Ano: 2022

Copa: Busquets anuncia aposentadoria da seleção da Espanha – 16/12/2022 – Esporte

O volante Sergio Busquets, 34, campeão mundial em 2010, na Copa da África do Sul, anunciou nesta sexta-feira (16) sua aposentadoria da seleção espanhola.

Capitão da equipe na Copa do Mundo do Qatar, ele desperdiçou sua cobrança na disputa de pênaltis contra Marrocos, nas oitavas de final, que eliminou os espanhóis do Mundial.

“Gostaria de anunciar que depois de quase 15 anos e 143 jogos, chegou a hora de dizer adeus à seleção”, escreveu o jogador do Barcelona em suas redes sociais.

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Mundial de Clubes terá 32 times a partir de 2025 – 16/12/2022 – Esporte

A Fifa anunciou nesta sexta-feira (16), em entrevista do presidente Gianni Infantino, que o Mundial de Clubes será disputado a cada quatro anos, com 32 equipes na disputa, a partir de 2025.

A ideia já havia sido anunciada em 2019, mas com 24 times. O planejado era que o novo formato estreasse em 2021, mas a pandemia de Covid-19 adiou a reformulação. Hoje, o Mundial de Clubes é disputado por sete clubes no período de um mês.

A nova distribuição de clubes por continente ainda não foi definida. O mesmo vale para a sede: ainda não se sabe quais país que receberão o novo torneio em 2025.

O rearranjo ocupará o vácuo deixado no calendário pelo fim da Copa das Confederações, que era disputada no período em que o novo Mundial será realizado: um ano antes da Copa do Mundo —a próxima realizada em 2026.

Ainda que a sede não esteja definida, é provável que siga o formato da antiga Copa das Confederações, servindo como um teste para a Copa do Mundo, um ano antes do evento, para os países que irão realizá-la. No caso de 2025, seriam México, EUA e Canadá.

Outra novidade anunciada é a criação do Mundial de Clubes Feminino. Segundo Infantino, os detalhes do torneio ainda não foram definidos.

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Legislação do Qatar é cumprida quando convém, diz morador – 16/12/2022 – Esporte

O casal de veterinários paulistas Giovana Morais, 26, e Matheus Seixas, 34, se mudaram para o Qatar após uma proposta de trabalho de uma empresa privada. Ele foi em 2019 e ela, um ano depois. A desconfiança dos dois girava em torno da oferta, muito acima dos padrões do mercado brasileiro, e das diferenças culturais do país.

Mas se adaptaram —e sequer pensam em voltar tão cedo para o Brasil. O casal aponta que o pequeno país do Oriente Médio, que tem restritivas leis em relação a comportamento e crenças, “faz vista grossa” em relação às determinações escritas em sua legislação. Oferece também melhor qualidade de vida em relação à nação sul-americana.

“São exceções ou casos que vieram a público por alguma coisa. Acho que cada um pode ter a sua vida privada e ninguém precisa ficar sabendo de nada”, diz Seixas.

O Código Penal do Qatar tem uma seção para crimes sociais, que trata do comportamento em relação a religião, bebidas, apostas, adultério, imoralidade, fornicação, entre outros.

Apesar de altamente restritivo, moradores apontam que o regime do país, uma autocracia, não exige o cumprimento da lei à risca. Em alguns casos, o segredo é não tornar o feito público, dizem.

O código, por exemplo, determina pena de até cinco anos para aqueles que promoverem ou participarem de cultos de outra religião que não o islã. Ao mesmo tempo, Doha, capital do Qatar, tem uma igreja católica em um espaço reservado, escondido e afastado do centro, embora aberto.

O país também proíbe todos de se alimentarem durante o Ramadã, período em que os adeptos ficam em jejum do nascer ao pôr do sol. A pena é de três meses de prisão, além de possível multa de cerca de R$ 3.400.

Com a Copa do Mundo, houve dúvidas se a radicalidade das leis e orientações não seria um impasse aos turistas estrangeiros. Uma delas, a recomendação de que se vista roupas que escondam ombros e estejam abaixo dos joelhos, foi aliviada.

A situação foi percebida pela veterinária Morais, que antes via como problema entrar no shopping para fazer compras usando roupas que não cumprissem as instruções. Ao menos durante o campeonato, a situação mudou.

“Se eu estou de shorts e regata, eu não posso entrar, porque tem ‘dress code’, aí eu tenho que pensar na roupa que eu vou colocar. E durante a Copa, não”, diz.

Outro ponto de tensão para os turistas foram as leis que determinam que o sexo fora do casamento é crime, também parte dos códigos sociais. O casal pode ser condenado a até sete anos de prisão.

Durante o Mundial, porém, casais estrangeiros fora do matrimônio não tiveram problemas ao reservarem quartos juntos.

Longe do período do campeonato, moradores apontam que o governo não tem meios para fiscalizar esse tipo de infração. Ponderam que é importante, porém, manter a vida íntima em privacidade para não ter problemas e que o regime parece aplicar a lei quando conveniente.

À reportagem da Folha a antropóloga Francirosy Campos Barbosa, docente da USP e coordenadora do Gracias (Grupo de Antropologia em Contextos Islâmicos e Árabes), lembra que em religiões como o islamismo adeptos não devem mostrar seus erros, embora os cometa.

“A religião tem uma coisa em que você não apresenta o seu pecado”, diz.

Quando o assunto é homossexualidade, porém, a vigilância é repressiva. No Qatar, ter relações com pessoas do mesmo sexo pode levar à prisão ou morte, no caso de muçulmanos. A Human Rights Watch, que frequentemente denuncia violações de direitos da comunidade LGBTQIA+ no país, afirma em um relatório de abril de 2018 que não teve conhecimento de episódios de execução.

Durante o Mundial a repressão contra a comunidade continuou, de modo que sua segurança não foi assegurada e sua presença, de forma representativa, não foi notada.

Um levantamento publicado no portal noruegues NRK, mostrou que hotéis credenciados pela Fifa para o campeonato se recusaram a hospedar um casal homossexual. De 69 acomodações, 3 disseram que não aceitariam a reserva e outros 20 pediram que o casal evitasse demonstrações públicas de afeto, sugerindo que não se vestissem como gays. Já 33 deles aceitaram a reserva.

Dois meses antes do início do campeonato, o emir Tamim bin Hamad Al Thani disse que torcedores homossexuais de todo o mundo eram bem-vindos “sem discriminação”.

No mesmo período em que a liderança máxima do país assegurou a segurança da comunidade, gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros foram arbitrariamente presos, segundo a Human Rights Watch.

No mês de início do Mundial, o ex-jogador da seleção do Qatar e embaixador da Copa Khalid Salman chamou a homossexualidade de “dano mental”. Ele acrescentou ainda que ser gay é um “haram”, pecado no islã.

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Corinthians celebra dez anos do bi mundial com amor a Tite – 15/12/2022 – Esporte

A Argentina buscará, no próximo domingo (18), ser o primeiro time sul-americano campeão mundial de futebol em dez anos. O último foi o Corinthians.

Lionel Messi conduz sua seleção na tentativa de interromper o domínio estabelecido pelos europeus nas últimas quatro edições da quadrienal Copa do Mundo. No anual Mundial de Clubes, já são nove triunfos seguidos dos representantes do velho continente.

A mais recente vitória de uma equipe da América do Sul no torneio completa uma década nesta sexta-feira. Em 16 de dezembro de 2012, o Corinthians, arquitetado por Tite, fez 1 a 0 no Chelsea, gol marcado pelo peruano Paolo Guerrero, e foi bi.

O técnico ainda é amado por quase toda a torcida alvinegra. Quem pôs a bola na rede, não.

Se não conseguiu repetir um sucesso do tamanho do obtido há dez anos, o treinador estreitou seus laços com o clube e conquistou novos títulos em preto e branco. Contratado pela seleção brasileira em 2016, passou desde então a ouvir o recorrente apelo “volta, Tite“.

Recentemente, escutou esse pedido do próprio presidente da agremiação, Duilio Monteiro Alves. Após a saída de Vítor Pereira, o dirigente checou a disponibilidade do gaúcho, que, já havia anunciado, deixaria a formação nacional independentemente do resultado na Copa do Mundo.

“Eu não nego para ninguém que tem um cara com quem gostaria de trabalhar, com quem trabalhei, que é o Tite. Mas ele deixou muito claro que não está pensando em trabalhar no Brasil agora”, afirmou o cartola, na última quarta (14).

Duilio está certo de que a justificativa seja verdadeira. A de Pereira, não era.

O português tinha proposta para renovar seu contrato com o Corinthians até o fim de 2023. Recusou, dizendo que precisava retornar a seu país e dar atenção à sogra, enferma. Em seguida, acertou com o Flamengo –que até a publicação deste texto tinha sua sede no Rio de Janeiro, não em Lisboa.

“O cara mentiu. Mas o Corinthians é muito maior do que todos e segue sua vida”, declarou o presidente.

Algo parecido com o que foi dito em 2015, quando Guerrero trocou justamente o Corinthians pelo Flamengo. O peruano não citou nenhum parente doente, mas quebrou a promessa feita repetidas vezes de que jamais defenderia outro clube brasileiro.

A garantia foi dada inicialmente em uma entrevista à Gazeta Esportiva, em janeiro de 2013, ainda no calor da então recente conquista do Mundial. Depois, até que partisse rumo ao Rio dois anos e meio mais tarde, tornou a dizer, em múltiplas ocasiões: “No Brasil só tenho um time”.

“E ele cumpriu a promessa! Não jogou em mais nenhum time do Brasil”, diverte-se o alvinegro Mauricio Poyatos, 45. “Não jogou nada no Flamengo, não jogou nada no Inter. E não jogou nada no Avaí”, gargalha o balconista.

Paolo defendeu o Flamengo de 2015 a 2018 e esteve no Internacional de 2019 a 2021. Em 2022, aos 38 anos, vestiu a camisa do Avaí, rebaixado no Campeonato Brasileiro. Participou de dez partidas, quatro como titular, sem nenhum gol.

“O Corinthians acreditou no Guerrero, que nem era tão conhecido no Brasil e tinha potencial para crescer aqui. Mas ele se vendeu e hoje em dia nem é mais lembrado”, afirma a tesoureira Priscila Clementino de Almeida, 35.

“Falar que o Guerrero não foi peça importante na conquista do título seria mentira, mas ele não foi para o Japão sozinho. Isso ficou claro principalmente pelo trabalho que o Tite fez com o elenco, motivou todos ali”, acrescenta a torcedora.

O centroavante marcou os dois gols do Corinthians no campeonato. De cabeça, definiu a difícil vitória por 1 a 0 sobre o Al Ahly, do Egito, nas semifinais, em Toyota. Também de cabeça, de maneira chorada, suada e alvinegríssima, estabeleceu o placar do triunfo sobre o inglês Chelsea, na decisão, em Yokohama, outro 1 a 0.

Idolatrado pela Fiel até o meio de 2015, ele não foi bem recebido nas visitas que fez ao estádio de Itaquera depois disso. Em 2016, em vitória preta e branca por 4 a 0, com dois gols de Ángel Romero, a torcida cantou: “Doutor, eu não me engano, o paraguaio é melhor que o peruano”.

O clube tem adotado a praxe de desejar feliz aniversário ao velho camisa 9, em suas páginas na internet, a cada 1º de janeiro. Há os que aplaudem, mas a reação mais comum são xingamentos como “Guerrero mercenário” e perguntas como “ídolo de quem?”.

O ódio até arrefeceu com o tempo –e com a cada vez menor relevância do atacante. Hoje, o sentimento está mais perto de um desdém. Existe uma parcela da torcida que aposta em um reconhecimento maior ao jogador quando ele estiver aposentado.

Mas a celebração dos dez anos do bi não se dá em um clima de amor ao artilheiro. O carinho é dedicado especialmente a Cássio, eleito o melhor atleta do Mundial de 2012. O goleiro continua vestindo a camisa do Corinthians, assim como Fábio Santos e Paulinho.

Outros dos campeões mantiveram relação próxima com o clube. Alessandro é dirigente. Danilo é técnico dos juniores. Emerson já teve um cargo no departamento de futebol. E Tite, pedem os corintianos, ainda terá de novo.

“Se o Corinthians tivesse uma cara naquela era de ouro do time, seria o Tite. Prezava o coletivo, nunca era por um só. A jogada do gol contra o Chelsea passa por todos os jogadores, incluindo o Cássio, até terminar na cabeçada do Guerrero”, lembra o publicitário Ronaldo Lopes Junior, 27.

“Volta, Tite”, clamam Priscila, Duilio e tantos outros.

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Projeto do Qatar chega ao ápice com final da Copa – 15/12/2022 – Esporte

Quando terminou a semifinal da Copa do Mundo entre França e Marrocos, na quarta-feira (14), desenhou-se o que seria uma final dos sonhos para o Qatar.

Depois de garantida a presença do argentino Lionel Messi na decisão, foi a vez do francês Kylian Mbappé também confirmar sua vaga.

Será o confronto do jogador sete vezes eleito o melhor do mundo e que, aos 35 anos, tem sua derradeira chance de conquistar o título que lhe falta, contra um dos maiores candidatos a herdar o trono do futebol mundial, já em busca de sua segunda taça da Copa, aos 23 anos.

De acordo com a revista Forbes, a dupla está no topo da lista dos jogadores de futebol mais bem pagos do mundo em 2022. Mbappe lidera o ranking, com US$ 128 milhões (R$ 466 milhões), sendo US$ 110 milhões (R$ 400 milhões) apenas com o futebol. Messi aparece em segundo, com US$ 120 milhões (R$ 436 milhões), sendo US$ 65 milhõs (R$ 236 milhões) com o esporte.

Em comum, ambos vestem a camisa do Paris Saint-Germain, clube de propriedade da QSI (Qatar Sports Investments), subsidiária do fundo soberano do Estado do Qatar.

O fundo é acusado de investir cifras bilionárias em um projeto de “sportswashing” sem precedentes, que envolve até mesmo a escolha do país do Oriente Médio, rico em petróleo e gás natural, como sede desta edição da Copa do Mundo.

As denúncias contemplam todos os significados do termo em inglês, que indica o uso do esporte como forma de “lavar” a imagem de um Estado autocrata, em que o respeito à democracia e aos direitos humanos é questionável, como é o caso do Qatar.

O país tem um longo histórico de afrontar direitos básicos das mulheres, dos trabalhadores migrantes —milhares dos quais foram responsáveis por construir toda a estrutura para a Copa—, além da comunidade LGBTQIA+.

Nesse contexto, o uso da Copa do Mundo como ferramenta de geopolítica vai contra o que a própria Fifa defendeu ao longo da competição —tentar impedir a todo custo o uso político das partidas que promoveu.

Realizada em um país onde é crime ser homossexual, esta edição ficará marcada, por exemplo, pelo veto ao protesto em defesa da comunidade gay que sete seleções europeias pretendiam fazer por meio de uma mensagem na braçadeira de seus capitães.

Os atletas usariam o adereço com as cores do arco-íris e a inscrição One Love (um amor). Depois que a entidade máxima do futebol ameaçou puni-los em campo caso fizessem isso, eles se viram forçados a usar a braçadeira oficial da Fifa. Nela, estava escrito “no discrimination” (não à discriminação).

Em todos os jogos da competição, os torcedores também foram impedidos de entrar nos estádios com camisetas ou bandeiras com as cores do arco-íris. O rigor da fiscalização era tão forte que até mesmo uma bandeira do estado de Pernambuco, com as mesmas cores, chegou a ser confundida pelas autoridades locais.

A presença de Messi e Mbappé na decisão, além do peso do confronto de duas seleções que buscam um tricampeonato mundial, pode ser o retorno do investimento do Qatar no esporte.

As capas de jornais, as reportagens de rádio e TV, além das páginas online serão inundadas no próximo domingo (18) com a história do sucesso e do fracasso em campo, seja de qual for o lado, dando menos peso às denúncias contra o regime.

Nesta semana, por exemplo, a Sky Sports News publicou uma entrevista com Nasser Al-Khelaifi, presidente da Qatar Sports Investments, presidente do Paris Saint-Germain, presidente da European Club Association e um dos homens mais poderosos do esporte global, em que ele falava sobre a Copa.

Al-Khelaifi disse que não suporta políticos que usam o esporte para se promover e que qualquer um que tentar usar as competições para outras agendas “não terá sucesso”.

“O que estamos fazendo aqui no Qatar é apenas esporte e futebol”, disse ele.

Na entrevista, Al-Khelaifi não menciona o escândalo no centro de uma instituição da União Europeia, revelado na semana passada.

Segundo uma investigação de autoridades belgas, um grupo de pessoas com funções e trânsito dentro do Parlamento Europeu teria recebido dinheiro e favores para defender interesses do Qatar, com o intuito de melhorar sua posição internacional.

Apelidado de Qatargate, o caso levou quatro pessoas à prisão, incluindo uma das vice-presidentes da Casa, a grega Eva Kaili, que também foi destituída do cargo.

Em novembro, parlamentares aprovaram uma resolução que lamentava a falta de transparência no processo de escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo.

Na véspera da votação dessa resolução, Eva defendeu o país do Oriente Médio. “A Copa é a prova de como a diplomacia esportiva pode obter a transformação histórica de um país com reformas que inspiraram o mundo árabe”, disse ela.

Por meio de seu advogado, ela nega que tenha recebido propina. A investigação já está na extensa lista de denúncias que envolvem o cenário que abrigou os principais jogadores da atualidade, dois dos quais vão se enfrentar neste domingo.

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Argentino Di María também se despede de Copas na final – 15/12/2022 – Esporte

Nascido em Rosário, ele foi criticado várias vezes por não render pela seleção argentina o mesmo que pelo clube que paga seus salários.

Questionado, teve alguns momentos de brilho em Copas do Mundo, mas sempre ficou a sensação de que poderia render muito mais. A mudança de percepção começou com o título da Copa América de 2021.

Em seu adeus no Mundial, sua última partida será neste domingo (18), na decisão contra a França, às 12 horas (de Brasília), no estádio Lusail.

Este jogador não é Lionel Messi. É Ángel Di María, 34.

“O que aconteceu agora neste torneio poderia ocorrer em algum momento. Depois da primeira derrota, são seis finais pela frente”, disse o meia-atacante que atua pelo Paris Saint-Germain (FRA), mesmo time de Messi.

Ele deu a declaração após a partida em que foi titular, a estreia da Argentina contra a Arábia Saudita. Foi uma derrota por 2 a 1. Depois disso, sofreu lesão muscular na vitória sobre a Polônia e desde então tem sido apenas opção para o segundo tempo.

“Corremos risco com Fideo [apelido de Di María] em alguns instantes porque ele não estava 100%”, confessou o técnico Lionel Scaloni depois de colocá-lo em campo durante as quartas de final, diante da Holanda.

Nesta quinta-feira (15), ele foi um dos mais exigidos no treino na Qatar University. Se o treinador quiser manter o time, ele mais uma vez ficará no banco. Mas pode ser opção para começar como titular em caso de mudança do esquema ou das peças.

Não é a primeira vez que Di María se lesiona durante um Mundial. Teve problemas físicos também no torneio no Brasil, em 2014. Não atuou na final contra a Alemanha, apesar do esforço para se recuperar a tempo. Depois diria ter sido ameaçado pelo Real Madrid, seu clube da época, para que não jogasse. Os dirigentes da equipe espanhola negaram.

Assim como Messi, ele chegou ao Qatar com a ideia na cabeça de que esta seria sua última Copa do Mundo. As sucessivas contusões e as atuações apagadas sempre colocaram um ponto de interrogação sobre qual seria seu legado com a alviceleste.

Di María faz parte, ao lado do camisa 10, da geração marcada, até a Copa América do ano passado, pelas derrotas em decisões. Fazia parte do elenco em 2014 e das competições continentais de 2015 e 2016. Como Messi, fez um gol importante no Mundial de 2018, na Rússia, mas pouco adiantou. Seu arremate de fora da área contra a França igualou o placar nas oitavas de final, mas a Argentina terminou derrotada por 4 a 3.

“Nós tivemos o mérito de sempre chegar a decisões. Não é uma equipe que pode ser vista como fracassada, como perdedora. Quantas seleções chegam a uma final de Copa do Mundo? Não muitas”, disse na época.

A redenção na Copa América veio em 2021, no Brasil. Foi dele o gol do título contra o time de Tite, no Maracanã. Só não foi atirado para o ar pelos companheiros porque esta honra coube a Messi.

Os dois são de lados contrários na rivalidade de Rosário. Se o sonho dos torcedores do Newell’s Old Boys é ver Lionel cumprir a promessa que não fez (a possibilidade na verdade foi levantada por seu pai, Jorge), de voltar ao clube do coração, onde iniciou na base, os fãs do Rosario Central contam com Di María.

É uma possibilidade bem maior porque o meia-atacante já disse querer vestir de novo a camisa com a qual se profissionalizou.

A vitória no domingo seria a coroação para ambos e todos os olhos estarão no capitão da seleção, eleito sete vezes melhor do mundo e que tem na Copa o último grande título que não conquistou.

Mas Messi sempre foi, desde cedo, apontado como um fenômeno do futebol. O jogador sobre o qual Ronaldinho Gaúcho disse: “Este será melhor do que eu”.

Enquanto o futuro astro despontava no Barcelona e já era profissional, Di María considerava a possibilidade de parar aos 16 anos.

Como não era promovido para a equipe principal do Rosario Central e a família precisava de dinheiro, pensou em largar o futebol e ir trabalhar com seu pai. Foi a mãe, Diana, quem insistiu para que prosseguisse.

Seria ela também quem diria para o filho para não atuar mais na seleção por causa das pesadas críticas.

“Era muito triste ouvir o que diziam. Eu o via sofrer e isso me fazia mal”, confessou ela, no ano passado.

Di María a ouviu para continuar no futebol, mas fez de conta que não era com ele ao receber o conselho de abandonar a alviceleste. A recompensa por isso pode ser o título de campeão do mundo.

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Campeonatos europeus retornam após fim da Copa – 15/12/2022 – Esporte

Após o término da Copa do Mundo do Qatar, vários países europeus retomam seus campeonatos nacionais, ainda neste mês de dezembro. O Mundial no final do ano bagunçou o calendário, com equipes tendo férias forçadas, mas voltando com problemas de lesão, suspensão e até saídas.

Inglaterra, França, Portugal e Espanha são os primeiros dos grandes campeonatos a voltarem, com rodadas programadas até o final do mês.

Na segunda-feira, dia 26, os ingleses fazem o chamado boxing Day, a rodada pós-Natal, tradição no país.

Uma das explicações para a rodada seria que, no passado, no dia seguinte ao Natal, a população doava aos mais necessitados presentes que vinham em caixas (‘boxes’, em inglês). Daí nasceu o dia.

O Arsenal lidera o campeonato, com 37 pontos, 5 a mais que o Manchester City, o segundo colocado. O time londrino enfrenta o West Ham, em casa, com um desfalque importante. O atacante brasileiro Gabriel Jesus, que marcou cinco gols no campeonato, sofreu uma lesão no joelho direito, passou por cirurgia e dificilmente volta a jogar nesta temporada.

Durante a folga, o Arsenal enfrentou o Milan em um amistoso em Dubai e venceu por 2 a 1.

O Liverpool, que faz campanha irregular nesta temporada —ocupa a sexta colocação, com 15 pontos a menos que o líder—, já não contava com o português Diogo Jota, que se contundiu na véspera da Copa do Mundo, e agora perdeu o atacante colombiano Luiz Díaz, que passou por cirurgia no joelho direito e só deve retornar a jogar em março.

A volta do Inglês também marca o fim da era Cristiano Ronaldo no Manchester United. O craque rescindiu com o clube durante a Copa do Mundo do Qatar após atritos com o técnico holandês Erik Ten Hag.

A Espanha também retoma seu campeonato neste mês. No dia 29, as equipes voltam a campo para a 15ª rodada. O Barcelona está na ponta, com 37 pontos, 2 a mais que o rival Real Madrid, que está na segunda colocação.

O Barcelona não poderá contar com o atacante Lewandovski, artilheiro do campeonato com 13 gols. O polonês foi expulso na última partida antes da Copa, na vitória por 2 a 1 sobre o Osasuna, e pegou três jogos de suspensão por ter desrespeitado o árbitro. O Barça tenta reverter a punição.

Já o Real Madrid deverá ter Benzema de volta. O atacante francês foi cortado da Copa do Mundo por causa de lesão, mas voltou aos treinamentos. Na quinta-feira (15) ele esteve em campo por alguns minutos no empate por 1 a 1 contra o Leganés, em amistoso.

Os franceses também encerram o ano com a bola rolando. A 16ª rodada do campeonato nacional está marcada para o dia 28, com o líder PSG enfrentando o Strasbourg.

É uma incógnita qual time o PSG vai colocar em campo, já que seus principais jogadores estão na Copa, e Neymar, que sofreu uma lesão no tornozelo direito durante o Mundial, ganhou uns dias de descanso.

O PSG tem 41 pontos, 5 a mais que o Lens, que joga no dia 29 contra o Nice.

O Campeonato Português tem um jogo isolado da 14ª rodada no dia 23 —Rio Ave enfrenta o Marítimo—, mas os demais clubes voltam no dia 28. Porém as equipes não pararam, pois o calendário teve partidas da Taça da Liga durante o Mundial do Qatar.

O líder do campeonato é o Benfica, com 37 pontos. O rival Porto vem atrás, com 29. O Sporting está na quarta colocação, com 25, 3 pontos atrás do Braga, a surpresa do campeonato.

A Itália volta com a 15ª rodada no dia 4 de janeiro, com o clássico entre o líder, Napoli, e a Inter de Milão, quinta colocada. O time de Nápoles está com uma vantagem folgada na classificação, com 41 pontos, 8 a mais que o vice-líder Milan.

O Italiano deverá voltar com novidade. Lorenzo Casini, presidente da Liga Série A, disse em entrevista à emissora de TV Rai que o impedimento automático utilizado na Copa do Mundo também será implantado no país já na retomada do campeonato.

A Alemanha é a última das grandes ligas a voltar. O campeonato só será retomado no dia 20 de janeiro. O Bayern de Munique está na ponta, com 34 pontos. Na sequência vem o Freiburg, com 30.

O Bayern volta com grande prejuízo. O goleiro Neuer sofreu uma fratura na perna direita enquanto andava de esqui, no dia 9 de dezembro. Passou por cirurgia e só volta a jogar no segundo semestre de 2023.

Além disso, o lateral francês Lucas Hernández sofreu uma série lesão no joelho direito logo nos primeiros minutos da estreia da França no Mundial do Qatar e não deve voltar aos gramados nesta temporada, desfalcando o time de Munique.

Situação dos campeonatos na Europa

Alemanha

Retorno: 20/1

Classificação

  • 1º Bayern: 34
  • 2º Freiburg: 30
  • 3º RB Leipzig: 28

Itália

Retorno: 4/1

Classificação

  • 1º Napoli: 41
  • 2º Milan: 33
  • 3º Juventus: 31

Espanha

Retorno: 29/12

Classificação

  • 1º Barcelona: 37
  • 2º Real Madrid: 35
  • 3º Real Sociedad: 26

Inglaterra

Retorno: 26/12

Classificação

  • 1º Arsenal: 37
  • 2º Manchester City: 32
  • 3º Newcastle: 30

França

Retorno: 28/12

Classificação

  • 1º PSG: 41
  • 2º Lens: 36
  • 3º Rennes: 31

Portugal

Retorno: 23/12

Classificação

  • 1º Benfica: 37
  • 2º Porto: 29
  • 3º Braga: 28

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Portugal demite técnico que colocou Ronaldo no banco – 15/12/2022 – Esporte

Fernando Santos, 68, não é mais técnico da seleção de Portugal. Nesta quinta-feira (15), a federação de futebol do país anunciou que, em comum acordo, as partes resolveram encerrar o vínculo iniciado em setembro de 2014.

“A FPF (Federação Portuguesa de Futebol) e Fernando Santos entendem que este é o momento certo para iniciar um novo ciclo”, informou a entidade em nota.

Com o treinador à frente da equipe, Portugal conquistou os dois primeiros títulos da história de sua equipe principal, a Eurocopa de 2016 e a Nations League, em 2019.

Ele também dirigiu o país em duas Copas do Mundo, em 2018, na Rússia, onde a nação caiu nas oitavas de final, diante do Uruguai, na atual edição, no Qatar, onde os portugueses avançaram até as quartas, fase em que foram superados pelo time de Marrocos.

A campanha em solo qatariano foi marcada, ainda, pela postura rígida em relação a Cristiano Ronaldo, 37, o principal astro e capitão da equipe.

O camisa 7 deu um chilique após ser substituído antes da metade do segundo tempo do jogo com a Coreia do Sul, na última rodada da primeira fase.

A atitude dele forçou o comandante a barrá-lo no jogo seguinte, diante da Suíça, pelas oitavas de final. O jovem Gonçalo Ramos, 21, foi escolhido para o lugar dele e fez três gols na goleada por 6 a 1. Cristiano Ronaldo só entrou na parte final do duelo, já com o placar, praticamente, definido.

Fernando Santos revelou que teve uma conversa com o astro antes de barrá-lo e que, apesar de o jogador discordar, eles se entenderam.

Na fase seguinte, ele esquentou o banco novamente, diante de Marrocos, e quando entrou não conseguiu evitar a derrota por 1 a 0. Saiu de campo chorando pela eliminação na última Copa do Mundo da carreira dele.

Menos de uma semana depois, a direção da Federação Portuguesa não só o demitiu o técnico como informou que já está à procura de um novo treinador.

“Foi uma honra ter podido contar com um treinador e uma pessoa como Fernando Santos na liderança da seleção nacional. A FPF agradece a Fernando Santos e a sua equipa técnica os serviços prestados ao longo de oito anos ímpares e acredita que este agradecimento é feito também em nome dos portugueses.”

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Os craques são mais geniais do que os números – 15/12/2022 – PVC

O ex-técnico francês Arsène Wenger divulgou o estudo mais rico desta Copa do Mundo. Aponta que 85% dos gols nascem pelos lados do campo. Atual diretor de desenvolvimento global do futebol, na Fifa, o treinador campeão inglês invicto pelo Arsenal está convicto de que o vencedor será quem tiver os melhores pontas.

Nesse caso, será a França. Dembélé e Mbappé são os melhores extremas do Mundial. A Argentina nem pontas escala. Sua linha de meio-campo tem dois meias abertos, De Paul na direita, Mac Allister na esquerda.

Outro estudo, menos científico, está no arquivo deste colunista. Dos 62 jogos da Copa, só 21 (34%) foram vencidos por quem teve mais posse de bola; 27 (43%) por quem ficou menos de metade do jogo trocando passes. Houve 14 empates.

A conta é inversa em relação às finalizações. Quem chuta mais a gols no Qatar ganha 43% das vezes, 35% são vitórias de quem arrisca menos ao gol e 22% foram as igualdades.

É preciso cuidado para não transformar estatística em superstição.

O Brasil foi soberano na posse de bola em todos os jogos, menos contra a Croácia. Na partida da eliminação, chutou 19 vezes, e os croatas, 8. Tite viu sua seleção acertar o alvo 11 vezes. Zlatko Dalic, só uma. Gol de Bruno Petkovic.

Na semifinal, a Croácia teve mais posse e chutes do que a Argentina. Perdeu de 3 a 0.

As contradições não inviabilizam os estudos.

Há situações em que o time grande não poderá abrir mão de atacar, o que não impede de se ver a França ganhar do Marrocos com apenas 42% de posse. A Argentina venceu a Croácia mantendo-se apenas 45% do tempo com a bola.

Se dependesse apenas do que mostram números contrapostos aos jogos, a França seria vencedora contra a Argentina na final. Tem os melhores pontas e só registrou supremacia na troca de passes contra Austrália e Tunísia. Chutou mais a gol do que a maioria dos adversários, menos contra os ingleses.

Os argentinos só não tiveram mais posse, nem finalizações, na semifinal contra a Croácia.

Não dá para cravar que o futebol anda nessa direção. Esses dados parecem mais ricos nos jogos eliminatórios. Dos quatro maiores campeonatos da Europa, Bayern, Napoli e Barcelona são líderes e têm o maior índice de bola no pé. A exceção é o Arsenal, primeiro colocado na tabela inglesa e quarto nesse critério, liderado pelo Manchester City, campeão das duas últimas temporadas usando a mesma estratégia da troca de passes.

No entanto, Guardiola perdeu a final da Liga dos Campeões para o Chelsea, em 2021, com 61% de posse e menos chutes a gol.

O Palmeiras ficou em quinto no Brasileiro, e o Flamengo ficou em sétimo na Libertadores, em bola no pé. Foram campeões.

Ganha quem faz mais gols. Simples assim. Há caminhos diferentes para chegar à vitória, modos diferentes de jogar bem.

O equilíbrio tão grande entre as seleções, resultado do conhecimento de jogadores que atuam na elite dos clubes da Europa e se espalham por seus países, aumenta a necessidade de tentar perceber o que funciona e o que dá errado.

Além de ter mais gols, esta Copa, jogada no fim do ano, volta a privilegiar quem tem os jogadores mais decisivos. Como se disse aqui logo na chegada ao Qatar, os melhores do mundo não brilharam nos Mundiais do século 21, pelo desgaste no fim das longas temporadas europeias. Agora, estão no meio delas.

O desafio é de estilos, mas também de gênios: Messi x Mbappé.


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Marrocos entra com recurso contra arbitragem da semifinal – 15/12/2022 – Esporte

A Federação Marroquina de Futebol disse considerar que sua seleção foi prejudicada na semifinal da Copa do Mundo contra a França, na derrota por 2 a 0, e anunciou nesta quinta-feira (15) que procurou a “autoridade competente” para protestar contra a arbitragem.

“A FRMF enviou um email à autoridade competente no qual dá conta das situações de arbitragem que privaram a seleção marroquina de dois pênaltis indiscutíveis, segundo a opinião de vários especialistas”, informou a federação em um comunicado.

Tal “autoridade competente” não é citada na nota.

Durante a semifinal entre França e Marrocos, o único cartão amarelo da partida foi mostrado para o marroquino Boufal, por um choque com o francês Theo Hernández, punição que a federação considerou severa demais.

Em outro lance, os jogadores marroquinos consideraram que Tchouaméni agarrou En-Nesyry pela cintura dentro da área.

A FRMF afirma ter protestado “fortemente” contra a atuação do árbitro mexicano César Arturo Ramos, e que se surpreendeu porque “o dispositivo de videoarbitragem (VAR) não reagiu a essas situações”.

A federação marroquina diz que “não poupará esforços para defender e preservar os direitos das seleções nacionais, pregando a equidade na arbitragem e denunciando essas decisões arbitrais” da semifinal, acrescenta o texto.

Ramos, de 38 anos, foi árbitro no Mundial de 2018 e apitou três jogos no Qatar, entre eles a vitória de Marrocos sobre a Bélgica por 2 a 0, na fase de grupos.

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