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Messi vive ano de descontração e renovação

Lionel Messi, astro do futebol mundial, brilhou intensamente ao longo de 2023, irradiando seu característico sorriso, tanto em suas performances pelo Inter Miami nos Estados Unidos, quanto envergando a camisa da seleção Argentina. A temporada do renomado craque foi marcada por uma série de celebrações, afastando qualquer sombra de tensão experimentada em épocas anteriores.

Ao completar 36 anos em junho, Messi expressou sentir uma juventude renovada, como se estivesse revivendo os dias de sua infância, perseguindo a bola com entusiasmo. A experiência da vitória na Copa do Mundo no Qatar, há um ano, parece ter liberado o ícone do peso de desapontamentos anteriores em competições desse calibre.

“Após a conquista da Copa do Mundo, pensei que o ciclo estava fechado, mas muito pelo contrário. Mais do que nunca, quero servir o meu país. Sofremos muito durante vários anos e agora estamos vivendo um momento incrível. Desejo desfrutar dele”, afirmou Messi, revelando uma determinação renovada.

Cada encontro de Messi com os compatriotas argentinos tornou-se um espetáculo de celebração. Isso ficou nitidamente evidente na primeira partida da seleção em casa após o título, um amistoso contra o Panamá, no qual Messi deixou sua marca com um golaço de falta. Nos jogos das Eliminatórias para o próximo Mundial, sua presença tem sido crucial, contribuindo para a liderança da Argentina no torneio classificatório, incluindo uma vitória sobre o Brasil no icônico Maracanã, onde Messi balançou a rede por três vezes.

Considerando também os amistosos, Messi acumulou oito gols pela seleção ao longo do ano. Já pelo Inter Miami, seu desempenho foi igualmente espetacular, com 11 gols e cinco assistências em 14 partidas, contribuindo para a conquista do primeiro título da equipe, a Leagues Cup, em agosto.

Anteriormente conhecido por suas celebrações discretas, Messi surpreendeu ao adotar gestos descontraídos após seus gols, incluindo imitações de heróis da Marvel como Thor, Homem-Aranha e Pantera Negra. O craque revelou que esses gestos são uma solicitação de seus filhos, em uma curiosa convergência com o acordo comercial entre a MLS e a Marvel.

Após erguer seu primeiro troféu nos Estados Unidos, Messi retornou à Europa para receber, pela oitava vez, a cobiçada “Bola de Ouro” da revista France Football, estabelecendo-se ainda mais como o maior vencedor do prestigiado prêmio individual. Embora a premiação tenha considerado suas performances no Paris Saint-Germain, foram suas atuações brilhantes na Copa do Mundo que o destacaram, superando concorrentes de peso como Erling Haaland e Kylian Mbappé.

A conquista do Mundial também serviu como motivação para Messi abandonar o futebol europeu, buscando uma liga com menor pressão nos Estados Unidos. Em Miami, encontrou uma vida mais serena ao lado da família, desfrutando de momentos simples que, na agitação europeia, eram escassos.

“Estamos muito felizes por ter escolhido esse lugar para viver”, declarou Messi, encerrando um ano repleto de triunfos, realizações e sorrisos contagiantes.

 

Argentina ensaia time com 3 zagueiros para a final da Copa – 17/12/2022 – Esporte

Lionel Scaloni não quis confirmar, em sua conferência de imprensa neste sábado (17), qual time vai escalar para a final da Copa do Mundo contra a França.

As duas equipes se enfrentam neste domingo (18), no estádio de Lusail, às 16 horas (de Brasília).

“Daqui a pouco vamos treinar e vocês vão ver. Se não conseguirem ver, alguém vai contar”, brincou, fazendo referência os vazamentos de informações sobre o que acontece nos bastidores da seleção argentina.

No treinamento, realizado na Qatar University, QG do time em Doha, o treinador testou duas formações. A principal indefinição é quanto a presença de Ángel Di María entre os titulares. Mas o meia-atacante, que sofreu sobrecarga muscular e tem ficado como opção no banco de reservas, não está 100%.

Uma das principais preocupações de Scaloni é como conter a velocidade de Mbappé e impedir que a bola chegue a ele nos contra-ataques franceses. Foi a jogada que eliminou a Argentina quando as duas seleções se enfrentaram nas oitavas de final do Mundial de 2018, na Rússia.

Scaloni começou a atividade com o esquema com três zagueiros: Dibu Martínez; Cuti Romero, Otamendi e Lisandro Martínez; Molina, De Paul, Enzo Fernández, MacAllister e Acuña; Lionel Messi e Julián Álvarez.

Na segunda parte da atividade, Scaloni colocou Di María no lugar de Lisandro Martínez, passando do 3-5-2 (ou 5-3-2 sem a bola) para um 4-3-3.

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Final reúne dois candidatos a Pelé – 17/12/2022 – PVC

Mbappé saltou nos ombros de Giroud e levantou o braço esquerdo, com o punho cerrado, enquanto passava o direito em torno do pescoço do centroavante.

Tinha acabado de marcar, nos 3 a 1 contra a Polônia.

A imagem é igual à de Pelé comemorando o primeiro gol da final de 1970 saltando sobre Jairzinho. Únicas diferenças: o Rei tinha o punho direito fechado; sua festa foi na finalíssima.

A primeira página do jornal francês L’Equipe, de sábado (17), tem os dois retratos, lado a lado.

Messi tem outra foto, muito parecida, festejando um dos quatro gols do Barcelona sobre o Sevilla, triunfo por 4 a 2, em 2019. O gênio argentino saltou sobre o francês Dembelé, seu rival na decisão deste domingo (18), em Doha.

A fotografia original da comemoração do Rei com Jairzinho, do centésimo gol do Brasil em Copas, o primeiro da final contra a Itália, é do alemão Sven Simon. Dizem que não foi um repórter-fotográfico, mas um escultor.

Mbappé e Messi têm suas obras de arte nesta Copa do Mundo. A maneira como o francês observou o posicionamento do goleiro polonês Szczesny, esperou o que faria e jogou a bola no ângulo, nas quartas-de-final.

Ou Messi, ao levar o zagueiro croata Gvardiol até a linha de fundo, como Al Pacino conduzindo Gabrielle Anwar ao dançar o tango “Por una cabeza”, no filme “Perfume de Mulher”. O fim da dança foi o passe para Julián Álvarez marcar o 3 a 0.

O zagueiro Diallo, com quem Mbappé jogou no Monaco e no Paris Saint-Germain, contou ter escutado do camisa 10 da França elogios rasgados a Cristiano Ronaldo, a quem considera o melhor de todos os tempos. Há uma imagem belíssima de Mbappé com expressão de choro, ao receber a camisa de Cristiano, depois do empate por 2 a 2 entre franceses e portugueses, na Eurocopa.

Mbappé não conseguirá espalhar sua certeza sobre a superioridade de Cristiano Ronaldo, se não vencer Messi. Se ganhar, será o primeiro jogador, desde Pelé, bicampeão mundial antes dos 24 anos –o Rei fez isso aos 21.

As comparações não param. Aos 23 anos, Mbappé marcou 9 gols em 12 jogos de Copas, mais do que Pelé na mesma idade. Só que o brasileiro produziu suas sete esculturas em apenas seis partidas. Messi tem oito assistências e está empatado com Maradona, recordistas em Mundiais, neste critério.

Acontece que esta estatística só está disponível a partir de 1966 e Pelé deu dois passes para gols de Vavá, na Suécia, em 1958.

A realeza esteve presente em quase tudo nesta Copa. Seu estado de saúde preocupou a Fifa e os torcedores, que levaram homenagens aos estádios. O desempenho impressionante de Messi e Mbappé desperta até agora as comparações, a ponto da reprodução de imagens quase idênticas do camisa 10 da França, festejando com Giroud, na mesma posição em que o Rei comemorou com Jairzinho.

Ser Rei é completar 82 anos de vida e ouvir, por 64 deles, que Di Stéfano pode ter sido melhor, Cristiano Ronaldo mais goleador, Cruyff mais cerebral, Maradona mais genial, Messi, Mbappé e…

E a comparação é sempre com Pelé.

Isto é ser rei.

De tudo o que se transforma, só o que não perde o sentido é a qualidade. Não tem Tiktok, nem bate-boca caça-clique em redes sociais que substitua o protagonismo de três gênios, capturados por uma criação de 1826: a fotografia.

As três imagens quase iguais, com os sorrisos pós-gol de Messi, Mbappé e Pelé, serão eternas.


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Qatar vê corrida de argentinos por ingressos para a final – 16/12/2022 – Esporte

Um boato de que seriam colocados à venda nesta sexta-feira 10 mil ingressos para a final encheu muitos argentinos de esperança.

Na noite desta quinta-feira (15), centenas deles foram protestar na porta do Jassim Tower, hotel onde está hospedado o presidente da AFA (Associação de Futebol Argentino), Claudio “Chiqui” Tápia.

As entradas não foram disponibilizadas. A Fifa não confirma a existência delas.

Em grupos de WhatsApp, quem está em Doha se mobiliza na busca por um bilhete para entrar no estádio de Lusail, neste domingo (18), para ver a última partida de Lionel Messi em uma Copa do Mundo: a decisão contra a França.

Walter Abalde, 36, apenas acompanha as discussões. Estava com a paz de espírito de quem tem seu lugar garantido. Sorteado pela Fifa no primeiro lote de ingressos vendidos, ele não considera revendê-lo. Nem mesmo por uma soma astronômica, que poderia mudar sua vida.

“Já me ofereceram US$ 100 mil [R$ 528 mil]. Não vendo em hipótese nenhuma. Por dinheiro nenhum. Esta entrada não tem preço. É a final da Copa do Mundo e Lionel Messi pode fazer a Argentina ser campeã. Esquece. Não vendo”, disse.

Pelo mercado oficial, feito pela Fifa, o ingresso mais barato para a partida saiu por US$ 19 (R$ 100). O mais caro, US$ 1.600 (R$ 8.400).

Fanático por Messi, Abalde tem uma tatuagem com o número 10 e o nome do ídolo na panturrilha. Carregava nesta sexta, pelo centro de Doha, uma camiseta com as cores alviceleste e mensagem de agradecimento para Célia e Jorge, os pais do capitão da seleção.

Não há um número confiável de quantos torcedores estão no Qatar sem entradas para a final. Mas quanto mais se aproxima o jogo, mais os preços devem subir.

Segundo relatos da imprensa argentina, no mercado paralelo os bilhetes têm sido vendidos por US$ 5.000 (R$ 26,4 mil). Mas para quem está em Doha, este valor já está muito defasado.

“Isso foi o que paguei na terça-feira (13), dia da semifinal contra a Croácia. Agora não está mais este valor de jeito nenhum”, diz Diego Bianco, 42.

Ele só não quer que ninguém de sua família em Buenos Aires saiba que ele gastou este dinheiro todo para ver uma partida de futebol. Pouco importa que seja a final da Copa do Mundo.

“Minha irmã me mata se souber!”, completou.

O relato dele e de outras pessoas que procuram ingressos é que há cambistas pedindo US$ 16.000 (R$ 84,4 mil).

Antes do Mundial, a estimativa do governo argentino foi que cerca de 40 mil cidadãos do país viajaram ao Qatar. Existe a expectativa que mais gente chegue até domingo, mas não está claro quantos estarão com ingressos.

A Aerolíneas Argentinas, companhia aérea estatal do país, postou vídeo em sua conta no Twitter de um avião lotado de torcedores rumo ao Qatar.

“Toda Copa do Mundo é a mesma coisa. Há os ingressos para patrocinadores, para dirigentes, para os locais, mas para quem quer torcer mesmo, não há. Isso sem falar em agências de turismo que ficam com as entradas para depois revendê-las mais caras”, reclama Jeronimo Mendéz, 34, que afirma ter visto o mesmo fenômeno em 2014, quando a seleção fez a final da Copa contra a Alemanha, no Rio de Janeiro.

No dia da decisão, há oito anos, milhares de argentinos rondaram o Maracanã nas horas que antecederam o apito inicial em busca desesperada por um ingresso. A cena pode se repetir neste domingo.

“Nós compramos pelo site da Fifa e demos sorte. Tem muita gente de mãos vazias, muita gente mesmo. Não sei como vai ser”, constata Andreas Brolanigo. 32.

Ao lado do irmão Leonardo, ele chegou a Doha depois da estreia contra a Arábia Saudita, a derrota por 2 a 1. Depois disso, a seleção venceu quatro partidas e empatou uma. Esta que terminou em igualdade foi pelas quartas de final diante da Holanda. A Argentina avançou nos pênaltis.

“Está provado que não somos mufa”, completou, citando a expressão usada na Argentina para “pé-frio.”

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Gols de fora da área são exceção na Copa do Qatar – 15/12/2022 – Esporte

Os gols marcados de fora da grande área se tornaram mais raros na Copa do Mundo de 2022, no Qatar.

Nas 62 partidas disputadas até as semifinais, apenas 12 finalizações da intermediária terminaram no fundo das redes, incluindo duas em cobranças de faltas.

Esse número representa 7,4% dos 163 tentos anotados até o momento. É o menor percentual registrado pelo menos desde a edição de 1966, a primeira com dados catalogados pela empresa especializada em estatísticas esportivas Opta.

Em comparação, houve 23 gols de longa distância até esta mesma fase no Mundial anterior: o equivalente a 14,3% do total de 161, ou quase o dobro em relação a este ano.

Isso não quer dizer que a pontaria dos jogadores tenha piorado. Na verdade, eles estão apostando menos nesse tipo de chute.

Em vez de arriscar uma batida com grandes chances de ser bloqueada ou sair pela linha de fundo, os atletas têm preferido rodar a bola de uma ponta a outra ou reiniciar a jogada desde o campo de defesa, até encontrar melhores condições para o arremate.

O aproveitamento das finalizações melhorou entre as duas últimas Copas. Os chutes diminuíram, enquanto os gols aumentaram.

Quando consideradas apenas as jogadas com bola rolando –sem contar pênaltis e cobranças de falta–, o total de finalizações caiu 9% (de 1.463 para 1.336), e o de gols cresceu 19% (de 122 para 145).

A maior diferença está justamente nos chutes de fora da área. As tentativas de longa distância diminuíram 22% entre os dois Mundiais (de 593 para 465).

Já o número de finalizações de dentro da área se manteve estável (870 e 871, respectivamente), com maior concentração nas zonas mais próximas à meta neste ano.

Uma possível explicação para esse fenômeno é o aprimoramento das análises estatísticas como parte do trabalho das comissões técnicas.

Popularizado pelos jogos eletrônicos e sites de apostas esportivas, um dos indicadores mais observados atualmente é o xG, uma abreviação para o termo em inglês “expected goals” (gols esperados).

Basicamente, trata-se da probabilidade de uma finalização terminar nas redes, a depender do lugar do campo e em que condições ela ocorre.

Os cálculos são feitos a partir de bases de dados com milhares de finalizações registradas em partidas anteriores e seus desfechos conhecidos.

Dessa forma, uma equipe pode se preparar para explorar pontos fracos dos adversários e construir jogadas que possam ser finalizadas em zonas com um xG mais elevado, aumentando assim as chances de se atingir a meta.

Argentina e França chegam à final do próximo domingo (18) cada uma com um gol de fora da área nesta edição.

Lionel Messi marcou para a equipe sul-americana na vitória por 2 a 0 sobre o México, ainda na primeira fase. E Tchouaméni, no triunfo dos europeus por 2 a 1 sobre a Inglaterra, nas quartas de final.

Na decisão de 2018, os franceses contaram com dois gols de fora da área para vencer a Croácia por 4 a 2 e conquistar o título. Pogba e Mbappé foram os autores.

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Capitão Messi tentará encerrar jejum de 68 anos em Copas – 14/12/2022 – O Mundo É uma Bola

“Capitão Messi.” Deveria ser nome de filme, de documentário, de livro. A Argentina ganhando a Copa do Mundo, um dia será, alguém terá essa ideia (mesmo eu já tendo tido, e não ganharei nada por isso).

Fica difícil torcer contra. Não contra o filme hoje imaginário, mas contra os argentinos triunfarem no Qatar. Eu torço a favor, única e exclusivamente para que o capitão Messi erga a taça no estádio Lusail.

Do jeito que Messi está jogando neste Mundial, em sua última participação em um (este é o seu quinto), comendo a bola aos 35 anos, é quase compulsório desejar que ele ganhe. Recompensa justa e merecida a um dos maiores gênios, do alto do seu 1,70 m, que o futebol já viu (e ainda vê).

Acontecendo, o craque se tornará o 22º capitão diferente, em 22 edições de Copa, a colocar as mãos no troféu antes de compartilhá-lo com os companheiros.

Messi capitão, caso triunfe, fará a Copa presenciar algo raro desde 1930, quando o Uruguai sediou o torneio inaugural. Só duas vezes, de 21, um atacante de ofício capitaneou sua seleção no jogo do título. O primeiro, em 1938; o segundo e último, em 1954.

No terceiro Mundial, o da França, a Itália, que ganhara quatro anos antes em casa, faturou o bi diante da Hungria tendo como capitão Giuseppe Meazza (1910-1979).

Jogador que dá o nome ao estádio utilizado para os jogos de Milan e Inter de Milão (clubes que ele defendeu), Giuseppe Meazza é uma lenda do futebol, considerado um dos melhores da Itália, ao lado de Paolo Maldini, Roberto Baggio, Franco Baresi e Gianluigi Buffon.

Foi de Giuseppe Meazza o segundo gol italiano na vitória por 2 a 1 sobre o Brasil na semifinal, em Bordeaux –de pênalti, e o único dele naquela Copa.

No quinto Mundial, na Suíça, a campeã Alemanha Ocidental, que superou a Hungria de Puskás na decisão, tinha como capitão Fritz Walter (1920-2002), autor de três gols nessa Copa, sendo dois de pênalti.

A exemplo de Giuseppe Meazza, Fritz Walter, que teve a carreira interrompida para lutar por seu país na Segunda Guerra, batiza um estádio de futebol, o do Kaiserslautern, o único clube pelo qual atuou na carreira, marcando 357 gols em 364 partidas.

Ele está no rol dos grandes atacantes alemães, como Rummenigge, Völler, Seeler, Klose e Gerd Müller.

Os demais capitães de seleções vencedoras em Copas eram meias (duas vezes), volantes (três vezes, incluindo Dunga), laterais (três vezes, incluindo Cafu e Carlos Alberto), zagueiros (sete vezes, incluindo Bellini e Mauro) ou goleiros (quatro vezes).

Mesmo os dois camisas 10 (a mesma usada por Messi) que ergueram a Taça Fifa, apesar de irem constantemente à frente e fazerem gols, não eram atacantes, e sim meias.

Em 1986, no México, Diego Maradona, compatriota de Messi, jogava atrás de Burruchaga e Valdano, e o mesmo aconteceu na Itália, em 1990, quando Lothar Matthäus, que rivalizou com Maradona na final, tinha à frente dele Klinsmann e Völler, além de Littbarski.

Assim, o capitão Messi terá de quebrar no domingo (18) uma escrita de 68 anos, segundo a qual atacante não ergue a taça da Copa, para ser campeão do mundo.

No Qatar, 11 atacantes, além de Messi, usaram a tarja de capitão, entre eles estrelas como Kane (Inglaterra), Lewandowski (Polônia), Bale (País de Gales), Son (Coreia do Sul) e Cristiano Ronaldo (Portugal. Todos sucumbiram.

No estádio Lusail, será o capitão Messi contra o capitão Lloris, goleiro da fortíssima França, atual campeã do mundo, de Mbappé, Giroud, Griezmann, Varane. Que passou por Marrocos na semifinal.

Lloris é o capitão que levantou a taça na Copa antes desta, a da Rússia, em 2018. O camisa 1 já sentiu esse sabor doce e fará de tudo para repetir o deleite –seria o primeiro jogador bicampeão como capitão.

“Capitão Messi x Capitão Lloris”. Outro bom título para filme. Será um grande duelo. Torcerei para Messi, mas que vença o melhor.

A seguir, a lista de todos os capitães campeões em Copas do Mundo.

  • Uruguai-1930 – Jose Nasazzi (Uruguai) – zagueiro
  • Itália-1934 – Gianpiero Combi (Itália) – goleiro
  • França-1938 – Giuseppe Meazza (Itália) – atacante
  • Brasil-1950 – Obdulio Varela (Uruguai) – volante
  • Suíla-1954 – Fritz Walter (Alemanha) – atacante
  • Suécia-1958 – Hilderaldo Bellini (Brasil) – zagueiro
  • Chile-1962 – Mauro Ramos (Brasil) – zagueiro
  • Inglaterra-1966 – Bobby Moore (Inglaterra) – zagueiro
  • México-1970 – Carlos Alberto (Brasil) – lateral
  • Alemanha-1974 – Franz Beckenbauer (Alemanha) – zagueiro
  • Argentina – 1978 – Daniel Passarella (Argentina) – zagueiro
  • Espanha-1982 – Dino Zoff (Itália) – goleiro
  • México-1986 – Diego Maradona (Argentina) – meia
  • Itália-1990 – Lothar Matthäus (Alemanha) – meia
  • EUA-1994 – Dunga (Brasil) – volante
  • França-1998 – Didier Deschamps (França) – volante
  • Coreia/Japão-2002 – Cafu (Brasil) – lateral
  • Alemanha-2006 – Fabio Cannavaro (Itália) – zagueiro
  • África do Sul-2010 – Iker Casillas (Espanha) – goleiro
  • Brasil-2014 – Philipp Lahm (Alemanha) – lateral
  • Rússia-2018 – Hugo Lloris (França) – goleiro

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Quando Antonela, sua mulher, está feliz, Messi está feliz – 14/12/2022 – Esporte

De calça creme e chapéu azul, Antonela Roccuzzo sai do estádio de Lusail a caminhar ao lado dos filhos, acompanhada por uma amiga e um guarda-costas.

“¿Qué mirás, boba?”, pergunta, olhando para a frente, enquanto é filmada por um telefone celular.

A frase havia entrado para o folclore da Copa do Mundo do Qatar minutos antes, dita pelo seu marido, Lionel Messi, após a vitória da Argentina sobre a Holanda nos pênaltis. O “¿Qué mirás, bobo?”, algo como “O que está olhando, idiota?” foi para o atacante rival Woghorst após a tensa partida das quartas de final.

Avessa a entrevistas, Antonela, 34, é parte da carreira de Messi, 35. É impossível falar da trajetória do jogador sete vezes eleito melhor do mundo e finalista da Copa de 2022 sem incluir sua mulher na narrativa.

É uma relação que pode afetar o desempenho do camisa 10 e capitão da seleção no maior palco do futebol.

Na Rússia, em 2018, funcionários da AFA (Associação Argentina de Futebol) debatiam, estarrecidos no aeroporto de Nijni Novgorod, o que ocorria com Messi. Ele parecia abatido, desinteressado e quase deprimido em alguns momentos.

A seleção havia sido derrotada no dia anterior pela Croácia por 3 a 0 e estava a um passo da eliminação na fase de grupos.

O consenso entre eles, naquele momento, era que o craque deixara de ser si mesmo após ter perdido pênalti na estreia contra a Islândia.

Um dirigente da AFA disse à Folha depois daquele Mundial que o problema era outro: Messi não estava bem com Antonela, e aquilo o afetou de maneira que a comissão técnica não esperava.

Ausente nos dois primeiros jogos na Rússia, ela foi a São Petersburgo para o decisivo confronto com a Nigéria. Seu marido fez um dos mais belos gols daquele torneio, e a seleção se classificou. Seria eliminada nas oitavas, diante da França.

O atacante perdeu pênalti no Mundial do Qatar. Foi na segunda partida, contra o México. Anotou um golaço minutos mais tarde e foi o melhor jogador da competição desde então.

Acompanhada dos filhos Thiago, 10, Mateo, 7, e Ciro, 4, Antonela esteve em todas os jogos argentinos no Oriente Médio. Na semifinal diante da Croácia, foi filmada rezando, a olhar para o chão, antes de o camisa 10 bater o pênalti que abriria o caminho para equipe chegar à decisão contra a França, neste domingo (18), em Lusail.

Eles se conheceram quando Messi tinha nove anos. Ela é prima de Lucas Scaglia, 35, hoje em dia aposentado do futebol, companheiro de Lionel nas categorias de base do Newell’s Old Boys, em Rosário, terra natal de ambos.

“Nós fazíamos festas de crianças na nossa casa. Todo o mundo dançava e se divertia, menos Leo. Ele ficava num canto, parado, olhando o tempo inteiro para Antonela”, contou Scaglia à Folha em 2017.

Segundo o ex-jogador, os dois tiveram mais contato quando Messi passou alguns dias de férias na casa da família de Scaglia em Mar del Plata. Antonela estava presente. É uma lenda nunca confirmada por nenhum deles que o hoje craque escrevia cartas para a garota dizendo que um dia se casaria com ela.

Eles se afastaram em 2000, quando, aos 13 anos, Messi se mudou para Barcelona e começou a trajetória para ser atleta profissional. Antonela namorou outro rapaz de Rosário.

O reencontro se deu em maio de 2005, quando a garota se deprimiu com a perda de uma grande amiga em um acidente de carro em Rosário. Messi estava na cidade, de férias, e entrou em contato com ela para dar apoio moral. Começaram a namorar pouco depois. Um relacionamento mais à distância nos primeiros anos, mas a hoje esposa foi cada vez mais vezes para a Espanha.

Em entrevista para o site do Barcelona em 2009, ele disse pela primeira vez que tinha “uma noiva”. Ela se mudou para a cidade no ano seguinte.

Messi e Antonela se casaram em 30 de junho de 2017, em Rosário, e poderão viver felizes para sempre se a Argentina for campeã mundial no domingo, no último jogo de Lionel em Mundiais.

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Messi exalta personalidade do jovem Julián Álvarez – 13/12/2022 – Esporte

A partida derradeira de Lionel Messi em uma Copa do Mundo será uma final. E será ao lado de um jovem de 22 anos que o veterano de 35 tentará uma última vez alcançar o que persegue ao longo de toda a carreira: o título mais importante do futebol.

A Argentina obteve sua classificação nesta terça-feira (13), com uma vitória por 3 a 0 sobre a Croácia, em Lusail. Messi abriu de pênalti o placar do estádio Lusail, fechado com dois gols de Julián Álvarez.

“Ele tem feito partidas extraordinárias, jogando por todos, lutando. Foi uma aparição extraordinária para a gente. E ele merece, porque é um garoto estupendo. Que desfrute de tudo isso”, afirmou o camisa 10.

O jovem do Manchester City teve participação nos três gols. No primeiro, tirou a bola do goleiro Livakovic e sofreu pênalti. No segundo, foi trombando da intermediária até o gol. No terceiro, apenas rolou a bola para a rede após grande jogada de Messi pela direita.

“É incrível o que faz o Leo. Você tem que estar preparado para qualquer passe, porque ele pode fazer qualquer coisa com a bola. Estava esperando na área, sabia que ele podia fazer algo. Foi um lindo gol”, disse Álvarez, que chamou de “sonho” a jornada que tem vivido no Qatar.

A expectativa dos torcedores alvicelestes é que a parceria volte a funcionar no domingo (18), novamente em Lusail, contra França ou Marrocos. Vencer significaria o ápice para Messi em sua quinta Copa.

“Estamos desfrutando. É um processo impressionante. Ganhamos a Copa América [em 2021] e chegamos a este Mundial com 36 partidas sem perder. Agora, chegamos à final. Claro que queremos levantar a taça. Vamos fazer o melhor possível”, afirmou o craque.

“É muita felicidade poder terminar minha trajetória no Mundial jogando minha última partida em uma final. É muito emocionante o que estou vivendo nesta competição, é emocionante ver a reação das pessoas, aqui e na Argentina”, acrescentou.

Para Messi, a equipe mostrou força depois de ter perdido sua longa invencibilidade. Derrotados pela Arábia Saudita na primeira rodada, os comandados de Lionel Scaloni precisaram passar por duelos tensos com México e Polônia para avançar ao mata-mata, no qual derrubaram Austrália, Holanda e Croácia.

“Começamos perdendo, o que ninguém esperava, mas falamos para a gente confiar na gente mesmo, porque acreditamos na força do grupo. Fomos crescendo. Tivemos que jogar cinco finais. E jogamos como deveríamos. É um desgaste mental grande, e este grupo soube superar isso”, afirmou.

O volante De Paul adotou a mesma linha. “Foi uma pancada dura que recebemos. Mas seguramente serviu. Tínhamos que obrigatoriamente ganhar todas as partidas, não tinha como relaxar. Foi uma mostra de caráter do grupo”, declarou.

Resta uma final, a final. E De Paul sabe em quem jogará suas fichas, aquele que veste a camisa 10: “É o melhor de todos”.

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Ibrahimovic diz que Messi vai vencer a Copa do Mundo – 13/12/2022 – Esporte

O atacante sueco Zlatan Ibrahimovic, 41, acredita que os astros estão alinhados para que Lionel Messi finalmente conquiste a tão sonhada Copa do Mundo, disse o jogador do Milan à mídia de Dubai, na segunda-feira (12).

Em busca desse objetivo, Messi, que disputa sua quinta Copa do Mundo, no Qatar, fará nesta terça-feira (13) o duelo da semifinal entre Argentina e Croácia. O jogador do Paris Saint-Germain, de 35 anos, disputa aquele que muito provavelmente pode ser o último Mundial de sua carreira.

Ao lado de Croácia, França e Marrocos, a albiceleste sonha com o título, que não conquista desde 1986.

Ibrahimovic, que continua seu processo de reabilitação de uma lesão no joelho, disse que só vê uma equipe erguendo o troféu.

“Acho que já está escrito quem vai ganhar, e vocês sabem a quem me refiro. Acho que Messi vai levantar o troféu, já está escrito”, disse o veterano Ibra, que participou com a Suécia de duas Copas do Mundo, em 2002 e 2006.

Ibrahimovic descreveu os outros dois semifinalistas, França e Croácia, como “nações fortes”, mas acredita que o triunfo de Messi é inevitável. Questionado sobre o Marrocos, a primeira seleção africana a chegar às semifinais de uma Copa do Mundo, Ibrahimovic respondeu:

“Não acho que seja uma surpresa porque sabia que eles eram bons antes da Copa do Mundo. Depois, obviamente, na Copa tudo pode acontecer”.

Os marroquinos chegaram às semifinais depois de eliminar Espanha e Portugal. As imagens de Cristiano Ronaldo andando de cabeça baixa para o vestiário após a eliminação dos portugueses correram o mundo, num triste epílogo para o craque de 37 anos.

Pressionado a enviar uma mensagem a ‘CR7’, Ibrahimovic afirmou: “Não acho que seja importante o que eu possa dizer. Quero dizer, todo mundo quer ganhar o Mundial, nem todo mundo consegue”.

Ibrahimovic disse ainda que a história real por trás da saída de Cristiano Ronaldo do Manchester United nunca virá a público, e por isso é difícil para o sueco opinar sobre o assunto.

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Argentina: veja quem é Martínez, o goleiro que virou herói – 10/12/2022 – Esporte

Sem camisa e com o físico sem os músculos definidos dos jogadores de linha, o goleiro Emiliano “Dibu” Martínez procurava alguém com o olhar. Levou alguns segundos, até que achou o alvo no estádio de Lusail. Era o técnico da Holanda, Louis van Gaal.

“Eu te fodi duas vezes. Ok? Te fodi duas vezes!”, gritou, enquanto era contido por integrantes da comissão técnica. Antes de dar as costas, ainda xingou o rival mais uma vez.

As “duas vezes” foram as defesas das cobranças de Virgil van Dijk e Steven Berghuis na disputa de pênaltis. Lances que levaram a Argentina para a semifinal da Copa do Mundo do Qatar após o empate em 2 a 2 no tempo normal e prorrogação pelas quartas.

Os nervos estavam à flor da pele após trocas de empurrões, insultos e discussões acaloradas por 120 minutos. A seleção sul-americana vencia por 2 a 0 até os 38 minutos do segundo tempo e levou empate no último lance, aos 55.

A revolta de Dibu era porque Van Gaal disse que, na sua opinião, a Holanda levaria vantagem se a decisão acontecesse nos pênaltis. Para o goleiro, a opinião foi ofensiva porque mexeu em seu orgulho de especialista em defender essas cobranças.

Ele também se queixou (como todos os demais jogadores), da arbitragem do espanhol Mateo Lahroz. Chamou-o de “inútil”. Mas sua fúria maior era com Van Gaal a quem, em entrevista após a partida, mandou “calar a boca”.

“Dibu precisa desse tipo de incentivo para si mesmo. É o estilo dele para se motivar, para ir adiante e costuma dar certo”, afirma o seu irmão, Alejandro Martínez, que vive em Mar del Plata. “Algumas das coisas que ele disse já entraram para a história”.

No jogo de provocações, Martínez é um boleiro à moda antiga. Não tem o menor receio em xingar o rival, dançar na frente dele ao fazer a defesa e falar coisas que irritam. Repetiu a estratégia contra os holandeses. Todos os cobradores europeus ouviram alguma graça do sul-americano.

“Mirá como te como, irmão” (olha como te como, irmão), berrou para o colombiano Yerry Mina antes da decisão por pênaltis pela semifinal da Copa América de 2021. Como Dibu defendeu o chute do rival e a Argentina foi campeã, o momento entrou no imaginário do torcedor.

O goleiro ainda protagonizaria comercial da rede argentina de lanchonetes Mostaza em que repetia seu bordão.

Ele depois juraria ter provocado Mina porque os colombianos teriam chamado os argentinos de “pé-frios” por sempre perderem jogos decisivos.

“Dibu está vivendo seu sonho. Desde muito pequeno, desde que começou a jogar, ele dizia que seria titular da seleção argentina”, completa o irmão Alejandro.

Não apenas por causa do goleiro, mas também por ele, a Fifa abriu processo disciplinar contra a Argentina pelas declarações dadas após as quartas de final. Lionel Messi também questionou o árbitro espanhol e ainda perguntou “está olhando o quê, bobo?” para o atacante Wout Weghorst, na zona de entrevistas pós-jogo.

As provocações podem ser uma forma de proteção para quem teve de amadurecer rápido e longe de casa. Martínez, 30, jamais atuou como profissional na Argentina. Foi comprado pelo Arsenal (ING) quando tinha 16 anos, em 2008. Acabou emprestado para sucessivos times e, na maioria deles, não teve chance de jogar.

Apenas em 2020, aos 28, teve sequência na equipe inglesa, conquistou a Copa da Inglaterra e foi comprado pelo Aston Villa, onde hoje é titular.

“Ele chegou a questionar, em alguns momentos, se deveria continuar a carreira, já que não conseguia atuar”, lembra o irmão.

As provocações não são bem recebidas por todos nem mesmo dentro da Argentina. Nacho González, goleiro com passagens pela seleção, disse que Dibu estava deixando o personagem tomar conta. Alfio Basile, técnico histórico e que comandou a alviceleste no Mundial de 1994, pediu para que parasse com essas coisas.

O próprio Martínez reconheceu não ser essa imagem que deseja passar para as crianças que o têm como ídolo.

“Se eu pudesse dar um conselho aos jovens jogadores, seria para ter um psicólogo e fazer ioga ou pilates. Podem salvar suas carreiras”, afirmou em entrevista ao diário espanhol El País.

Apesar das explosões em campo, ele fala com uma psicóloga três ou quatro vezes por semana. Quando começou a chorar no vestiário após a vitória sobre a Colômbia na Copa América de 2021, foi para ela que ligou para se acalmar e ficar centrado.

Outros integrantes da seleção já disseram que falta ao goleiro “uns parafusos”. Não que ninguém tenha pensado nisso quando Dibu Martínez fez as defesas que levaram a Argentina para a semifinal da Copa do Mundo. Ser louco pode ter sido até uma virtude. Faz com que seja também adorado pelo torcedor que, na saída do estádio de Lusail, gritava seu nome na mesma intensidade que o de Messi.

É uma campanha para cumprir a promessa que fez a si mesmo: se tivesse chance de ser chamado para o Mundial, treinaria como nunca.

Para isso e em nome de ser campeão, abriu mão até da sua refeição preferida: batata Pringles com Coca-Cola.

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