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Neymar é absolvido de acusações de fraude na Espanha – 13/12/2022 – Esporte

A justiça espanhola absolveu Neymar, 30, e o restante dos processados por supostas irregularidades cometidas em sua transferência ao Barcelona, em 2013.

A decisão está alinhada com o critério do fisco espanhol, que já havia retirado suas acusações na reta final do julgamento realizado em outubro.

“A Audiência absolve Neymar e o resto dos processados por corrupção privada”, indicou o tribunal da Audiência de Barcelona, em um comunicado sobre a sentença publicada nesta terça-feira (13), que inocenta todos os indiciados pela empresa brasileira DIS, de Delcir e Idi Sonda.

O julgamento, iniciado um mês antes do início da Copa do Mundo, é uma boa notícia para Neymar, poucos dias depois da dolorosa eliminação da seleção brasileira contra a Croácia, nas quartas de final da Copa do Qatar.

A expectativa já era de alívio para o jogador desde que o Ministério Público —que inicialmente pediu a ele dois anos de prisão e multa de 10 milhões de euros (56 milhões de reais)— surpreendeu no penúltimo dia de audiências, retirando todas as acusações contra os réus.

Opinião que os magistrados também compartilharam, segundo o acórdão.

“Das provas realizadas, não há indícios de que o jogador tenha recebido suborno e/ou que o tenha exigido para assinar pelo Fútbol Club Barcelona. A promotoria faz deduções que não passam de mera suspeita. Não são indícios de criminalidade”, afirmam.

Além de Neymar e seus pais, também foram exonerados dois ex-presidentes do Barça —Sandro Rosell e Josep María Bartomeu— e o ex-presidente do Santos, Odílio Rodrigues Filho, assim como o próprio FC Barcelona, o Santos e a empresa que administra a carreira de Neymar neste longo processo iniciado há sete anos pela DIS.

A empresa brasileira, detentora de 40% dos direitos federativos de Neymar quando ainda era uma promessa do Santos, havia recorrido à Justiça espanhola em 2015 acusando o Barça, o jogador e sua família —e posteriormente também o clube paulista— de terem enganado a esconder o valor real da transferência milionária.

O DIS também os repreendeu por não tê-lo informado sobre um suposto contrato de exclusividade assinado em 2011 com o Barça, e que teria adulterado a livre concorrência para assumir o promissor atacante.

Mas o Ministério Público, que inicialmente partilhou parte das acusações do DIS, acabou por considerar que as denúncias não se baseavam em provas “nem mesmo circunstanciais”, mas em “suposições”, e que era mais do que um caso civil do que criminal.

Com sua reviravolta inesperada, o procurador de Barcelona contrariou a visão de seus colegas de Madri, onde havia começado a jornada deste complexo caso, que acabou sendo encaminhado ao Tribunal de Barcelona.

Apesar de a mudança no Ministério Público não ter determinado a decisão final, desferiu um duro golpe na acusação, que ficou apenas nas mãos do DIS, graças ao fato de o ordenamento jurídico espanhol permitir à suposta vítima de um crime figurar como o acusador em um processo.

Por fim, o fundo brasileiro acabou derrubando também seu pedido para dois anos e seis meses de prisão a Neymar, dos cinco que pedia inicialmente.

O julgamento trouxe o atacante de volta ao Barcelona, de onde saiu abruptamente em 2017 para o Paris Saint-Germain.

No seu breve depoimento perante o tribunal, um sereno “Ney” assegurou que apenas assinou os documentos que lhe foram indicados pelo pai, em quem confia plenamente.

O atacante disse não ter participado de nenhuma negociação, mas que sua vontade sempre foi clara: realizar seu sonho e assinar pelo Barça, descartando ofertas como a do Real Madrid.

Essa operação acabaria se tornando, porém, uma saga jurídica mista que já dura quase uma década.

Apesar de o Barça ter estimado inicialmente a sua contratação em 57,1 milhões de euros (40 milhões para a família e 17,1 para o Santos), a justiça espanhola estimou que atingiu pelo menos 83 milhões.

Para o DIS, que recebeu 6,8 milhões do valor oficial pago pelo clube brasileiro, a equipa catalã, Neymar e posteriormente o Santos esconderam-lhes através de vários contratos camuflados cerca de 35 milhões de euros que agora reclamavam em tribunal.

A polêmica operação já rendeu ao Barça uma multa de 5,5 milhões de euros por irregularidades fiscais, além de várias demandas cruzadas com Neymar após sua marcha de destaque para o PSG.

Por fim, a entidade e o 10 da seleção chegaram a um acordo “de forma amigável” no ano passado para encerrar todos os processos pendentes.

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Fiquei deprimido com a nossa derrota, afirma Ronaldo – 12/12/2022 – Esporte

Ronaldo Nazário, maior artilheiro brasileiro em Copas do Mundo (15 gols), disse que a eliminação da equipe no Qatar o abalou tanto que cancelou compromissos. Ele defendeu o acompanhamento da saúde mental dos atletas. Principalmente Neymar.

“Cancelei compromissos. Fiquei deprimido com a nossa derrota”, declarou jornalistas em evento realizado em Doha nesta segunda-feira (12).

Na última sexta-feira (9), o Brasil caiu nas quartas de final no Mundial ao ser derrotado, nos pênaltis, pela Croácia. Após 120 minutos de tempo regulamentar e prorrogação, o placar foi de 1 a 1.

Campeão mundial em 1994 e astro do título de 2002, Ronaldo também participou de duas campanhas que acabaram frustradas: a de 1998, na França, e a de 2006, na Alemanha.

Ele diz ter ficado triste ao ler a postagem de Neymar nas redes sociais. O principal jogador brasileiro da atualidade escreveu estar destruído psicologicamente depois da eliminação.

“Aquilo partiu meu coração de uma maneira que eu também fiquei destruído psicologicamente e queria encontrar alguma forma de poder ajudá-lo” completou.

Atual dono de dois clubes de futebol (Cruzeiro e Valladolid-ESP), Ronaldo passou pela mesma pressão que vive atualmente o camisa 10. Depois da derrota na final de 1998 para a França, ouviu várias teorias sobre a convulsão que teve horas antes do jogo. Foi duramente criticado também pela sua forma física e excesso de peso quando a seleção foi derrotada mais uma vez pelos franceses, nas quartas de final de 2006.

Neymar disse não saber se continua na seleção e participa do ciclo até o torneio de 2026, a ser sediado por Canadá, Estados Unidos e México. Antes da viagem ao Qatar, o atacante já havia sinalizado que o Mundial deste ano poderia ser o último da sua carreira.

Ronaldo acredita que o craque do Paris Saint-Germain vai voltar a vestir a camisa amarela.

“Entendo o momento que todos estão passando, principalmente o Neymar. A carga é muito maior em cima dele. É normal estar deprimido, triste, talvez até sem vontade de jogar e sem planejar nada para o futuro. Mas isso vai passar. Essa decepção há de ser temporária. Ele vai voltar com o tesão de sempre e com a vontade de sempre”, garantiu.

O pentacampeão também comentou a falta de apoio psicológico aos jogadores durante o Mundial, tratamento que deve ser feito, segundo ele, de forma contínua, não apenas durante o campeonato.

“Eu não acho que esse tratamento seja curto, seja especificamente para competição. O que eu indicaria para os atletas, é ter esse acompanhamento na sua vida”, diz.

Ronaldo afirma que faz tratamento com psicoterapia há quase três anos devido ao acúmulo de funções no trabalho.

“Então eu indicaria assim, para você ter na vida um psicólogo com quem você possa abrir as coisas, suas necessidades, dúvidas, pode te esclarecer muito, te ajudar muito. Não um psicólogo do futebol que está ali um mês. Isso eu não sei se pode ajudar muito.”

O técnico Tite foi criticado por não incluir psicólogos em sua delegação rumo ao Qatar desde antes do início do Mundial. Após a derrota no jogo contra a Croácia nas quartas de final, houve ainda mais contestação em cima de sua decisão —a mesma tomada em 2018, na Copa do Mundo da Rússia.

Ronaldo também comentou a fala de Kaka à BeIN Sports, da Inglaterra, quando disse que o Fenômeno, no Brasil “é só mais um cara gordo andando por aí”. Ele se referia a uma suposta desvalorização dos brasileiros em relação à seleção e seus talentos, enquanto em países estrangeiros os grandes nomes do futebol verde e amarelo são valorizados.

Ronaldo pontuou que assistia o programa ao vivo quando a fala ocorreu e não viu problemas nas declarações do amigo. Além disso, também falou que o inglês e Kaka “não estava grandes coisas” – o que não não teria o ajudado a se expressar adequadamente.

“Talvez ele quisesse se referir a um tratamento que todos nos recebemos enquanto brasileiros bem sucedidos no exterior. Talvez culturalmente nós recebamos um tratamento mais especial fora do Brasil do que no próprio Brasil”, disse. “Ali eu achei que ele estava meio que enrolado na hora de passar essa ideia do que ele estava querendo dizer, mas logicamente a tradução nua e crua ficou uma tradução feia.”

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Copa de 2026 pode ter a mesma base da seleção brasileira – 12/12/2022 – Esporte

Com a saída do técnico Tite após a eliminação pela Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar, o novo treinador deve ser anunciado em janeiro pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. E os trabalhos do comandante já começam em fevereiro, com a convocação para a primeira data Fifa do ano, entre 20 e 28 de março.

A tendência é que, independentemente de quem assuma o cargo, a base da seleção brasileira seja formada por jogadores que disputaram o torneio no Qatar.

Como será início de um novo ciclo até a Copa do Mundo de 2026, a ser realizada de forma compartilhada nos Estados Unidos, Canadá e México, o treinador deverá seguir a linha de trabalho de Tite até que consiga convocar novos jogadores e, então, impor seu estilo de jogo.

O certo é que os atletas mais velhos do grupo, casos de Daniel Alves (39), Thiago Silva (38), Weverton (34) e Everton Ribeiro (33), não deverão ter chances de disputar mais um Mundial —não devem ser chamados.

No gol, Alisson, de 30 anos, deve continuar como titular, com Ederson (31) como sombra. A questão vai ser encontrar outros nomes para a posição que tenham nível para ir à Copa. Os outros sete goleiros convocados por Tite nos últimos seis anos são mais velhos que o camisa 1 no Qatar: Neto (Bournemouth-ING), de 33 anos; Santos (Flamengo), 32; Alex Muralha (Coritiba), 33; Cássio (Corinthians), 35; Diego Alves (Flamengo), 37; Marcelo Grohe (All Ittihad-ARS), 35; e Danilo Fernandes (Bahia), 34.

Se nenhum novo nome surgir nos próximos anos, as chances de entrar na lista recaem sobre João Paulo (27), do Santos, e Hugo (23), do Flamengo; além dos campeões olímpicos que ficaram na reserva de Santos em Tóquio-2020: Brenno (23), do Grêmio; e Lucão (21) do Vasco.

No entanto, a maior dor de cabeça para o novo comandante brasileiro será nas duas laterais, a posição mais carente da seleção. No Qatar, as lesões de Danilo (31), Alex Sandro (31) e Alex Telles (29) foram indícios do que pode acontecer em 2026.

Os três laterais também estão na faixa dos 30 anos e até teriam condições de atuar no próximo Mundial, mas outros nomes certamente entrarão na disputa, como Guilherme Arana (25) e Renan Lodi (24), na esquerda, e Emerson Royal (23), na direita, que já foram convocados por Tite. Arana, por sinal, só não foi para o Qatar porque se lesionou pouco antes da convocação.

Além deles, o palmeirense Gabriel Menino (22), que pode ser lateral ou volante, e Emerson Palmieri (28), lateral esquerdo do West Ham-ING, são nomes a serem observados.

Na zaga, com a saída de Thiago Silva, em tese Marquinhos e Eder Militão devem formar a dupla titular, com outros nomes já conhecidos correndo por fora, como Bremer, que foi reserva no Qatar, Gabriel Magalhães (Arsenal-ING), Diego Carlos (Aston Villa-ING), Rodrigo Caio (Flamengo) e Nino (Fluminense), campeão olímpico em Tóquio-2020.

No meio de campo, Casemiro terá 34 anos no próximo Mundial e, se sua forma física possibilitar, ainda pode comandar a cabeça de área. Outros nomes que têm grandes chances são Bruno Guimarães e Lucas Paquetá, ambos atualmente com 25 anos. Já Fred e Fabinho, que terão 33, encontrarão forte concorrência dos mais jovens, como Danilo, do Palmeiras, e João Gomes, do Flamengo, ambos de 21 anos.

Numa função de armação das jogadas, alguns nomes têm grande chance de voltar a ser chamados. Aí terão de convencer a comissão técnica de que podem fazer a diferença. Preterido por Tite este ano, o palmeirense Raphael Veiga (27) é um desses nomes, assim como Gustavo Scarpa (28), um dos destaques do Brasileirão 2022.

Os outros são Claudinho (25), do Zenit-RUS; Reinier (20), do Girona-ITA, Douglas Luiz (24), do Aston Villa-ING, e Andreas Pereira (26), do Fulham-ING.

Como neste ano, o novo comandante terá opções para escolher os atacantes. Neymar, por exemplo, terá 34 anos em 2026, mas ainda não se decidiu se continuará vestindo a camisa amarela. Em caso positivo, e se estiver em boas condições físicas, ele certamente será chamado.

Todos os outros jogadores de frente que foram ao Qatar possuem condições de estar novamente nos EUA, Canadá e México. Porém, vários outros nomes devem aparecer pelo caminho, colocando as vagas em disputa ferrenha.

Apesar de muito jovem, um atacante já tem chamado atenção do futebol mundial e pode ser até titular em 2026 é o palmeirense Endrick, de apenas 16 anos. Nesta temporada, ele se tornou o único jogador da história do Palmeiras a ser campeão em todas as categorias do clube, inclusive do time principal, com o Brasileirão. E ainda foi eleito a revelação do campeonato.

Seu futuro será definido nas próximas semanas, mas é praticamente certo que ele fará companhia a Vinicius Junior e Rodrygo no Real Madrid a partir de 2024, quando completar 18 anos. Esse, inclusive, pode ser o trio de ataque do Brasil no Mundial.

Mas não é só Endrick que está despontando. Alguns outros jovens, como Vitor Roque (17), do Athletico-PR; Ângelo (17) e Marcos Leonardo (17), do Santos; e Yuri Alberto (21), do Corinthians, estão em crescimento constante e certamente serão observados mais de perto.

Além deles, há também os outros jogadores que já tiveram passagem pela seleção, como o campeão olímpico Matheus Cunha (23), do Atlético de Madrid-ESP, Gabigol (26), do Flamengo, David Neres (25), do Benfica-POR, e Paulinho (22), do Bayer Leverkusen-ALE.

Como é possível observar, quem quer se seja o novo treinador, brasileiro ou estrangeiro, a tarefa de encontrar a seleção ideal não será fácil. Seja por falta de opções, como no gol e nas laterais, ou por excesso, como no ataque.

De qualquer forma, como sempre, o Brasil chegará ao próximo mundial como favorito. Se vai conseguir conquistar o tão sonhado hexacampeonato, só o tempo dirá. Mas otimismo e confiança nunca faltarão.

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Ataque ineficaz é responsável pela queda do Brasil na Copa – 11/12/2022 – O Mundo É uma Bola

A Copa do Mundo se aproxima de seu final (faltam quatro jogos) e quatro países continuam na luta pela Taça Fifa. O Brasil não é um deles. Caiu nos pênaltis, diante da Croácia, na sexta-feira (9).

Sempre que a seleção brasileira é eliminada de uma Copa, comentaristas/analistas/jornalistas buscam uma explicação, ou mais de uma, para que isso tenha acontecido.

Na cabeça do brasileiro, não estar pelo menos na final é um desastre, uma tragédia, um 7 a 1. Algo inconcebível, difícil de mastigar, engolir e digerir.

Afinal, o Brasil é o mais vitorioso em Copas (cinco), o único a ter disputado todas as Copas (22), o que mais disputou partidas em Copas (114), o que mais jogos ganhou em Copas (76), o que mais gols marcou em Copas (237).

Somos os melhores. Somos o país do futebol. Como não ganhamos?

Não ganhamos porque o futebol não é ciência exata e porque a Copa do Mundo, com seus mata-matas a partir das oitavas de final, equilibra as forças. Invariavelmente, há uma surpresa, ou mais de uma.

Nesta Copa, a do Qatar, a queda do Brasil em uma partida eliminatória não foi a única de um favorito. Teve a Espanha, que parou em Marrocos, também nos pênaltis, depois de empolgar com um 7 a 0 na estreia diante da Costa Rica. Portugal idem, parou em Marrocos.

A seleção de Tite (que agora não é mais de Tite) chegou a animar ao golear a Coreia do Sul nas oitavas, depois de uma primeira fase não muito auspiciosa (vitórias difíceis sobre Sérvia e Suíça e derrota para Camarões, esta com titulares poupados).

Animação efêmera, de três dias de duração. Diante dos croatas, a equipe voltou a pecar no quesito que, a meu ver, foi determinante para sair da Copa: a falta de gols.

Óbvio, dirá o leitor. Futebol é bola na rede, né?

A questão é que, fazendo uma adaptação com a famosa frase de Chacrinha, o Velho Guerreiro, “quem não finaliza (bem) se trumbica”.

Neste Mundial o Brasil, apesar de criador e finalizador (não se pode acusar a seleção de não buscar o gol incessantemente), teve uma dificuldade tremenda –exceção ao primeiro tempo do duelo com os sul-coreanos– de “sair para o abraço”. Ou, no caso desta seleção, “sair para a dancinha”.

Contra a Croácia, as tentativas de gol pulularam. De acordo com a Opta (empresa britânica de dados estatísticos esportivos), o Brasil finalizou 21 vezes. Onze, ou mais da metade, tiveram a direção certa, mas só uma bola entrou.

O goleiro Livakovic destacou-se, como tinham se destacado os goleiros Milinkovic-Savic (Sérvia), Sommer (Suíça) e Epassy (Camarões).

Porém quem faz do goleiro o nome do jogo é quem ataca. Por mais que o goleiro seja bom, a maioria das bolas que ele defende são as que vão na sua direção (alguns aceitam até essas, tornando-se frangueiros). O goleiro joga quase sempre centralizado. Se a bola vai forte, no canto, dificilmente ele salva.

Livakovic fez uma dezena de defesas, mas nenhuma espetacular, de bola que foi no ângulo. Neymar (é fácil colocar a culpa nele, mas não é só dele), Vinicius Junior, Lucas Paquetá, Casemiro (já no fim da prorrogação), todos eles finalizaram mal, em cima do camisa 1 croata. O demérito é de quem chutou.

A era Tite termina meio “déjà vu”. Na Copa de 2018, na derrota para a Bélgica nessa mesma fase, a de quartas de final, a seleção finalizou 27 vezes, nove delas na direção do gol, e uma única vez a bola entrou. Courtois fez duas ótimas defesas, o resto foi incompetência dos brasileiros.

Virá um novo técnico, talvez Neymar não esteja mais presente (para mim, estará, pois vai querer superar o número de gols de Pelé pela seleção), alguns jogadores não devem mais ser convocados, e outros, mais jovens, permanecerão ou chegarão.

Será prioridade na caminhada até a Copa de 2026, quando o Brasil completará 24 anos sem erguer a taça (igualando o jejum de 1970 a 1994), além de manter o alto número de chutes (ou cabeçadas) a gol, acertar o pé (ou a cabeça).

Tem como fazer isso? Há de ter, ou na Copa na América do Norte a avaliação será similar a de agora: “Fomos melhores, mas faltaram gols. Perdemos”.


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Em carta a Tite, Daniel Alves diz que não mudaria nada – 10/12/2022 – Esporte

O lateral direito Daniel Alves se manifestou na sexta-feira (9) e neste sábado (10) nas redes sociais, após a eliminação da seleção brasileira na Copa do Mundo do Qatar –derrota para a Croácia nos pênaltis. Primeiro, o jogador publicou uma carta de agradecimento ao técnico Tite, que deixou o comando da equipe após a queda no Mundial. Depois, fez o mesmo para o atacante Neymar.

O jogador diz que não mudaria nada na “última viagem” que fizeram, que é a ida para a Copa do Mundo, e deseja sorte ao treinador. “Que o senhor possa ter a paz que eu também levarei comigo, a paz do dever cumprido e da missão executada”, diz trecho da carta.

Para Neymar, Daniel Alves colocou uma foto junto com a mensagem e escreveu que Neymar “tem uma missão aqui na Terra”.

“A dor, assim com a felicidade, são passageiras, mas a nossa missão é não permitir que a dor seja mais do que a felicidade”, diz o trecho da carta.

Aos 39 anos, Daniel Alves disputou contra a Coreia do Sul, nas oitavas de final, a sua última partida pela seleção brasileira e se tornou o jogador mais velho a atuar pelo Brasil em Copas do Mundo.

Leia a mensagem de Daniel Alves para Tite:

Querido Adenor, escrevo-lhe essa mensagem aqui para agradecer-lhe tudo que fizeste por esse querido grupo todos esses anos.

Esse abraço é o significado mais puro do que o sr representa para mim é para esse grupo de seres humanos especiais.

Especiais por suas particularidades, por seus caráter, por sua humildade e sobretudo pelas histórias de superação e pelas grandes almas que existem por trás da telinha.

Existem medalhas que não se coloca no peito e sim na alma e essa é uma.

Obrigado por nos ensinar a como ser homens, país, filhos, amigos, irmãos e seres humanos… pode ser que isso, nos tempos do hoje, não tenha valor nenhum, ou pode ser que ainda existam seres que ainda acreditem o quão isso é valioso e importante.

Essa é a nossa última viagem aqui e posso te falar; não mudaria nada.

Desejo-lhe tudo de maravilhoso e mais puro nessa vida e na outra.

Que o sr possa ter a paz que eu também levarei comigo: a paz do dever cumprido e da missão executada.

O resultado de um jogo nunca mudará o placar das nossas vidas.

Todo esse tempo dedicado de corpo e alma traz a paz que faz-nos seguir nossos caminhos de lutas e glórias.

E sim, essa é uma carta aberta não somente para que o sr possa ler, mas para que todos saibam que os seus valores não estão nem nunca serão medidos em debates.

Com muito carinho e respeito, obrigado por todos esses anos juntos em prol de representar o melhor país do mundo.

Leia a carta escrita pelo lateral para o atacante Neymar.

Coloco essa imagem primeiro porque é assim que sempre quero lembrar de você e quero que também todos lembrem assim de você.

Você é exemplo de brasileiro que saiu do nada e conquistou mais do que sonhou.

Chorar é parte do processo, mas sorrir é o que faz com que lembremos que todo o sacrifício que fizemos valeu a pena.

Muitas vezes o troféu faz muitas pessoas se equivocarem, achando que são melhores do que as outras porque ganharam… mas não, não sabem que isso é apenas uma distração que alimenta continuamente os seus egos.

Ganhar para mim que sou considerado o maior vencedor da história desse esporte significa inspirar pessoas, assim como você, @neymarjr, faz.

Os maiores troféus das nossas vidas sempre serão as pessoas que consiguimos impactar nessa sociedade através do nosso exemplo.

É para isso que DEUS nos deu o nosso dom.

Você não tem apenas um compromisso com o futebol, você tem um compromisso com a sua missão aqui na terra…. Execute-a com sabedoria.

A dor, assim com a felicidade, é passageira, mas a nossa missão é não permitir que a dor seja mais do que a felicidade… mesmo que momentaneamente, mas a vida é feita de momentos.

Deixa que doa, deixa que passe e volte pra sua missão!!

Amo o seu coração meu irmão.

A rede social é para poder mostrar o que queremos que saibam de nós, sem mentiras nem achismos.

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Neymar é camisa 10 que nunca brilhou em Copas – 10/12/2022 – Esporte

Minutos após a abertura da Copa de 2014, o pai de Neymar, de mesmo nome, recebeu mensagem em grupo de WhatsApp de funcionários da sua empresa. Um deles elogiava a atuação do atacante e bajulava:

“Se a Copa do Mundo no Brasil é um sucesso, isso se deve, em grande parte, ao seu filho.”

Neymar havia acabado de fazer seu primeiro jogo em Mundiais. O Brasil vencera a Croácia por 3 a 1, com dois gols dele. Atuando em casa, a seleção era favorita ao título na mesma proporção em que o camisa 10 era candidato a craque da competição.

“Estou destruído psicologicamente. Essa, com certeza, foi a derrota que mais doeu, que me fez ficar paralisado durante 10 minutos e logo após caí no choro sem parar”, escreveu o brasileiro neste sábado (10), em sua conta no Instagram.

Um dia antes o Brasil havia sido eliminado pela mesma Croácia nas quartas de final da Copa do Qatar, nos pênaltis. Por ficar responsável pela quinta cobrança, ele nem sequer participou da disputa. No empate em 1 a 1, anotou o gol da equipe verde e amarela na prorrogação.

“Obrigado a todos pelo apoio com a nossa seleção. Infelizmente não deu… Vai doer por muito tempo, muito tempo”, completou.

Neymar chegou ao Qatar depois de dizer que este seria seu último Mundial embora, aos 30 anos, tenha idade para participar da competição a ser sediada por Estados Unidos, Canadá e México em 2026. Mas craques da seleção do passado não conseguiram estar em uma Copa aos 34.

Pelé disputou sua última em 1970, quando estava a três meses de completar 30 anos. Garrincha foi à Inglaterra, em 1966, com 33. É a mesma idade de Didi no Chile, em 1962, e de Zico em 1986. Na Argentina, em 1978, Rivellino estava com 32 anos. Ronaldo havia chegado aos 30 na Alemanha, em 2006, enquanto Ronaldinho Gaúcho tinha apenas 26.

Romário poderia ter sido campeão em 2002, com 36, mas não foi chamado, de forma controversa, por Luiz Felipe Scolari.

Dirigentes da CBF não têm ideia do que Neymar espera de seu futuro com a seleção. Após a eliminação diante da Croácia, ele disse não saber se volta. A declaração foi vista como normal pelo calor do momento, logo após a queda que o afetou muito.

Até agora, o saldo de Neymar em Copas não era o que poderia ser. Ou o que a mensagem bajulatória que o seu pai recebeu logo depois da estreia em 2014 sugeria.

No torneio no Brasil, ele teve uma boa fase de grupos, mas sua ascensão foi interrompida por contusão nas quartas de final, diante da Colômbia. Isso o poupou de tomar parte na goleada por 7 a 1 aplicada pela Alemanha na semifinal.


Neymar na Copa

  • Jogos: 3
  • Tempo jogado: 281 minutos
  • Finalizações totais: 10
  • Finalizações no gol: 7
  • Gols: 2
  • Faltas sofridas: 16
  • Faltas cometidas: 4
  • Passes longos: 3 (66,7% de acerto)
  • Passes curtos: 139 (81,3% de acerto)

Na Rússia, quatro anos mais tarde, teve Mundial tão discreto que ficou lembrado pelas simulações de faltas e os memes na internet. Sofreu lesão no tornozelo direito na estreia deste ano, diante da Sérvia. Voltou nas oitavas de final contra a Coreia do Sul e fez um belo gol diante contra a Croácia, apesar da eliminação.

Ele tem oito gols marcados na história do torneio, em 13 partidas. Foram quatro em 2014, dois em 2018 e outros dois no Qatar, em 2022. Ao lado de Rivaldo, é o 6º maior artilheiro da seleção em Copas. Fica atrás de Ronaldo (15), Pelé (12), Ademir de Menezes, Vavá e Jairzinho (todos com nove).

Os números não mostram o principal. Neymar não tem nenhum instante memorável nos três Mundiais que participou. Teve jogadas esporádicas, não atuações de brilho. Se ele é o maior candidato brasileiro a ser eleito melhor do mundo e o principal jogador do país, deve ser medido com a mesma régua de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.

O português se despediu da competição neste sábado (10) sem ter o título mais importante do futebol. O argentino, também em seu adeus, está na semifinal.

A avaliação da comissão técnica da seleção, antes mesmo do embarque para o Qatar, era que Neymar tem plenas condições técnicas de jogar mais um Mundial. A questão a ser respondida é se terá condição física que o manterá no auge até lá. Além da vontade pessoal, claro.

“Não sei se voltarei a jogar no Brasil. Gostaria de jogar nos Estados Unidos, realmente. Gostaria de jogar lá por pelo menos uma temporada”, disse no início deste ano.

Apesar dos questionamentos e não ter tido uma grande Copa do Mundo no Qatar, ele sai do torneio ainda como a maior referência técnica e líder do elenco.

“Ele é o ídolo de todo mundo, nosso melhor jogador”, comentou Vinicius Junior.

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Tite se despede com dois ótimos ciclos e duas Copas decepcionantes – 10/12/2022 – Esporte

São muito bons os números gerais de Tite, 61, na seleção. Contratado em 2016, para levantar um time em apuros após o adeus desastroso de Luiz Felipe Scolari e a má passagem de Dunga, Adenor Bacchi permaneceu seis anos como o técnico do Brasil, com 60 vitórias, 15 empates e 6 derrotas. O aproveitamento é de 80,2%, com média de 2,15 gols marcados por jogo e excepcional 0,37 sofrido.

Os grandes objetivos, no entanto, não foram alcançados.

Em dias infelizes da equipe, com decisões questionáveis do comandante, a caminhada na Copa do Mundo acabou duas vezes nas quartas de final. Em 2018, na Rússia, a Bélgica surpreendeu com alterações táticas na escalação e venceu por 2 a 1. Na última sexta-feira (9), no Qatar, erros estratégicos cobraram alto preço no empate por 1 a 1 com a Croácia, seguido de derrota nos penais.

Como havia ocorrido há quatro anos, o treinador procurou, à sua maneira, com o cuidado de não usar esta palavra, creditar o revés ao imponderável. “O futebol te permite um chute desviado, na única finalização [do adversário], e o teu goleiro não fazer nenhuma defesa durante o jogo”, afirmou.

De fato, de acordo com dados da empresa de dados esportivos Opta, os croatas só acertaram uma bola na meta de Alisson, que não reagiu com a agilidade necessária para impedir o gol, já no final da prorrogação. Mas Tite não conseguiu explicar por que o veterano meio-campista Modric, 37, conseguiu ditar o ritmo de porções significativas da partida em Doha.

O treinador também se recusou a admitir as péssimas escolhas adotadas por seus jogadores no lance em que os croatas buscaram o empate, aos 12 minutos do segundo tempo extra. Até Neymar observou o óbvio: atacar com seis homens, vencendo, a três minutos das semifinais da Copa, não foi uma escolha particularmente inteligente.

É possível que proteger os atletas tenha sido uma das motivações da truncada análise que ofereceu sobre o lance, mas a dificuldade em assumir erros acompanha o competente treinador ao longo de sua carreira. Algo que se repetiu no Qatar, na tentativa de justificar uma convocação desequilibrada, mesmo com a inédita possibilidade de levar 26 jogadores ao Mundial.

Foram nove atacantes, apenas quatro zagueiros e três laterais aptos a jogar partidas de verdade. Daniel Alves, 39, só esteve em campo quando o duelo não valia nada –contra Camarões, na primeira fase, com a classificação assegurada– ou quando o dia estava resolvido –entrou contra o Coreia do Sul, no segundo tempo das oitavas de final, com o placar em 4 a 0.

No momento crucial, sua presença em campo não foi nem cogitada. Chamado pela boa relação com os companheiros, viu do banco a seleção ser escalada com improvisações nas duas laterais: a direita ficou foi ocupada pelo beque Éder Militão; a esquerda ficou com o lateral direito Danilo. Se não era fácil prever as lesões que atrapalharam a caminhada, preparar-se para elas estava ao alcance.

Claro, a história seria outra se o chute de Petkovic não tivesse sido desviado em Marquinhos. Se Alisson tivesse exibido maior rapidez para reagir a uma bola que não era indefensável. Se Casemiro percebesse que é melhor estar suspenso das semifinais do que eliminado da Copa –ele teve a chance de fazer a falta em Modric, o que provavelmente lhe renderia cartão e gancho automático.

A eliminação de 2018, como quase todas, também teve os seus “se”. Fernandinho, como Casemiro, teve oportunidade de parar um contra-ataque e preferiu não o fazer. Renato Augusto teve nos pés a bola do empate e falhou. Mas a Bélgica –que surpreendeu Tite com Lukaku aberto e De Bruyne adiantado– já tinha construído boa vantagem. Quando o Brasil reagiu, era tarde.

Na ocasião, como agora, o gaúcho evitou apontar erros próprios. Disse que o goleiro belga “Courtois estava iluminado”, reclamou de pênalti em Gabriel Jesus (em quem insistiu até o fim, como fez nas últimas semanas com Raphinha, apesar do nível decepcionante) e voltou a falar de azar. Do jeito Tite. Sem usar essa palavra. “Não gosto de falar em sorte…”, declarou. “Futebol tem o aleatório.”

O trabalho, porém, era sólido. Contratado por causa de seu histórico retrospecto no Corinthians, o técnico assumiu a seleção na sexta colocação das Eliminatórias para o Mundial –após um fracasso com Dunga na primeira fase da Copa América de 2016– e a levou à Rússia como primeira colocada do classificatório sul-americano.

Por isso, tornou-se o primeiro treinador do time nacional a ter o contrato renovado depois de perder uma Copa do Mundo desde 1978. Respondeu com o título da Copa América de 2019, o vice da Copa América de 2021 e a melhor campanha da história das Eliminatórias da América do Sul no formato de pontos corridos, com incríveis 88,2% de aproveitamento em 17 jogos.

Nessa caminhada, virou também o técnico com maior tempo ininterrupto à frente da seleção: 2.290 dias entre a estreia, um triunfo por 3 a 0 sobre o Equador, fora de casa, pelas Eliminatórias, e o fracasso diante da Croácia. E chegou ao Qatar com a expectativa de brigar pelo título, com uma equipe temida.

A lesão de Neymar logo na primeira partida começou a atrapalhar os planos. O atacante de 30 anos voltou para o mata-mata, mas com evidentes limitações devido ao problema no tornozelo direito. Com o craque inteiro, a história poderia ter sido diferente? Mais um “se” para o técnico, que, em Copas, não tem mais do que as quartas de final para mostrar.

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Brasil x Argentina: o jogo que não veremos – 10/12/2022 – Tayguara Ribeiro

Desde que o sorteio dos grupos e chaves da Copa do Mundo do Qatar de 2022 foi realizado, uma eventual semifinal entre Brasil e Argentina foi o prognóstico mais constante entre analistas e torcedores e nos bolões. Talvez um misto de favoritismo das duas seleções e da expectativa para que o jogo ocorresse.

Juntas, as duas seleções têm sete títulos mundiais. Delas surgiram Pelé e Maradona e tantos outros grandes craques. Nos atuais elencos, Messi e Neymar. Dois países de muita tradição e paixão pelo futebol.

A semifinal seria épica. Por tudo que representam para o futebol mundial, mas também pela sonhada final que teima em não acontecer. Uma decisão de Copa desejada por muitos, eu entre estes tantos.

Mas o chaveamento do torneio de 2022 deixou bastante improvável que as seleções brasileira e argentina se encontrassem na última partida da competição. Por isso, a semifinal era cantada com antecedência.

Os dois times já se enfrentaram em Copas, mas não em uma partida com este peso. No primeiro duelo, em 1974, Brasil venceu por 2 a 1. No torneio de 1978, Brasil e Argentina ficaram no 0 a 0. Em 1982, o Brasil derrotou os argentinos por 3 a 1. No último encontro, a Argentina eliminou o Brasil do Mundial de 1990, nas oitavas.

No Qatar, seria uma semifinal de Copa. Depois de longos anos sem título as duas potências do futebol ficariam frente a frente, neste ano. Quem passasse estaria na grande final. Mas não veremos este jogo. Pelo caminho a Croácia. E um gol de contra-ataque.

Faltavam nem quatro minutos para o fim do segundo tempo da prorrogação. O Brasil estava na frente. “Vai subir para quê?”, é possível entender Neymar questionando após o gol dos croatas.

A eliminação nos pênaltis que chegou para o Brasil, quase chegou para os argentinos, que também tomaram o empate no finzinho do jogo. Mas o time de Messi passou. Cumpriu sua parte para a aguardada semifinal.

Esta é a segunda vez que o Brasil descumpre o “trato” de disputar uma decisão contra a seleção argentina, em Copas recentes. No Mundial de 2014, realizado por aqui, o chaveamento permitia que as duas seleções se encontrassem em uma final.

Na decisão, nossos vizinhos estavam lá, aguardando. O Brasil, no caminho, encontrou com a Alemanha… Bem, não precisamos lembrar do que ocorreu.

Depois de um pesadelo como a eliminação brasileira é natural a busca por culpados ou, ao menos, tentar entender o que aconteceu, já que o país era tido como um dos favoritos.

E, sobre isso, muito ainda vai ser dito nos próximos meses. Um dos pontos, certamente, é que faltavam só quatro minutos. Quatro minutos. “Vai subir para quê?”

Pós fato consumado, cabe olhar o que resta. E não vejo terra arrasada.

Diferentemente de outras eliminações, estamos diante de uma geração em começo de ciclo, e não no final. Paquetá, Vinicius Júnior, Anthony, Rodrigo e Raphinha são ainda novos. Existe uma geração mais jovem e bastante promissora. Alguns de 16, 17 anos. Jovens demais para 2022, mas em boa idade em 2026.

Não sabemos como estarão na próxima Copa. Nem os que disputaram o torneio do Qatar e nem as promessas que ainda precisam se concretizar. Mas, eliminado, só resta ao Brasil imaginar cenários com esses jogadores e se preparar para a próxima Copa.

E, quem sabe, nos EUA, no México e no Canadá a seleção consiga realizar o tão sonhado jogo contra a Argentina.


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Brasil: novo técnico deve ser anunciado em janeiro – 10/12/2022 – Esporte

O novo técnico da seleção brasileira será anunciado em janeiro e a decisão caberá apenas ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

O dirigente embarcou para o Brasil no voo que levou a comissão técnica e alguns atletas (não foram divulgados quantos). Ele se recusou a permanecer no Qatar após a eliminação da equipe da Copa do Mundo para a Croácia, nos pênaltis, nas quartas de final, nesta sexta-feira (9).

Rodrigues recusou sugestões de que poderia ouvir especialistas ou montar um conselho de ex-presidentes para decidir quem será o substituto de Tite. Já estava definido há meses que o técnico não continuaria no cargo após o Mundial.

O cartola argumenta que outros mandatários da confederação escolheram sozinhos os treinadores da seleção e ele fará o mesmo.

Embora não seja apaixonado pela ideia, Rodrigues pode chegar à conclusão de que o melhor é contratar um estrangeiro para comandar o time. A constatação é que não há um brasileiro incontestável para ocupar o espaço.

Pesquisa Datafolha feita em julho deste ano apontou que 55% da população rejeita essa solução estrangeira. Foram ouvidas 2.556 pessoas de 16 anos ou mais em 183 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

Depois da queda nas quartas de final, a seleção só deve voltar a entrar em campo em março de 2023. O adversário ainda será definido.

Ednaldo Rodrigues voltou no mesmo voo da comissão técnica porque considerou que este era seu último ato com Tite e não queria passar a impressão de que abandonou o barco logo após a derrota.

O representante da CBF nas reuniões que a Fifa ainda vai realizar no Qatar será o vice-presidente Fernando Sarney.

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Em clima melancólico, seleção brasileira deixa o hotel em Doha – 10/12/2022 – Esporte

Alguns funcionários do hotel, cerca de 60 profissionais de imprensa, nenhum torcedor. Nem o sol deu as caras. A temperatura estava na casa dos 21°. Ventava um pouco.

Em um cenário bem diferente da recepção calorosa que teve quando chegou no Qatar, a seleção brasileira deixou o Westin Doha Hotel & SPA na manhã deste sábado (10) em um clima melancólico após a queda nas quartas de final da Copa do Mundo, com a derrota nos pênaltis diante da Croácia, na sexta-feira (9).

As 11h30 no horário de Doha (5h30 de Brasília), o ônibus com a delegação brasileira deixou o hotel em direção ao aeroporto.


Nem todos os atletas estavam com o grupo. A CBF (Confederação Brasileira de Brasil) não divulgou os nomes, mas alguns deixaram o Qatar já na madrugada, em voos particulares, entre eles Vinicius Junior, Alisson, Alex Sandro, Bruno Guimarães, Éder Militão, Gabriel Martinelli.

O voo fretado com os brasileiros tem descolagem prevista para as 12h50 no horário local e uma escala prevista em Londres, na Inglaterra, onde alguns atletas devem desembarcar.

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