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Em um ano, Martínez vira titular e vai à semifinal da Copa – 09/12/2022 – Esporte

Devido a um caso de Covid-19, a vida do goleiro Emiliano “Dibu” Martínez, 30, mudou completamente em pouco mais de um ano na seleção argentina.

Tudo começou na convocação para a Copa América de 2021, no Brasil. O então titular da equipe, Franco Armani, 36, pegou a doença e precisou ser afastado dois dias antes do torneio. Assim, Martínez foi alçado pelo técnico Lionel Scaloni à titularidade. Foi sua estreia com a camisa alviceleste.

Durante a competição, ele foi ganhando confiança até ser decisivo na semifinal contra a Colômbia. Após empate por 1 a 1 no tempo normal, fez três defesas nas cobranças de pênaltis e levou a Argentina à decisão contra o Brasil.

Com gol de Di María, tornou-se campeão, acabando com uma seca de títulos da Argentina que já durava 28 anos.

A partir daí, ganhou a confiança do grupo e do técnico e se firmou como principal goleiro do país. Na Copa do Qatar, teve atuações consistentes em todas as partidas e foi mais uma vez decisivo nas penalidades contra a Holanda.

Defendeu as cobranças de Van Dijk e Berghuis, abrindo caminho para a classificação às semifinais, quando enfrentará a Croácia, a algoz da seleção brasileira.

Ele dedicou a vitória ao povo argentino. “A primeira coisa que vem à mente é a emoção. Eu faço isso para 45 milhões de pessoas. Dar alegria como esta às pessoas é a melhor coisa neste momento. Estamos na semifinal porque temos paixão e coração. Estamos empolgados, assim como as pessoas”, comentou após a partida.

Formado nas categorias de base do Independiente de Mar del Plata, sua cidade natal, Martínez vem de família pobre e fez sua carreira profissional na Inglaterra. Aos 16 anos, foi negociado com o Arsenal (ING) e disputou apenas amistosos das categorias de base do clube até completar 18 anos.

Nos anos seguintes, foi emprestado para vários clubes ingleses, como Sheffield Wednesday, Rotherham United, Wolverhampton Wanderers e Reading, além do espanhol Getafe.

Sua grande oportunidade no Arsenal surgiu em junho de 2020, quando o goleiro titular, Bernd Leno, sofreu uma lesão. Alçado à titularidade, Martínez fez boas apresentações e foi campeão da Copa da Liga Inglesa.

Essa conquista foi sua vitrine. Ele aproveitou a chance e decidiu pela ida ao Aston Villa, onde atua atualmente e é titular.

Com mais ritmo de jogo, ele também chamou a atenção do técnico Lionel Scaloni e teve a grande oportunidade na Copa América do Brasil.

O goleiro é convocado para as seleções de base da Argentina desde o sub-17. No grupo principal, ele já fez 24 partidas, com 16 vitórias, 7 empates e apenas 1 derrota, justamente a estreia na Copa do Qatar, 2 a 1 para a Arábia Saudita.

Casado com Mandinha Martínez, Dibu tem dois filhos, Santi, 4, e Ava, 2. Ele também tem um irmão, Alejandro, que iniciou a carreira de jogador de futebol no Independiente, mas desistiu e hoje é dono de uma oficina mecânica em Mar del Plata.

Dibu é fã declarado de Lionel Messi e diz guardar as primeiras fotos que tirou com o ídolo. Agora, tem a oportunidade de atuar lado a lado com ele e dividir as glórias das conquistas. Quem sabe a tão sonhada Copa do Mundo.

Na conquista da Copa América de 2021, o goleiro demonstrou, em uma entrevista ao jornal Olé, toda sua admiração por Messi, que o havia elogiado nas redes sociais.

“Quando ele posta uma foto ‘é um fenômeno’, como não vou render na final? Eu quero dar a vida, quero morrer por ele. Espero que possamos dar o Mundial para ele”, disse ele, após ser o herói das semifinais contra a Colômbia.

Agora no Qatar, depois da classificação às semifinais, Messi mais uma vez foi só elogios ao companheiro. “Não tínhamos nenhuma dúvida [sobre Martínez]. Sabemos que quando vamos aos pênaltis temos vantagem com ele no gol. Hoje demonstrou isso mais uma vez”, afirmou o camisa 10.

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‘Não merecíamos ir aos pênaltis’, diz técnico argentino – 09/12/2022 – Esporte

O técnico Lionel Scaloni seguiu as palavras de Messi e disse que, apesar da classificação, a partida não deveria ter chegado aos pênaltis, pois a equipe jogou para vencer a Holanda no tempo normal e também na prorrogação.

“Esta equipe tem espírito para saber enfrentar a situação em todos os momentos. Do meu ponto de vista, não merecíamos ir para os pênaltis, mas, mesmo assim, a equipe continuou a mostrar a cara. Tínhamos o jogo sob controle, mas o futebol tem isso, mesmo quando você pensa que está tudo acabado”, disse o treinador argentino.

“Já mostramos muitos sinais de caráter nesta Copa do Mundo. Esta equipe mostra as diferentes facetas que o jogo exige em todos os momentos. Sabíamos que na prorrogação, jogando nosso futebol, poderíamos mudar o resultado.”

O treinador argentino também exaltou o goleiro Emiliano Martínez, que defendeu duas cobranças de pênalti. Ele comparou o desempenho da partida de hoje com o do jogo contra a Colômbia, na semifinal da Copa América do ano passado, quando o goleiro pegou três cobranças.

“Foi parecido com o jogo contra a Colômbia. Os jogadores com vontade para bater as penalidades. Isso é muito positivo para o grupo. E sabíamos que o Emiliano podia defender alguns.”

O técnico só contou com Di María no segundo tempo da prorrogação. Segundo Scaloni, o jogador não estava bem fisicamente e só entrou em campo porque era preciso.

“Di María poderia ser uma arma, mas sabíamos que ele não estava nas melhores condições.”

Scaloni também ofereceu a vitória ao ex-técnico da seleção argentina Alejandro Sabella, que morreu no dia 8 de dezembro de 2020. Sabella foi vice-campeão na Copa de 2014. “Espero que ele esteja orgulhoso pelo que esse grupo fez.”

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Messi celebra vaga, mas lamenta sofrimento em triunfo sobre Holanda – 09/12/2022 – Esporte

Lionel Messi, 35, celebrou a classificação da Argentina às semifinais da Copa do Mundo com uma ressalva: não era necessário tanto sofrimento. A equipe vencia por dois gols de diferença, mas permitiu que a Holanda empatasse por 2 a 2. Após a prorrogação, a equipe sul-americana levou a melhor nos pênaltis.

“Estamos aliviados, mas não era jogo para pênaltis, não era nem para ir à prorrogação. Mas estamos sofrendo na hora em que dá para sofrer e conseguimos passar”, disse o camisa 10 e capitão da seleção argentina.

“Jogo a jogo estamos mostrando que sabemos jogar futebol. Colocamos a mesma garra, a mesma intensidade”, acrescentou.

Messi lamentou a tensão criada durante a partida, com argentinos e holandeses trocando vários empurrões, principalmente após o empate da seleção europeia. Para o craque, faltou pulso ao juiz, o espanhol Mateu Lahoz.

“Fiquei muito chateado, o jogo não era para ir a esse clima. Sabemos que estávamos enfrentando uma grande seleção, mas a Fifa precisar rever algumas escolhas com relação aos juízes”, disse o camisa 10, que previu dificuldade diante da Croácia, adversária nas semifinais.

“A Croácia mostrou que é uma grande seleção, jogou de igual para igual com o Brasil. Em alguns momentos, estava até dominando o jogo. Vai ser dificílimo”, previu.

Messi, que disputa o seu quinto Mundial, poderá se tornar o jogador com mais jogos na história da competição se entrar em campo na semifinal e na partida seguinte (a decisão ou a disputa do terceiro lugar). Ele tem 24 partidas, mesmo número do alemão Klose. O líder é o também alemão Lothar Matthaus, que entrou em campo 25 vezes.

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Dibu Martínez a colocam na semifinal da Copa – 09/12/2022 – Esporte

A Argentina teve um lance de gênio, sofreu, catimbou, reclamou, quase saiu no tapa com os holandeses, levou dois gols nos minutos finais, mas, no fim, saiu do estádio Lusail, nesta sexta-feira (9), com a vaga na semifinal da Copa do Mundo do Qatar.

Isso graças às defesas, provocações e danças do goleiro Dibu Martínez.

Após empate em 2 a 2 com a Holanda, a seleção sul-americana venceu nos pênaltis por 4 a 3. Martínez defendeu duas cobranças de van Dijk e Berghui. Como já havia sido no título da Copa América de 2021, ele se agigantou na decisão.

A genialidade foi, claro, de Lionel Messi. Com um passe inexplicável, ele abriu a defesa adversária e deixou Nahuel Molina de frente para o goleiro Noppert aos 34 minutos do primeiro tempo. Foi o primeiro gol do lateral com a camisa alviceleste. O próprio camisa 10 depois marcaria de pênalti.

Na próxima terça-feira (20), também em Lusail, a Argentina enfrenta a Croácia, às 16 horas (de Brasília) por uma vaga na decisão.

Será a chance de a equipe sul-americana se vingar da humilhação de 2018. Os croatas se aproveitaram de uma série de erros defensivos individuais do rival para goleá-lo por 3 a 0 e deixá-lo à beira da eliminação na fase de grupos na Rússia.

A Croácia tem o mesmo espírito de quatro anos atrás, capaz de superar seguidas prorrogações para chegar a uma improvável final. A Argentina é bem diferente do desastroso time comandado por Jorge Sampaoli.

Lous van Gaal, técnico da Holanda, entregou o que prometeu. Fez de tudo nesta sexta para cortar a linha de passes para Messi. Era a crença de que a melhor forma de evitar que ele decidisse era fazer com que não tivesse a bola. Ou que isso pelo menos acontecesse o mais distante possível do gol.

Congestionar o meio-campo também era uma forma de fazer com que os passes pelo miolo da zaga e trocas rápidas de passes se tornassem mais difíceis. Também havia a crença que os laterais sul-americanos não eram tão bons. Um deles (Acuña) é meia.

Era uma boa teoria. O problema é o jogador que era o maior temor da seleção holandesa precisava de apenas uma jogada para mudar toda a história da partida. Foi o que Messi protagonizou aos 34 com o lançamento para Molina.

Scaloni também entrou precavido com as armadilhas da Holanda e escalou três zagueiros. Com uma linha de cinco sem a bola, dificultava o trabalho das três peças da linha ofensiva europeia. Especialmente Memphis Depay, que voltava às vezes para buscar o jogo e ter a posse de bola. Era igual ao que Messi fazia.

Hoje aos 28 anos, Depay é um atacante mais maduro dentro e fora de campo, embora continue com personalidade forte. Não parece ser mais o jogador que, relegado ao time reserva do Manchester United em 2016 (pelo mesmo Louis van Gaal) e aconselhado pelos mais velhos do elenco a adotar uma postura mais discreta, chegou para a partida seguinte a dirigir um Rolls Royce.

Ele ainda é a peça ofensiva mais importante da Holanda. Mas não é Lionel Messi, que parecia autorizado até a cometer faltas que qualquer outro jogador seria advertido.

Mesmo ao colocar a mão deliberadamente na bola no segundo tempo, não recebeu cartão amatrelo. O zagueiro Virgil van Dijk abriu os braços, inconformado.

O árbitro espanhol Antonio Mateu Lahoz fez de conta que não era com ele. Mas nos acréscimos, não teve jeito.

A Holanda e van Gaal também buscavam a sua revanche. Na semifinal de 2014, em uma partida travada por 120 minutos e com poucas chances de gol, a Holanda foi eliminada pelo mesmo adversário sul-americano nos pênaltis.

No desespero e atrás por dois gols, ele colocou o centroavante Weghorst, jogador de área, na vaga de Depay para tentar incomodar a zaga rival.

O atacante fez a Argentina sofrer e empatou a partida com dois gols. O segundo deles, no último lance do tempo regulamentar, em jogada ensaiada no campo de treinamento e criada por van Gaal.

A prorrogação teve todo o drama possível em 30 minutos. Chances de gol para os dois lados, bola na trave (em chute de Enzo Fernández) e troca de empurrões. Em uma disputa de pênaltis, após derrota para o Chile na final da Copa América de 2016, Lionel Messi renunciou à seleção pela primeira vez. Em outra, nesta sexta, a história foi bem diferente por causa de Dibu Martínez.

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Argentino Otamendi tem sua última chance em Copas – 06/12/2022 – Esporte

Nicolás Otamendi, 34, abre um sorriso quando um jornalista de TV o lembra, na saída do estádio Al Rayyan, que este “pode ser o ano”.

“Oxalá que seja”, diz, antes de seguir sua caminhada para o ônibus após a vitória sobre a Austrália pelas oitavas de final.

Segundos depois, quando funcionário da Fifa quase o abraçou para que parasse diante de repórteres da imprensa escrita, ele se livrou do pedido sem cerimônia, como se a pessoa à sua frente não existisse. O empregado olhou para assessor da AFA (Associação de Futebol Argentino), que deu de ombros. Era como quem diz ‘Otamendi é assim mesmo’.

Não é o primeiro a constatar isso.

“Em campo, ele é um animal. Fora dele, é um bicho de pelúcia. É uma beleza, desliga o meu iPad, me cobre, é bonito de ver. Depois ele te pega em campo e te assassina”, constatou, com claro divertimento, o meia Rodrigo De Paul, colega de quarto do defensor na concentração da equipe, na Universidade de Qatar.

Outros colegas de Otamendi, no passado, já disseram coisas parecidas. O uruguaio Darwin Sánchez confessou detestar seu novo companheiro ao chegar ao Benfica, de Portugal. Em poucos meses eram melhores amigos.

“É alguém que vai à luta com você em todos os momentos, sem receio. É um guerreiro total”, disse.

Em seu provável último Mundial da carreira (assim como Messi), o zagueiro tem contas a acertar. É o torneio em que já foi massacrado, esquecido de forma surpreendente e tomou parte em um fiasco histórico. Em 2022, no Qatar, tem a esperança que dê enfim tudo certo.

“Estamos vivendo um momento muito feliz, melhorando cada vez mais, passo a passo, mas ainda não é nada. Há muito mais por lutar”, disse após o resultado que definiu confronto contra a Holanda, na próxima sexta-feira (9), pelas quartas de final.

Lutar é um verbo comum para quem praticou boxe na infância, antes de ser descoberto pelas categorias de base do Vélez Sarsfield. Foi pelo time que foi chamado à primeira Copa, na África do Sul, em 2010. Acabou massacrado pela imprensa do seu país após a goleada por 4 a 0 sofrida diante da Alemanha, nas quartas de final.

Pouco importa que o técnico Diego Maradona o tenha escalado como lateral direito, posição em que nunca havia atuado pela seleção.

Guardiola concorda com a visão de que Otamendi vai para a batalha toda vez que pisa no gramado. Definiu-o como o maior competidor que já viu na vida. O treinador o dirigiu no Manchester City entre 2015 e 2020. Diz que o viu atuar com 20 pontos na perna, com tornozelo arrebentado… Chamou-o de super-homem.

Era um nome considerado certo na lista dos 23 convocados por Alejandro Sabella para o Mundial do Brasil, em 2014. Foi deixado de fora, em decisão surpreendente. Não participou da campanha em que a seleção chegou à final e foi derrotada de novo pela Alemanha.

Restabelecido no elenco nacional a partir de 2015, era titular na Rússia-2018, quando o time se esfacelou durante o Mundial, passou no sufoco pela fase de grupos e acabou caindo diante da França nas oitavas de final.

Se o futebol desse um título de Copa do Mundo a Lionel Messi, o zagueiro também espera ter um bom momento no maior palco do esporte.

“Estamos ansiosos pelo que está por vir, mas a Argentina é uma seleção que reage bem sob pressão. Foi isso o que aconteceu contra o México”, observou, sobre o jogo em que a vitória era essencial, após o revés na estreia contra a Arábia Saudita.

Se a Argentina conquistar o título mundial, será mais fácil para ele realizar o sonho de atuar pelo River Plate, seu time de infância.

No momento, o zagueiro, chamado de traidor pela torcida do Porto, por onde atuou entre 2010 e 2014, quando assinou com o Benfica em 2020, tende a renovar o contrato com o clube de Lisboa.

Para que isso aconteça, é possível um histórico jogo contra o Brasil na semifinal. Na última vez em que as duas seleções se enfrentaram, ele mostrou o seu lado não delicado para Raphinha, titular de Tite na Copa. Acertou cotovelada no atacante e não recebeu sequer cartão amarelo, o que gerou reclamação dos dirigentes brasileiros.

“Apenas bola”, escreveu em postagem no Instagram, com ironia, sobre a jogada.

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Artilheiro da Copa: quem pode levar a Chuteira de Ouro? – 06/12/2022 – Esporte

A Copa do Mundo do Qatar, que está na fase de mata-mata, tem como um dos prêmios mais disputados a Chuteira de Ouro, concedida ao jogador com mais gols no torneio.

O número de assistências de um jogador é considerado no caso de empate em gols marcados. Se os jogadores estiverem empatados em ambas as contagens, o vencedor é decidido por quem jogou menos minutos.

O capitão da Inglaterra, Harry Kane, conquistou o prêmio na Copa de 2018, na Rússia, quando marcou seis gols e comandou sua seleção até as semifinais.

A seguir, uma visão geral dos jogadores na corrida para artilheiro do Mundial deste ano.

KYLIAN MBAPPE (FRANÇA) – 5 GOLS

O jogador de 23 anos marcou contra a Austrália na partida de sua seleção no jogo de estreia, pelo Grupo D, e conseguiu uma dobradinha no segundo tempo contra a Dinamarca, partida em que a França garantiu sua vaga nas oitavas de final. O talismã da França não conseguiu balançar a rede contra a Tunísia, mas acrescentou mais dois gols à sua contagem na vitória por 3 a 1 contra a Polônia nas oitavas de final.

ALVARO MORATA (ESPANHA) – 3 GOLS

O artilheiro do Atlético de Madrid marcou nas três partidas da Espanha no Grupo E, incluindo contra a tetracampeã mundial Alemanha. Morata, que começou na reserva de Marco Asensio nas duas primeiras partidas na Copa, colocou o time de Luis Enrique na frente no último jogo da fase de grupos, mas os campeões de 2010 foram derrotados de virada pelo Japão.

MARCUS RASHFORD (INGLATERRA) – 3 GOLS

O jogador inglês teve um início dos sonhos na Copa, já que logo na estreia fez gol na goleada sobre o Irã. O lugar de Rashford na seleção era incerto havia alguns meses, devido à sua forma e condição física, mas o atacante do Manchester United conseguiu uma vaga e subiu na disputa pela Chuteira de Ouro depois de marcar duas vezes na vitória sobre País de Gales. Rashford começou na reserva na vitória da Inglaterra sobre o Senegal nas oitavas de final e não fez gol.

CODY GAKPO (HOLANDA) – 3 GOLS

O atacante holandês de 23 anos, que tem sido decisivo em seu clube, o PSV, conseguiu fazer gols com regularidade no Qatar até agora, com a Holanda avançando para as oitavas de final ao terminar na liderança do Grupo A. Gakpo fez um gol em cada uma das três primeiras partidas. No entanto, não conseguiu aumentar sua contagem nas oitavas de final, contra os EUA.

LIONEL MESSI (ARGENTINA) – 3 GOLS

O craque argentino de 35 anos está jogando provavelmente sua última Copa. Messi abriu sua conta marcando de pênalti na derrota chocante, no Grupo C, para a Arábia Saudita, antes de fazer um gols e dar passe para Enzo Fernández marcar o dele em emocionalmente vitória sobre o México. O camisa 10, sete vezes ganhador da Bola de Ouro, também marcou na vitória da Argentina por 2 a 1 sobre a Austrália, nas oitavas de final.

BRUNO FERNANDES (PORTUGAL) – 2 GOLS

A campanha de Portugal no Mundial do Qatar foi maculada um pouco pela polêmica em torno de Cristiano Ronaldo e sua amarga saída do Manchester United. Mas seu ex-companheiro de clube, Bruno Fernandes, 28, saiu da sombra do compatriota ao marcar dois gols no Uruguai depois de dar duas assistências no jogo anterior, contra Gana.

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Argentina tenta recobrar ânimo após zebra na estreia

Para responder aos boatos de um possível desentendimento com Lionel Scaloni a dois meses da Copa do Mundo, o presidente da AFA (Associação de Futebol Argentino) agiu rapidamente. Claudio Chiqui Tapia anunciou a continuidade do trabalho do treinador até o Mundial de 2026.

Era uma decisão lógica. Sob o comando do ex-lateral do La Coruña (ESP), a seleção havia vencido a Copa América de 2021 e encerrado com isso um jejum de títulos de 28 anos. Ganhou também a primeira finalíssima Conmebol-Uefa ao não apenas derrotar a Itália por 3 a 0, em Wembley, mas fazer isso com facilidade no segundo tempo.

Scaloni tem o elenco na mão. Isso significa possuir também a confiança de Lionel Messi. Chegou ao Qatar com 36 jogos e mais de três anos de invencibilidade.

Tudo caiu por terra na estreia do Mundial, contra a Arábia Saudita.

Em Buenos Aires, o time foi acusado de soberba pela pequena parte da imprensa esportiva do país que não joga junto com a seleção. O atacante Sergio Agüero, que é o melhor amigo de Messi no futebol e está no Qatar como comentarista, publicou mensagem em redes sociais dando a entender que foi barrado na tentativa de visitar a delegação na Universidade do Qatar.

Após a derrota por 2 a 1 na estreia, os argentinos respiraram aliviados com o empate por 0 a 0 entre México e Polônia, as outras seleções do Grupo C. No próximo sábado (26), a Argentina enfrenta os mexicanos no mesmo estádio de Lusail que foi palco da zebra histórica protagonizada pelos sauditas.

“A gente queria vir aqui e ganhar todas as partidas. Agora teremos seis finais de Copa do Mundo”, disse o goleiro Emiliano Martínez, citando a quantidade de partidas necessárias até o título.

A Argentina não é eliminada na fase de grupos desde 2002. Na ocasião, tal qual em 2022, era apontada como uma das favoritas e chegou ao Mundial em grande fase.

Há quatro anos, na Rússia, a seleção dirigida por Jorge Sampaoli flertou com a queda precoce e só avançou às oitavas de final graças a um gol salvador do zagueiro Marcos Rojo aos 42 minutos do segundo tempo diante da Nigéria.

“Mundial se joga assim. Sabíamos que algo como isso poderia acontecer”, disse Lionel Messi. Foi uma frase tão estranha quanto a dita sobre o gol argentino, marcado aos dez minutos do primeiro tempo: saiu “cedo demais”.

Na volta à concentração depois do revés na estreia, a preocupação do camisa 10, capitão e líder do elenco, foi animar os mais jovens, aqueles que disputam o Mundial pela primeira vez, como Julian Álvarez, Cuti Romero e Rodrigo De Paul.

A eliminação na fase de grupos significaria, além da despedida melancólica de Lionel Messi em Copas, ameaça a um projeto que, segundo a AFA, é de longo prazo. A pressão sobre Scaloni, um técnico sem experiência anterior em clubes que era apenas membro periférico da comissão de Sampaoli em 2018, seria considerável.

Para tentar fazer os jogadores esquecerem as tensões do torneio, foi liberada a presença de familiares na concentração nesta quarta-feira (23), dia seguinte à derrota diante dos sauditas. Alguns exibiram fotos nas redes sociais.

Messi pediu aos torcedores que continuem acreditando na Scaloneta, apelido que ganhou a equipe dirigida por Scaloni. Não lhe serve de consolo, mas no primeiro jogo no Qatar ele se tornou o quinto jogador a marcar gols em quatro Mundiais diferentes. Antes dele, apenas Pelé, Cristiano Ronaldo e os alemães Uwe Seeler e Miroslav Klose haviam conseguido o mesmo.

Poderia ser motivo para celebração, mas a marca ficou esquecida nas lamentações pela inesperada derrota. Nem as partidas de truco, as que Messi odeia perder, foram realizadas na Universidade do Qatar na noite de terça-feira (22).

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Brasil procura lições para estreia em derrota da Argentina

Basta uma breve caminhada pelos principais pontos turísticos de Doha, do tradicional mercado Souq Waqif ao anfiteatro Katara Cultural Village, ou mesmo andar pelas ruas residenciais da capital do Qatar para encontrar com facilidade pessoas com camisas de Brasil e Argentina.

Duas das equipes favoritas à conquista da Copa do Mundo deste ano também são as preferidas do público local, sobretudo dos migrantes. Parte deles ficou especialmente frustrada nesta terça-feira (22), quando os argentinos estrearam com uma histórica derrota, de virada, para a Arábia Saudita, por 2 a 1.

A chamada zebra reforça as conexões entre brasileiros e argentinos no Qatar, afinal serve como uma importante lição para o elenco comandado por Tite antes de sua estreia no Mundial, nesta quinta-feira (24), contra a Sérvia.

O equilíbrio emocional foi determinante para o vexame da seleção de Messi. Apesar de fazer um bom primeiro tempo e abrir o placar, a Argentina não conseguiu consolidar sua vantagem.

A Sérvia, evidentemente, tem mais recursos técnicos do que os sauditas. No ranking da Fifa, aparecem na 21ª posição, enquanto a nação árabe é a 51ª. Mas não só por isso.

Além de todo o elenco sérvio jogar no futebol europeu, a maioria atua nas principais ligas do continente, sobretudo na Itália e na Espanha.

Só isso já é motivo para Tite ter mais trabalho do que o argentino Lionel Scaloni, mesmo considerando o fato de que, em 2018, o duelo contra os sérvios foi o mais fácil para os brasileiros na primeira fase da Copa da Rússia, quando o time canarinho venceu por 2 a 0.

Acreditar em uma suposta fragilidade do adversário, contudo, é justamente o risco que o Brasil precisa aprender com a lição dos argentinos.

“Às vezes, o adversário é vencido pela nossa motivação. O Lionel Messi vai jogar com a Arábia Saudita e dirá a si mesmo que deve começar bem, claro, mas não é a mesma coisa do que jogar contra o Brasil”, disse o técnico da Arábia Saudita, Hervé Renard.

Motivação foi algo que não faltou para a nação do Oriente Médio. Principalmente pelo apoio que eles receberam das arquibancadas. Mesmo que a maioria dos presentes fossem torcedores da Argentina, quem mais apoiou e marcou sua presença na arena foi a torcida saudita, elemento-chave para o desfecho do jogo.

Pelo menos com isso o Brasil, provavelmente, não terá de se preocupar. Enquanto a Arábia Saudita foi a nação que mais comprou ingressos para a Copa do Mundo no Qatar, segundo o Supremo Comitê para Entrega e Legado, os sérvios não deverão ter uma presença maciça no país.

Mesmo assim, a comissão técnica brasileira tentou criar um ambiente que pudesse reforçar a confiança dos jogadores, para não deixar que fatores externos abalem a equipe.

Nas paredes do estádio Grand Hamad, onde a seleção treina durante sua estadia em Doha, foi colocada a inscrição “mentalmente forte”, palavras que Tite costuma repetir com certa frequência para os jogadores antes de cada partida.

Para aumentar a concentração dos atletas, o comandante também tomou uma medida inédita durante a preparação do Brasil. O treino desta terça-feira (22) foi fechado para a imprensa. Nem convidados, como parentes e amigos dos atletas, puderam acompanhar a atividade.

Foi a primeira vez que ele optou por esconder seus trabalhos desde que a seleção se reuniu para a Copa, na semana passada, em Turim, na Itália.

Além de privacidade, a medida visa manter o sigilo que Tite pretende fazer de sua escalação para o duelo com os sérvios.

Na segunda-feira (21), ele tentou fazer isso, liberando a presença da imprensa somente durante o aquecimento dos atletas, mas uma foto postada por um amigo de um dos jogadores que estava no estádio revelou a escolha de Vinícius Júnior como titular.

O ataque, então, teria Vinícius Júnior, Neymar, Raphinha e Richarlison. Embora não confirme, esse deverá ser o time do treinador para a estreia no Mundial. A ver como vão reagir os jogadores brasileiros na estreia.

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‘A gente não fez nada de mais’, diz meia da Arábia Saudita

A surpreendente vitória por 2 a 1, de virada, da Arábia Saudita sobre a Argentina de Messi, na estreia de ambas as seleções pela Copa do Mundo, impressionou o mundo do futebol. Os atletas sauditas, porém, não demonstraram grande empolgação e, após o jogo, tentaram tratar aquele resultado como normal.

O meia Abdulelah Al-Malki afirmou que a vitória contra uma das favoritas ao título, em um jogo que marcou a estreia do camisa 10 argentino em sua última Copa, não exigiu preparação especial. “A gente não fez nada de mais. Realizamos a mesma preparação de sempre.”

Em um tom de voz monocórdico, o atacante Saleh Alshehri tratou de deixar claro que o objetivo de seu país é avançar. “Nós ainda temos duas partidas pela frente. Espero que a gente possa passar e ir para as oitavas.”

Perguntado se a vitória sobre a Argentina era especial, disse que sim e que vencer a “favorita ao título da Copa” é um “grande impulso”.

Porém, perguntado se acreditava que poderia vencer, retomou o discurso blasé. “Honestamente, nós acreditávamos em nós mesmos. Não interessa qual o oponente”, disse.

Na segunda parte da entrevista, ele, que jogou em Portugal, respondeu em português. “Estamos muito felizes por este jogo, ganhamos de um grande time. Agora temos três pontos e faltam dois jogos.”

O discurso para a imprensa, porém, destoou do que foi visto no vestiário da seleção após a partida. Vídeo postado nas redes sociais mostrou uma grande festa.

A Argentina abriu o placar no primeiro tempo, com pênalti convertido por Messi, e teve ainda três gols anulados com ajuda do VAR. Na segunda etapa, com direto a golaço de Salem Aldawsari, a Arábia Saudita virou e garantiu a vitória.

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Mohaammed Alowais, o homem que parou Messi

Mohaammed Alowais, 31, começou a sorrir quando ouviu a pergunta se falava inglês.

“Não”, respondeu. Em inglês.

O riso por ter deixado claro, apesar da negativa, que entendia a língua, virou gargalhada. O goleiro que poderia ser aposta para o título de mais vazado da Copa do Mundo saiu por cima. Contra Messi, foi superado apenas por uma cobrança de pênalti.

No segundo tempo, realizou defesas que garantiram a histórica vitória por 2 a 1 da Arábia Saudita sobre a Argentina nesta terça-feira (22), no estádio de Lusail.

Antes da estreia, o medo de ser batido muitas vezes era possível porque, além de Messi, seis vezes eleito melhor do mundo, ele também vai enfrentar Robert Lewandowski. O próximo adversário dos sauditas, pelo grupo C da Copa do Mundo, será a Polônia, no sábado (26).

“Lewandowski é muito bom”, limitou-se a dizer ao ser questionado, enquanto caminhava para a saída do estádio.

O goleiro do Al Hilal, equipe que é a base da seleção, havia feito apenas uma partida anterior pelo Mundial. Foi titular contra o Uruguai na Rússia, em 2018. Na preparação para o torneio do Qatar, já havia sinalizado o que poderia fazer. Acabou como destaque quando a Arábia Saudita empatou amistoso em 0 a 0 com o Equador, em setembro.

Alowais tem agora 42 partidas pela seleção, sendo 39 oficiais.

“A maioria dos nossos jogadores são astros internacionais que já jogaram na Copa do Mundo. Nós temos a experiência necessária para atuar sob pressão”, disse após a igualdade com os equatorianos.

Quase todos os jogadores do time saudita atuam na liga local.

Este ano tem sido o melhor da carreira de Alowais. Contratado em janeiro pelo Al Hilal, recebe salário de R$ 825 mil mensais.

O primeiro tempo contra os argentinos foi de sofrimento. Ele não esboçou reação quando foi superado por Messi no pênalti, mas fez expressão de desânimo ao assistir, com os dois joelhos no gramado, a bola chutada por Lautaro Martínez ultrapassar a linha. Poderia ser a sinalização da goleada esperada. Mas o lance foi anulado com ajuda do VAR.

Ele voltou a se ajoelhar, mas de alegria, na etapa final. Foi para comemorar os dois gols sauditas que deram à equipe a histórica vitória sobre a Argentina.

Alowais depois faria uma grande defesa em toque de Tagliafico e evitaria o gol em dois arremates de Messi. Ao sofrer falta nos acréscimos, reclamou e levou cartão amarelo. Em parte, foi a tentativa de ganhar alguns segundos.

Antes do final da partida, porém, o goleiro ainda protagonizaria um lance assustador. Em uma saída para tentar cortar a bola, ele acertou uma joelhada no rosto do companheiro Al-Shahrani, que caiu desacordado, no que foi a cena mais assustadora da partida.

Apesar do susto, o defensor fez sinal de positivo para os médicos ao deixar o campo, indicando que estava bem.

A expressão blasé do goleiro no dia mais especial da história do futebol saudita esteve de acordo com o restante da equipe. Dos poucos que falaram com a imprensa após o jogo, ninguém disse ter sido um momento especial, ter havido uma preparação diferente ou dado qualquer atenção a como marcar Messi.

“A gente não fez nada de mais. Realizamos a mesma preparação de sempre”, disse o meia Abdulelah Al-Malki.



A gente não fez nada de mais

Com a surpreendente vitória, a Arábia Saudita se coloca em boa posição para repetir a campanha de 1994, a única vez que a seleção conseguiu se classificar na fase de grupos. Naquele ano, perdeu para a Suécia nas oitavas de final.

Foi o Mundial em que o meia-atacante Al-Owairan se tornou o nome mais conhecido do futebol saudita ao arrancar do meio-campo, contra a Bélgica, e só parar dentro do gol.

Essa fama ainda perdura, mas terá concorrência agora do atacante Aldawsari, autor do arremate decisivo nesta segunda-feira, e de Mohammed Alowais, o goleiro que parou Messi.

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