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Copa A Gazetinha é destaque na Câmara Federal

Na sessão da Câmara dos Deputados, realizada no dia 16 de agosto de 2005, o deputado federal capixaba Neucimar Fraga fez elogios ao projeto da Copa A Gazetinha. Durante uma sessão no Congresso Nacional, quando se discutia a importância do esporte para o desenvolvimento do País, o deputado Neucimar Fraga enalteceu a Copa A Gazetinha, por incentivar a prática do esporte, sobretudo do futebol, relatando a sua experiência ao estar presente em jogos da competição, no município de Vila Velha, na Grande Vitória;  

Veja a íntegra dos pronunciamento dos parlamentares federais e a citação da Copa A Gazetinha pelo deputado Neucimar Fraga.

O SR. MAURO BENVIDES – Nobre Deputado Marcelo Guimarães Filho, no momento em que V.Exa. faz retrospectiva na qual enaltece a importância das atividades esportivas, permito-me lembrar-lhe que os canais de televisão transmitiram ontem — e hoje mostraram a repercussão e os comentários — o encontro de 2 grandes ídolos do futebol mundial: Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, e Maradona, da nossa vizinha Argentina. A entrevista realizada por Maradona deve ter repercutido intensamente no espírito daqueles que, despertos para o esporte, viram naqueles 2 ídolos a grande expressão que, em passado recente, motivou as vibrações incontidas de multidões nos estádios de futebol do mundo. Era essa a referência que desejava fazer, inserindo-a no texto do pronunciamento de V.Exa. na tarde de hoje.

O SR. MARCELO GUIMARÃES FILHO – Muito obrigado, nobre Deputado Mauro Benevides, pelo aparte, que incorporo ao meu discurso.

O SR. NEUCIMAR FRAGA – Permite-me V. Exa. um aparte, nobre Deputado Marcelo Guimarães Filho?

O SR. MARCELO GUIMARÃES FILHO – Com prazer, nobre Deputado Neucimar Fraga.

O SR NEUCIMAR FRAGA – Nobre Deputado Marcelo Guimarães Filho, primeiramente  parabenizo V.Exa. por  trazer à tona na tarde de hoje, nesta Casa de leis, assunto de tal importância. A sua iniciativa, sem dúvida alguma, enriquecerá as discussões que certamente faremos na Câmara dos Deputados sobre projetos que versam sobre o esporte em nosso País. Parabenizo ainda o povo baiano por ter conduzido V.Exa. a esta Casa. Além de grande Parlamentar, é também meu parceiro de futebol.

Já tive algumas oportunidades de jogar futebol com V.Exa., que é atleta. Portanto, sei que dá ao assunto e ao seu debate grande importância. Aproveito também este momento para parabenizar os organizadores da Copa A Gazetinha, realizada no Espírito Santo. Trata-se de campeonato conhecido internacionalmente, no qual milhares de crianças de 7 a 15 anos de idade disputam torneios, cada uma na sua categoria, em diversas cidades do Estado.

O campeonato reúne praticamente toda a sociedade esportiva do Espírito Santo na promoção da prática de esportes. No sábado passado participei de partida da Copa A Gazetinha, no campo do Boa Vista, no Município de Vila Velha, e pude perceber a euforia, a empolgação de crianças e adolescentes por participarem da atividade física. Com  certeza, por meio do esporte é possível evitar que a vida de milhares de crianças seja ceifada pelos traficantes.

Por fim, parabenizo todos os professores de escolas de futebol espalhadas pelo País, que levam, por intermédio do esporte, o conhecimento e a cidadania a crianças e adolescentes. Parabéns, Deputado Marcelo Guimarães Filho. Também sou um bom baiano, natural da cidade de Itanhém, no sul da Bahia, especificamente de um lugarejo chamado Jaquetô, o qual, com certeza, recebe o apoio de V.Exa., na condição de Parlamentar do Estado da Bahia. Que Deus o abençõe.”

 

O deputado Federal Neucimar Fraga elogia a Copa A Gazetinha, em pronunciamento no Congresso Nacional

A Desportiva Ferroviária foi campeã da Copa A Gazetinha de 1977

Um ano depois de ser criada a competição, a equipe da Desportiva Ferroviária foi a campeão da segunda edição da Copa A Gazetinha em 1977. O time da Desportiva Ferroviária conquistou o título de forma “invicta”. Não era para menos. E equipe era formada por uma verdadeira seleção de jogadores de muita qualidade técnica.

No grupo se destacavam Eurico Batalha, Neném Goltara, Wallace, Jacimar. A equipe era forma também com Zezinho, Carlinhos (goleiro), Jorginho, Fernando, Rômulo, Neemias e Jomar. Alguns atletas se destacaram no futebol capixaba, brasileiro e mundial.

A Copa A Gazetinha de Futebol Infanto-Juvenil foi criada pelo jornalista José Antônio Nunes do Couto, o “JANC”, em 1976, com uma promoção do Suplemento Infantil A Gazetinha, do Jornal A Gazeta. Hoje, o jornalista confessa não ter imaginado que, ao criar a Copa A Gazetinha, estava inventando uma competição que iria mudar a história do muitas crianças e jovens do Estado e do Brasil.

“A Copa A Gazetinha, seguramente, dá esperança de um futebol mais digno e possibilita um futuro promissor a milhares de crianças e adolescentes”, disse Janc, organizador e idealizador do evento.

Vale ressaltar que ao longo dos mais de 40 anos de realização da competição, jogadores do porte de Geovani Silva (Vasco e Desportiva), Carlos Germano (Vasco), Sávio (Flamengo e Real Madrid), Jussiê (Cruzeiro e Bordeaux), Cícero (hoje Grêmio), e Maxwell (PSG, Ajax e Barcelona), foram descobertos pelos campinhos por onde competição foi realizada.

 

Formação da equipe da Desportiva Ferroviária campeã da Copa A Gazetinha em 1977

Tudo começou na praia

A Copa A Gazetinha de Futebol Infanto-Juvenil foi criada pelo jornalista José Antônio Nunes do Couto, o JANC, em 1975, como uma promoção do Jornal de Janc e do Suplemento Infantil A Gazetinha.

Hoje, o jornalista confessa não ter imaginado que, ao criar a Copa A Gazetinha, estava inventando uma competição que cresceria tanto.
Tudo começou com uma capa colorida da edição do dia 6 de dezembro de 1975 do suplemento A Gazetinha, anunciando o “1º Torneio de Futebol de Praia Infanto-Juvenil”.

A competição foi disputada por 12 times de vários bairros da Grande Vitória. O primeiro jogo reuniu a equipe da Desportiva Ferroviária e a que tinha o nome do então vereador Gerson Camata, que venceu por 2×0. As demais equipes participantes foram Cruzeiro, Guarani de Goiabeiras, Benfica, Estrelinha, Panorama, Goiabinha, Copinho, Rio Branquinho, Nacional e Tamoio.

Os jogos foram realizados no Aterro da Condusa, onde hoje é a Praça dos Namorados. Classificaram-se para as finais Guarani, Panorama, Copinho e Desportiva.

O Guarani garantiu a vaga ao vencer o Panorama por 1 a 0, gol de Maurílio. A Desportiva derrotou o Copinho por 4 a 3, nos pênaltis. Na disputa do terceiro lugar deu Copinho 4 a 0 sobre o Panorama.

 

Capa do Suplemento Infantil Gazetinha revela o início do torneio que virou a maior competição infanto-juvenil do Brasil

 

Início da Copa A Gazetinha

Associação de São Mateus, a primeira campeã do interior

Em 1978, para comemorar o cinquentenário de A GAZETA, foi realizado um torneio da Copa A Gazetinha. Era a disputa do Troféu 50 anos de A Gazeta, que teve a participação de equipes da Grande Vitória e de duas do interior do Estado.

A Associação de São Mateus representou o Norte do Estado e o Castelo, o Sul do Estado. A decisão foi no Estádio Salvador Costa, em Bento Ferreira, Vitória, e a Associação venceu o Racing, ficado com Troféu 50 Anos de A Gazeta que até hoje é guardado pelo desportista Paulo Nardoto, que era o técnico da equipe.

Com a realização deste torneio, começou definitivamente a interiorização da Copa A Gazetinha.

Troféu 50 anos de A Gazeta, conquistada pela Associação de São Mateus

Ex-juiz Betinho, e a sua história na Copa A Gazetinha

O colatinense Carlos Roberto Mariano, o Betinho, hoje aposentando do futebol profissional, atuou em muitas edições da Copa A Gazetinha, apitando nas grandes finais.

Betinho, então recém-introduzido nos quadros de arbitragem da Federação, entrevistado pelo jornal A GAZETA, disse que teve uma ascensão meteórica depois que passou a atuar na competição, sendo convidado para trabalhar em outros grandes eventos do futebol capixaba e brasileiro.

“Hoje, se sou um árbitro respeitado e se trabalhei até em Campeonatos Brasileiros, devo muito à Copa A Gazetinha que me projetou”. “Na verdade, foi nela que tudo começou”, afirmou.

Na entrevista, Betinho disse acreditar existência de poucas diferenças entre as partidas de futebol profissional e as da Copa A Gazetinha. “A diferença é que na A Gazetinha o árbitro tem também função de educador”, comentou.

Ele, na época, considerou a partida entre Vasco e Vitória da Bahia, na final de 1994, uma das mais complicadas partidas na sua carreira.

“Havia muita reclamação dos dirigentes do Vasco em relação a mim. A equipe tinha perdido três vezes para o Vitória em finais comigo atuando como árbitro. Eu acho até que houve pressão para que eu não fosse escalado. Mas, aceitei o desafio apitando o jogo, que terminou 0 a 0 e o Vitória venceu nos pênaltis. Todo mundo que estava no estádio me elogiou e até os dirigentes do Vasco vieram me cumprimentar depois”, lembra Betinho.

E foi criada a Copa A Gazetinha!

O Torneio de Futebol de Praia Infanto-Juvenil, no Aterro da Condusa, onde hoje é a Praça dos Namorados, em Vitória, foi um grande sucesso. E, por sugestão dos próprios participantes, o jornalista José Antônio Nunes do Couto (Janc) sentiu-se motivado a montar outra competição.

Mas não de futebol de areia e, sim, de futebol de campo, como sugerido pelos dirigentes das agremiações. Como Janc era um dos responsáveis pela edição do suplemento infantil A Gazetinha, ele decidiu homenagear a publicação, dando o nome de Copa A Gazetinha ao torneio.

A primeira Copa A Gazetinha de futebol de campo foi aberta festivamente na manhã de céu azul do dia 8 de maio de 1976, com as 43 equipes inscritas desfilando no Estádio Engenheiro Araripe.

No dia 15 de maio de 1976, a Coordenação Geral da Copa A Gazetinha teve uma reunião com os representantes das equipes inscritas na 1ª Copa A Gazetinha. A reunião foi na antiga sede da Rede Gazeta, na General Osório.

Campeão da Primeira Copa A Gazetinha

O campeão da Primeira Copa A Gazetinha foi o Barcelona, do bairro cariaciquense de Campo Grande, e foi desta equipe que surgiu Walace, o primeiro craque a ser revelado pela competição.

Logo após a sua criação, o projeto da Copa A Gazetinha chamou a atenção do então governador Eurico Rezende, que fez questão de homenagear atletas, dirigentes e a coordenação da competição.

Primeiro, o governador recebeu a Copa A Gazetinha no Palácio Anchieta e, posteriormente, promoveu uma mini-torneio na casa de praia do Governo do Estado, em Vila Velha, com distribuição de material esportivo e muitos sanduíches e refrigerantes para os pequenos atletas.

Jogadores da Copa A Gazetinha homenageados pelo então governador do Espírito Santo, Eurico Rezende

 

Guarani de Goiabeiras, o campeão da areia em 1976

Um time de garotos de famílias de classe média baixa, que treinava somente aos domingos, porque todos os seus jogadores trabalhavam, foi ocampeão.

O Guarani de Goiabeiras conquistou no dia 22 de fevereiro de 1976, o título do Torneio de Futebol de Praia Infanto-Juvenil, precursor da Copa A Gazetinha. Na final, derrotou a favorita Desportiva Ferroviária, de virada, por 2 a 1, com dois gols do atacante Sebastião.

A criação do Guarani foi idéia de um dos seus atletas, Joselias do Nascimento. A equipe foi fundada em junho de 1975. Para comprar um jogo de camisas, os jogadores cotizaram, com cada um pagando na época cinco cruzeiros.

Os treinos eram realizados no campo que existia depois do sinal da esquina do cruzamento da avenida Fernando Ferrari com a avenida Adalberto Simão Nader, próximo ao Aeroporto de Vitória.

Logo, Joselias do Nascimento entregou o comando da equipe para José Antônio Rodrigues e Marcos Rogério Cunha, que acumulavam as funções de técnicos, massagistas e roupeiro. Curiosamente, a maioria dos jogadores era funcionário da loja A Vidrália. Para muitos, o fato de vários atletas trabalharem no mesmo local contribuiu para fortalecer a união do grupo.

 

O futebol capixaba que deu certo

Este é o título de uma reportagem sobre a Copa A Gazetinha publicada no jornal A Gazeta e ele diz uma verdade sobre a competição.

Afinal, se o futebol profissional capixaba não consegue se firmar no cenário local e nacional, a Copa A Gazetinha vem há quatro décadas fazendo sucesso, movimentando o futebol infanto-juvenil do Espírito Santo e até de outros estados, tornando-se a mais importante competição de futebol da chamada categoria de base do Brasil, revelando todos os anos jovens atletas que, descobertos por grandes clubes, abraçam a carreira de futebolistas, alguns com sucesso, chegando à Seleção Brasileira e jogando em clubes famosos do exterior.

A lista de craques saídos da Copa A Gazetinha é enorme e a todo ano ela cresce mais ainda. Um dos primeiros foi Eurico Batalha, que jogou em clubes cariocas e na Arábia Saudita.

Depois, entre centenas de bons jogadores, apareceram Antônio José, Jacimar, Walace, Fernando Batalha, Eurico Batalha, Douglas, Régis, Bartô, China, Mauro Soares, Geovani Silva, Carlos Germano, França, Werlesson, Dedé, Nilson, Pedro Renato, Moisés, Bil, Jean, Marquinhos Capixaba, Sávio, Fabiano Eller, Vanderson e Ely Tadeu, entre muitos outros. Na lista das revelações aparecem ainda Maxwell, Jussiê, Gladstone, Thiago Martinelli , Ramon, Cicero, Kieza e Kleber.

Todos esses jogadores atuaram ou ainda atuam em grande clubes no Brasil e no exterior. Mas como esta competição surgiu e chegou a este patamar de sucesso? É a história que contamos aqui na Nossa História.

 

Capa do Suplemento Infantil Gazetinha revela o início do torneio que virou a maior competição infanto-juvenil do Brasil