fritz Walter (Alemanha) – atacante
  • Suécia-1958 – Hilderaldo Bellini (Brasil) – zagueiro
  • Chile-1962 – Mauro Ramos (Brasil) – zagueiro
  • Inglaterra-1966 – Bobby Moore (Inglaterra) – zagueiro
  • México-1970 – Carlos Alberto (Brasil) – lateral
  • Alemanha-1974 – Franz Beckenbauer (Alemanha) – zagueiro
  • Argentina – 1978 – Daniel Passarella (Argentina) – zagueiro
  • Espanha-1982 – Dino Zoff (Itália) – goleiro
  • México-1986 – Diego Maradona (Argentina) – meia
  • Itália-1990 – Lothar Matthäus (Alemanha) – meia
  • EUA-1994 – Dunga (Brasil) – volante
  • França-1998 – Didier Deschamps (França) – volante
  • Coreia/Japão-2002 – Cafu (Brasil) – lateral
  • Alemanha-2006 – Fabio Cannavaro (Itália) – zagueiro
  • África do Sul-2010 – Iker Casillas (Espanha) – goleiro
  • Brasil-2014 – Philipp Lahm (Alemanha) – lateral
  • Rússia-2018 – Hugo Lloris (França) – goleiro

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‘Estávamos certos da vitória’, lamenta goleiro do Marrocos – 14/12/2022 – Esporte

O goleiro do Marrocos Yassine Bono disse que a semifinal da Copa do Mundo perdida para a França (2 a 0) nesta quarta-feira (14) foi um “jogo difícil” e que seus companheiros “estavam certos da vitória”, mas agora prometem brigar pelo terceiro lugar do torneio contra a Croácia.

“O jogo não foi fácil. Sonhávamos em ir à final e estávamos certos da vitória, mas não funcionou”, lamentou o goleiro do Sevilla. “Os rapazes jogaram uma grande partida, fizeram um esforço enorme e criaram chances”.

“O primeiro gol complicou nosso jogo, mas a seleção mostrou que tem personalidade e criou chances depois de sair atrás”, analisou Bono.

“Depois veio o segundo gol com um pouco de sorte. De qualquer forma, fizemos um grande jogo”, acrescentou.

O goleiro marroquino elogiou também os jogadores que entraram no lugar de seus companheiros lesionados Romain Saiss, que foi substituído no primeiro tempo, e Nayef Aguerd, que chegou a ser anunciado na escalação oficial, mas não entrou em campo.

“Os que entraram, seja Jawad (el Yamiq) ou Achraf (Dari), fizeram uma grande partida e mantiveram o nível. Não notei a ausência de Saiss, nem de Aguerd.”

Apesar de o sonho do título mundial ter chegado ao fim para o Marrocos, Bono considera que sua equipe “mostrou verdadeiramente que é capaz de competir contra as grandes seleções”.

Os Leões do Atlas vão enfrentar a Croácia no próximo sábado (17), às 12h (de Brasília), pelo terceiro lugar do Mundial do Qatar e Bono prometeu lutar pela vitória: “Ainda nos resta um jogo, que precisamos encarar com a mesma seriedade que mostramos nos outros”.

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Copa: Vamos dar o passo final agora, diz técnico Deschamps – 14/12/2022 – Esporte

A França agora deve dar o último passo para conquistar seu segundo título mundial consecutivo depois de eliminar o Marrocos por 2 a 0 na semifinal da Copa do Mundo nesta quarta-feira (14), disse o técnico da França, Didier Deschamps.

Os atuais campeões abriram o placar aos cinco minutos, com o zagueiro Theo Hernandez, antes de Randal Kolo Muani marcar outro aos 32 min do segundo tempo, selando sua quarta presença em uma final nas últimas sete edições.

“Estamos juntos com os jogadores há um mês, nunca é fácil. Há felicidade até agora.”

“Eu me sinto muito orgulhoso por conseguir essa classificação, era a última etapa que faltava para chegar à final. Mas não foi simples. Misturamos qualidade, esperança e experiência para chegar à vitória. É o sintoma de uma equipe e é o que faz a diferença”, disse Deschamps, que levou a França ao título mundial de 2018.

Perguntado sobre a utilização de Kolo Muani, autor do segundo gol da partida, Deschamps falou sobre a importância de todo o elenco. “Penso sobretudo na união, no coletivo desse grupo. Os jogadores que não foram utilizados podem ser decisivos. O banco de reservas é muito importante para a equipe”, comentou o treinador.

Deschamps é apenas o quarto técnico a levar um país a duas finais consecutivas da Copa do Mundo, e a França tentará se tornar o primeiro time desde o Brasil em 1962 a reter o título.

A França também acertou a trave com Olivier Giroud, mas teve de aguentar mais de uma hora de intensa pressão marroquina antes de selar a vitória.

O presidente da França, Emmanuel Macron, que estava nas arquibancadas do estádio Al Bayt para assistir à vitória, foi rápido em elogiar o time.

“Nossos compatriotas precisam de alegria simples e pura, o esporte a proporciona e o futebol em particular. Estou muito melhor agora do que há uma hora e meia”, disse Macron.

“Sofremos muito, mas vimos uma grande equipe. Agradeço imensamente a Didier Deschamps e a esta equipe, uma mistura de gerações diferentes.”

“Deschamps está aqui, com sua sorte e seu talento. Trazemos de volta a Copa e, claro, Deschamps tem que ficar. Esta seleção francesa me deixa muito orgulhoso.”

O treinador não quis afirmar se continuará no comando da equipe e só agradeceu a visita do presidente. “Ao presidente digo muito obrigado por ter passado no vestiário pra cumprimentar os jogadores”, limitou-se a dizer.

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