Tag: Copa do Mundo

Ney faz “rolês” e tratamento de lesão em alto mar

Em meio à árdua jornada de recuperação da séria lesão no joelho esquerdo, que adiará seu retorno aos campos até agosto de 2024, o astro da Seleção Brasileira, Neymar, de 31 anos, direciona sua energia para outras frentes.

O cruzeiro “Ney em alto mar” teve início na terça-feira (26), um passeio marítimo de três dias repleto de entretenimento, incluindo shows de artistas renomados como Péricles, Belo, Guimê e Orochi. A embarcação MSC Preziosa oferece ainda atrações como cinema 4D, cassino, academia, restaurantes, pista de boliche e simulador de carros de Fórmula 1, tudo isso na companhia do atleta do Al Hilal.

Os preços das cabines começavam em torno de R$ 5.000, podendo alcançar até cerca de R$ 30 mil. Os organizadores relatam que os cerca de 4,3 mil ingressos colocados à venda foram esgotados, resultando em um faturamento estimado acima de R$ 20 milhões. O embarque e desembarque ocorrem em Santos, com uma parada programada em Búzios, na Região dos Lagos, Rio de Janeiro.

Publicações nas redes sociais evidenciaram que Neymar embarcou no cruzeiro apoiado em uma muleta no braço direito, dispensando o apoio para ambos os braços, como ocorria nas últimas semanas.

O jogador sofreu a ruptura do ligamento cruzado anterior e do menisco do joelho esquerdo em outubro, durante a derrota da seleção brasileira por 2 a 0 contra o Uruguai nas Eliminatórias para a Copa de 2026.

O médico da Seleção Brasileira, Rodrigo Lasmar, responsável pela cirurgia de recuperação do atacante, estima que Neymar só estará pronto para voltar a campo em agosto de 2024, o que o torna indisponível para a Copa América, iniciada em 20 de junho nos Estados Unidos, onde o Brasil terá que competir sem seu principal jogador.

Embora afastado do futebol, Neymar evidencia, através das redes sociais, seu comprometimento com o tratamento da lesão durante o cruzeiro. Em uma postagem no Instagram na terça-feira, ele mostrou-se deitado em uma cama dentro do navio, com a perna esquerda envolta em um aparelho para acelerar a recuperação da lesão, com a legenda: “Tratamento no rolê, vale?”.

Transferido para o Al Hilal em agosto, Neymar, que teve sua transferência do PSG avaliada em cerca de 90 milhões de euros (R$ 484 milhões), estreou pelo novo time em setembro, após lesões musculares e compromissos com a seleção brasileira.

Com um salário estimado em 160 milhões de euros (R$ 860 milhões) por ano, Neymar disputou apenas cinco partidas pelo Al Hilal antes da lesão no Estádio Centenário, em Montevidéu. O histórico recente do jogador inclui 17 lesões mais graves desde 2014.

A ausência de Neymar pode complicar ainda mais a recuperação da seleção brasileira em 2024. A derrota para o Uruguai marcou a primeira de uma série inédita de três derrotas consecutivas em jogos classificatórios para o Mundial.

Em meio à crise institucional da CBF, com seu presidente afastado, a seleção enfrenta incertezas sobre o retorno de Neymar e a definição do treinador à beira do campo. Se Ancelotti, atualmente no Real Madrid, optar por permanecer na Europa, a CBF precisará decidir entre buscar um novo nome ou manter Fernando Diniz, que enfrenta desconfiança após o retrospecto negativo em 2023 e terá que lidar com a ausência de Neymar pelo menos até a segunda metade do ano.

Alemanha vive incertezas a 6 meses Eurocopa

Em 2024, a seleção da Alemanha se aproxima do aniversário de 10 anos da histórica conquista da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, com um sentimento agridoce. Após uma campanha brilhante, marcada pela icônica goleada por 7 a 1 sobre o Brasil e a vitória sobre a Argentina, a equipe encontra-se em um período de incertezas e apreensões a apenas seis meses da Eurocopa, que será realizada em solo alemão.

Desde o triunfo no Brasil, a Alemanha não conseguiu manter o mesmo desempenho em competições internacionais. Nas últimas duas Copas do Mundo (2018 e 2022), a equipe foi eliminada na fase de grupos, enquanto na última Euro (2020) caiu nas oitavas de final. O ano de 2023 registrou resultados desanimadores, com apenas três vitórias em 11 amistosos.

O comando técnico também passou por turbulências, com Hans Flick sendo demitido após a derrota para o Japão por 4 a 1. Sua gestão, iniciada após a era Joachim Löw, não conseguiu alcançar a consistência desejada, apesar de um bom início. A falta de resultados expressivos na Euro 2020 e na Copa do Mundo de 2022 contribuiu para a decisão da Federação Alemã de Futebol.

Alguns dos resultados negativos mais doloridos da trajetória dele ocorreram na Copa do Mundo no Qatar, onde ele desembarcou como o técnico mais bem pago entre os 32 treinadores que disputaram o torneio, com um salário anual de € 6,5 milhões (R$ 36 milhões na época).

O investimento não se traduziu em resultado. Com ele, a Alemanha estreou com derrota para o Japão, por 2 a 1, empatou com a Espanha, 1 a 1, e, embora tenha vencido a Costa Rica na rodada final, por 4 a 2, caiu logo na fase de grupos.

Uma série de documentários produzidos pela imprensa alemã acompanharam a trajetória dele no torneio e as imagens só aumentaram as críticas sobre Flick. Primeiro, foi apontada uma falta de conexão entre ele e o elenco. Depois, o técnico enfrentou uma zombaria por causa de uma cena em que mostra um vídeo de gansos voando para os atletas em um exercício para, supostamente, melhorar o trabalho em equipe.

ÍIkay Gündogan, 33, na época meio-campista do Manchester City e, atualmente, no Barcelona, era um dos líderes do elenco dirigido por Flick e admitiu que faltava sintonia com o comandante.

“Muitos dos nossos jogadores estão em uma luta mental consigo mesmos. Não há confiança entre eles, não há compreensão do momento, das decisões corretas em campo”, criticou Gündogan.

A chegada de Julian Nagelsmann como novo treinador trouxe uma vitória promissora sobre os Estados Unidos, mas a equipe encerrou o ano com três jogos sem vencer, aumentando a pressão sobre o técnico. A incerteza paira sobre a formação de um “núcleo forte” de jogadores e a identidade da equipe, questões levantadas por figuras como Ílkay Gündogan e Philipp Lahm.

À medida que a Eurocopa se aproxima, o desafio para Nagelsmann é monumental. A Alemanha precisa recuperar a confiança do elenco e reencontrar o caminho do sucesso. Com um contrato curto, até o final do torneio em solo alemão, a permanência de Nagelsmann está intrinsecamente ligada ao desempenho da equipe. Caso não consiga reverter o cenário atual, a seleção alemã corre o risco de ficar novamente sem rumo e sem comando.

 

1 ano após a Copa, como estão os jogadores daquele Brasil? – 21/12/2023 – O Mundo É uma Bola

Pouco mais de um ano atrás, o Brasil se viu surpreendido pela Croácia, permitindo ao adversário a igualdade em uma partida que tinha sob controle, e caiu nas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar.

Os croatas empataram em um contra-ataque no segundo tempo da prorrogação, depois de o volante Fred, que estava avançado, fora de posição, perder uma disputa de bola.

Nos pênaltis, com erros de Rodrygo e Marquinhos, veio a triste eliminação da seleção.

O time que jogou contra a Croácia foi este: Alisson; Éder Militão (Alex Sandro), Marquinhos, Thiago Silva e Danilo; Casemiro; Lucas Paquetá (Fred) e Neymar; Raphinha (Antony), Richarlison (Pedro) e Vinicius Junior (Rodrygo).

Pós-queda, a era Tite foi encerrada, e a equipe passou pela interinidade de Ramon Menezes e está agora em uma segunda, a de Fernando Diniz –a expectativa é que Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid, assuma em junho.

Passados 12 meses da Copa de 2022 e num cenário conturbado (o Brasil não vai bem nas Eliminatórias para a Copa de 2026), qual a situação dos atletas convocados para atuar no Mundial que acabou nas mãos da Argentina de Messi?

Luís Curro: Argentina mostra força mental e foco que faltaram ao Brasil

O Mundo É uma Bola analisou um a um os 26 jogadores, a fim de passar ao leitor um diagnóstico.

Quem não teve mais chance na seleção? Quem perdeu espaço e quem ganhou? Quem mudou de time e quem ficou? Qual a situação dos “vilões” Fred, Rodrygo e Marquinhos? A base da seleção está ou não mantida?

Saiba a seguir.

Goleiros

Alisson (31 anos): Permanece como titular do Liverpool, vice-líder do Campeonato Inglês. Na seleção brasileira de Fernando Diniz, perdeu a vaga para Ederson. É a primeira opção de banco.

Ederson (30 anos): Permanece como titular do Manchester City, atual campeão inglês e europeu e finalista do Mundial. Ganhou a titularidade na seleção brasileira –não atuou contra Colômbia e Argentina, nos últimos jogos de 2023, porque estava contundido.

Weverton (36 anos): Permanece como titular do Palmeiras, atual campeão brasileiro. Não foi chamado para a seleção desde que o interino Diniz assumiu.

Laterais

Danilo (32 anos): Continua como titular da Juventus, vice-líder do Campeonato Italiano, atuando como zagueiro em um esquema 3-5-2. Prossegue como opção para a seleção.

Daniel Alves (40 anos): Acusado de estupro, está detido na Espanha desde janeiro e, consequentemente, afastado do futebol. Seu julgamento será em fevereiro de 2024.

Alex Sandro (32 anos): No esquema 3-5-2 da Juventus, é atualmente reserva do sérvio Kostic na ala esquerda. Não figurou mais nos planos da seleção.

Alex Telles (31 anos): À época da Copa estava no Sevilla, emprestado pelo Manchester United, que depois o negociou com o Al Nassr, time em que joga o português Cristiano Ronaldo. É titular do vice-líder do Campeonato Saudita. Não teve chance na seleção de Fernando Diniz.

Zagueiros

Marquinhos (29 anos): Permanece como titular do Paris Saint-Germain, líder do Campeonato Francês, e também da seleção brasileira.

Thiago Silva (39 anos): Deu a entender depois da Copa que sua participação na seleção estava encerrada. Continua como titular do Chelsea, décimo colocado no Campeonato Inglês.

Éder Militão (25 anos): Titular do Real Madrid, teve lesão séria no joelho em agosto e desde então não jogou pelo clube nem pela seleção.

Bremer (26 anos): Titular da Juventus, vice-líder do Campeonato Italiano, esteve nas duas mais recentes convocações de Fernando Diniz, porém ficou todo o tempo na reserva.

Volantes

Casemiro (31 anos): Continua como titular do Manchester United, sétimo colocado no Campeonato Inglês, e da seleção brasileira, da qual é o capitão. Está lesionado na coxa desde o começo de novembro e só volta a jogar em 2024.

Bruno Guimarães (26 anos): Permanece como titular do Newscastle, sexto colocado no Campeonato Inglês, e tem sido o nome preferido para formar, com Casemiro, a dupla de volantes na seleção.

Fred (30 anos): Negociado pelo Manchester United com o Fenerbahce, é titular do time da Turquia, que lidera o campeonato do país. Quando ele atuou, a equipe ganhou todas as 18 partidas disputadas. Não teve mais chance na seleção depois da Copa.

Fabinho (30 anos): Negociado pelo Liverpool com o Al Itthad. É titular do quinto colocado do Campeonato Saudita. Não teve mais oportunidade na seleção depois da Copa.

Meias

Lucas Paquetá (26 anos): Investigado na Inglaterra por suposto envolvimento em apostas esportivas, foi deixado de lado por Fernando Diniz nas convocações para a seleção brasileira. Continua atuando normalmente pelo West Ham, oitavo colocado no Campeonato Inglês, e faz boa temporada no time londrino.

Éverton Ribeiro (34 anos): Prossegue no Flamengo, que terminou o Campeonato Brasileiro em quarto lugar. Não figurou mais na seleção depois da Copa.

Atacantes

Neymar (31 anos): Deixou o PSG e decidiu se aventurar na Arábia Saudita, no Al Hilal, que lidera o campeonato local. Sofreu lesão grave no joelho em jogo da seleção brasileira contra o Uruguai, em outubro, e ficará afastado do futebol até a metade de 2024.

O Mundo É uma Bola: Seleção ainda precisa de Neymar, e vice-versa

Richarlison (26 anos): Continua no Tottenham, quinto colocado no Campeonato Inglês. Passou por má fase, de seca na artilharia, que o deixou na reserva do clube londrino e resultou na exclusão da mais recente lista da seleção. Reencontrou o caminho do gol neste mês.

Raphinha (27 anos): Continua no Barcelona, terceiro colocado no Campeonato Espanhol, e é titular. O mesmo na seleção brasileira.

Vinicius Junior (23 anos): Continua no Real Madrid, vice-líder do Campeonato Espanhol, e é titular. O mesmo na seleção brasileira. Lesionou-se na coxa no mês passado, em jogo das Eliminatórias diante da Colômbia, e está sem atuar desde então. A previsão de volta é fevereiro.

Rodrygo (22 anos): Continua titular no Real Madrid. Tem sido titular também da seleção brasileira.

Antony (23 anos): É titular do Manchester United, sétimo colocado no Campeonato Inglês. Chegou a ser convocado por Fernando Diniz em agosto, mas foi descartado depois de estourar na Inglaterra o caso da suposta agressão do atleta a uma ex-namorada.

Gabriel Jesus (26 anos): Permanece como titular do Arsenal, líder do Campeonato Inglês, e esteve com a seleção de Diniz nos jogos mais recentes.

Pedro (26 anos): Titular do Flamengo, quarto colocado no Brasileiro deste ano. Não teve chance na seleção de Diniz.

Gabriel Martinelli (22 anos): Prossegue como titular do Arsenal, líder do Campeonato Inglês, e ganhou espaço na seleção devido à contusão de Vini Jr.

Técnico

Tite (62 anos): Afastou-se do futebol depois da queda na Copa, retornando na reta final do Campeonato Brasileiro, depois de acerto com o Flamengo.

O Mundo É uma Bola: ‘Venci como ninguém vence’, pode dizer Tite a seu favor

E nota-se que oito atletas, do meio para trás, parecem definitivamente fora do radar: Weverton, Daniel Alves, Thiago Silva, Alex Sandro, Alex Telles, Fred, Fabinho e Éverton Ribeiro. Todos têm 30 anos ou mais.

A seleção que jogou contra a Argentina, na partida mais recente do Brasil, foi: Alisson; Emerson Royal, Marquinhos (Nino), Gabriel Magalhães (Joelinton) e Carlos Augusto; André e Bruno Guimarães (Douglas Luiz); Raphinha (Endrick), Gabriel Jesus, Rodrygo e Gabriel Martinelli (Raphael Veiga).

Nessa escalação, atuaram (e como titulares) sete dos chamados para o Qatar: Alisson, Marquinhos, Bruno Guimarães, Raphinha, Gabriel Jesus, Rodrygo e Martinelli.

O que mostra que no papel, pelo menos até agora, não houve mudanças tão significativas assim em relação àquele time.

Após contusão, Neymar vai ser operado e não joga mais nesta temporada

O jogador do Paris Saint-Germain (FRA) Neymar não joga mais na atual temporada da Europa. Após sofrer uma contusão, o atacante da Seleção vai passar por cirurgia no tornozelo direito e ficará afastado do futebol por até quatro meses, segundo informou o seu clube. Como o Campeonato Francês e a Champions League terminam em maio, ele não terá tempo para jogar nesses torneios.

Segundo o departamento médico do OSG, Neymar precisa da cirurgia para recuperar o ligamento e evitar que o problema se repita no futuro. “Todos os especialistas consultados confirmaram a necessidade”, disse o PSG em nota.

A operação será feita em Doha, capital do Qatar. O PSG pertence ao fundo soberano do país, controlado pela família real.

Neymar torceu o tornozelo em 20 de fevereiro, em partida contra o Lille, pelo Campeonato Francês. A preocupação é com as repetidas contusões no mesmo local. Ele teve problema parecido na Copa do Mundo e não atuou diante da Suíça e Camarões, na fase de grupos.

Alexia Putellas é eleita pela 2ª vez a melhor do mundo

Alexia Putellas, 29, jogadora do Barcelona e da seleção da Espanha, foi eleita nesta segunda-feira (27) pela segunda vez consecutiva como a vencedora do prêmio The Best, da Fifa, como melhor jogadora de futebol do mundo em 2022.

Putellas, que também é a atual Bola de Ouro feminina, honraria entregue pela revista francesa France Football, superou a inglesa Beth Mead e a americana Alex Morgan na votação da Fifa.

“Eu não estava preparada para receber esse prêmio, muito obrigada a todos que votaram em mim. Eu gostaria também de dar os parabéns à Alex [Morgan] e Beth Mead, vocês merecem esse troféu também. Gostaria de agradecer minhas companheiras, corpo técnico, clube. Todos aqueles que trabalham no clube”, afirmou a jogadora.

Putellas conquistou o campeonato e a Copa da Espanha na última temporada com o Barcelona, clube com o qual também chegou à final da Champions League feminina —na decisão, perdeu para o Lyon, da França.

A espanhola, no entanto, acabou fora da disputa da Eurocopa com sua seleção por causa de uma lesão grave no ligamento do joelho esquerdo.

Criado pela Fifa em 2001, o prêmio de melhor do ano no futebol feminino tem a brasileira Marta como a maior vencedora, com seis troféus, sendo o primeiro deles conquistado em 2006 e o último em 2018.

As jogadoras vencedora do prêmio Fifa The Best

2022 – Alexia Putellas (ESP)

2021 – Alexia Putellas (ESP)

2020 – Lucy Bronze (ING)

2019 – Megan Rapinoe (EUA)

2018 – Marta (BRA)

2017 – Lieke Martens (HOL)

2016 – Carli Lloyd (EUA)

2015 – Carli Lloyd (EUA)

2014 – Nadine Kessler (ALE)

2013 – Nadine Angerer (ALE)

2012 – Abby Wambach (EUA)

2011 – Homare Sawa (JAP)

2010 – Marta (BRA)

2009 – Marta (BRA)

2008 – Marta (BRA)

2007 – Marta (BRA)

2006 – Marta (BRA)

2005 – Birgit Prinz (ALE)

2004 – Birgit Prinz (ALE)

2003 – Birgit Prinz (ALE)

2002 – Mia Hamm (EUA)

2001 – Mia Hamm (EUA)

Neymar machuca o tornozelo e deixa o gramado chorando

O atacante Neymar sofreu uma lesão no tornozelo direito neste domingo (19) durante o duelo entre o PSG e o Lille pelo Campeonato Francês.

O jogador, que havia marcado um gol e dado uma assistência na partida, deixou o gramado no começo do segundo tempo, chorando, enquanto era carregado de maca pelos médicos. O duelo terminou com vitória dos parisienses, por 4 a 3.

A lesão dele ocorre a menos de duas semanas do jogo de volta do PSG contra o Bayern de Munique pelas oitavas de final da Champions League. Depois de perder o jogo de ida em casa, por 1 a 0, os franceses vão encarar os alemães novamente no dia 8 de março, em Munique.

O problema que tirou Neymar do jogo deste domingo é no mesmo tornozelo que atrapalhou a trajetória dele na última Copa do Mundo, no Qatar, onde o Brasil acabou eliminado nas quartas de final.

Desta vez, a lesão ocorreu após uma jogada em que ele tentava roubar a bola de Benjamin André.

No chão, com lágrimas nos olhos, o brasileiro tentou se levantar e caminhar antes de se deitar na maca com gestos raivosos, para deixar o campo com as mãos na cabeça.

A lesão traz más lembranças ao PSG, que já ficou sem Neymar em jogos importantes da Champions.

O brasileiro lesionou-se antes do segundo duelo das oitavas de final frente ao Real Madrid em 2018, ano em que o time parisiense acabou eliminado pelos espanhóis.

Em 2019, Neymar se machucou contra o Strasbourg e perdeu as oitavas de final contra o Manchester United, quando o PSG foi novamente eliminado.

E em 2021, Neymar voltou a se lesionar, desta vez no adutor esquerdo, perdendo o reencontro com seu antigo clube, o Barcelona, também nas oitavas de final. Mas, desta vez, o PSG avançou, com um show do francês Mbappé, autor de três gols no jogo de ida, no Camp Nou, onde os visitantes venceram por 4 a 1. Na França, houve um empate, 1 a 1.

TVs argentinas exibem hino cantado pela seleção – 18/12/2022 – Esporte

Doze horas antes da final da Copa do Mundo do Qatar, os principais canais de televisão da Argentina exibiram, à meia-noite deste sábado (17), o hino nacional cantado pelos jogadores da seleção.

Segundo o jornal argentino Clarín, a ação institucional foi uma iniciativa da AFA (Associação Argentina de Futebol).

A Argentina pode conquistar neste domingo (18), às 12h (de Brasília), no estádio de Lusail, o tricampeonato na Copa do Mundo, caso vença a França. A exibição do hino nas vozes da equipe comandada pelo treinador Lionel Scaloni teve o objetivo de motivar ainda mais os torcedores.

Os canais Telefe, El Trece, América, El Nueve, Net Tv e La Televisión Pública participaram da iniciativa.

O vídeo começou com uma imagem da bandeira argentina exibida nos estádios antes dos jogos da seleção. Em seguida, apareceram os jogadores argentinos, titulares e reservas, cantando a parte final do hino.

A gravação que foi ao ar foi a dos atletas cantando o hino antes da disputa com a Croácia, em uma das semifinais da Copa 2022.

Até a Copa do Mundo na Rússia, em 2018, o hino argentino era ouvido sem as estrofes devido à limitação de apenas 90 segundos imposta pela Fifa.

A pedido de Scaloni, isso mudou no Qatar e a Fifa autorizou que ao menos a parte final do hino fosse cantada antes dos jogos.

Segundo o Clarín, a Copa do Qatar é a primeira que incluiu o trecho considerado épico pelos argentinos:

“…coroado com glória vamos viver Ou vamos jurar com glória morrer!”

link

França chega à final com brilho de Mbappé e superação – 17/12/2022 – Esporte

A França chega à final da Copa do Mundo do Qatar provando que experiência faz diferença nos momentos decisivos.

Mesmo quando não foi superior tecnicamente aos adversários, como nas quartas de final contra a Inglaterra e na semifinal diante do time de Marrocos, os atuais campeões tiveram disciplina e concentração suficientes para alcançar as vitórias.

A França de 2022 é uma “equipe estranha”, escreveu o jornal L’Equipe ao descrever como uma “un exploit venu des tréfonds” (uma façanha das profundezas) a classificação do país para a decisão com a Argentina. A grande final será neste domingo (18), às 12h (de Brasília), em Lusail.

Não é o Brasil 1970, pois “faltam iluminações, magia e muita luz”, nem é a França de 2018, pela “falta de controle a certos níveis”, mas a França de 2022 é uma equipe com uma “ambição íntima cultivada na adversidade” e em curto espaço de tempo.

Nem o técnico Didier Deschamps discorda disso. “A França não foi perfeita”, ele reconheceu, repetindo como se fosse um refrão após os triunfos contra ingleses e marroquinos.

Foram os jogos mais difíceis da equipe no Qatar. Também foram nos quais Kylian Mbappé teve menos espaço, o que ajuda a entender a dificuldade francesa para se impor.

Em suas três primeiras partidas no Mundial, o camisa 10 foi acionado 39 vezes na área adversária, uma média de 13 por partida, segundo dados da Fifa. Contra Inglaterra e Marrocos, ele se viu nessa situação apenas 12 vezes, somando os dois confrontos.

A despeito dos números, porém, não é tão simples afirmar que ele foi menos decisivo, embora tenha passado em branco nessas partidas —ainda é o artilheiro da Copa, com cinco gols, ao lado de Messi.

Aos 23 anos e já em sua segunda final de Copa consecutiva, ele mostrou outro tipo de influência nos últimos dois confrontos. Se não tinha espaço, era porque a marcação, muitas vezes, era dobrada. Situação que, por outro lado, abria brechas para seus companheiros.

Foi assim que a muralha marroquina começou a ser destruída. Enquanto ele estava cercado por sete adversários e mesmo assim achou um jeito de finalizar para o gol, a sobra da defesa acabou caindo livre para Theo Hernández.

Isolado como em um oásis no meio do deserto, o lateral só teve o trabalho de finalizar para o gol, logo aos cinco minutos. Isso desmontou a estratégia de se fechar e buscar contra-ataques e obrigou o time de Marrocos a sair para o jogo.

Era tudo o que Mbappé queria, pois assim ele poderia usar justamente a principal arma marroquina para explorar a força de seus arranques pelas laterais.

Nem seu amigo e companheiro de clube Hakimi escapou de ser tirado para dançar, driblado e deixado para trás em campo. Se tinha dificuldade para finalizar, ao menos o camisa 10 francês esgotava as forças dos defensores. Eles já estavam extenuados quando Muani fechou a conta.

A despeito de todos os problemas físicos antes e durante o torneio, a França ainda tinha fôlego. Foi talvez sua maior prova de força nesta edição, superando a longa lista de baixas que formam um time desses que os torcedores têm decorado.

Pogba, Kanté, Benzema, Kimpembe e Nkunku nem jogaram no Qatar. Lucas Hernandez se machucou já durante a Copa. Upamecano e Rabiot não entraram na semifinal, abatidos por algo que Deschamps chamou de “uma doença que está acontecendo em Doha”.

Mesmo com as baixas de peças que foram importantes em 2018 e outros abatidos já durante a edição de 2022, a França mostrou que ainda tem muitas reservas daquela experiência vitoriosa.

Muito mais do que apenas os cinco remanescentes daquela conquista que iniciaram o duelo com os marroquinos (Hugo Lloris, Raphael Varane , Antoine Griezmann , Olivier Giroud e Mbappé). Há, também, a mesma frieza.

Mesmo na goleada sobre a Croácia, por 4 a 2, quando ficou com o caneco, o time francês cometeu alguns erros que poderiam ter lhe custado a vitória. Como aconteceu também diante da Inglaterra e de Marrocos nesta edição. Nos dois casos, nada abalou a máquina francesa de buscar vitórias.

O desafio agora é saber o quanto isso poderá fazer a diferença diante da Argentina. Quanto pode custar um erro contra Lionel Messi?

Muitas equipes sabem bem disso, mas a França não quer tomar conhecimento. Pelo menos não na prática. E espera contar com toda sua experiência para superar mais uma vez as adversidades.

“Sempre acontecem coisas em uma partida para as quais você não está preparado”, disse o capitão Hugo Lloris. “É aí que você precisa mostrar um bom espírito de equipe”, acrescentou.

“Somos bons como equipe porque sabemos como nos adaptar a diferentes cenários.”

link

Confira a seleção da Copa de cada colunista da Folha – 17/12/2022 – Esporte

Na véspera da final da Copa do Mundo de 2022, a Folha convocou colunistas de Esporte para analisar os principais jogadores e acontecimentos do torneio. Cada um montou sua seleção e destacou a decepção e a surpresa desta edição, além de fatos marcantes do evento sediado no Qatar.

Leia abaixo a opinião de Sandro Macedo, Marina Izidro, Casagrande, Renata Mendonça, Juca Kfouri, Luis Curro, Marcelo Damato, Tayguara Ribeiro, Tostão e PVC.

As seleções

Três jogadores foram unanimidade nas seleções: Messi, Mbappé e Theo Hernández. Veja a seleção da Copa de cada colunista.

Os companheiros de PSG e artilheiros da Copa, com cinco gols cada, são nomes previsíveis entre os melhores da competição.

Mas a presença do lateral esquerdo francês pode ser considerada uma surpresa: Theo fez ótima temporada pelo Milan, mas é pouco conhecido quando comparado aos dois craques.

Até as semifinais, ele deu duas assistências e marcou um gol —o primeiro contra Marrocos, na quarta-feira (14). Revelado pelo Atlético de Madri, foi um dos destaques da campanha milanesa pelo título da Serie A italiana na temporada passada. É um lateral veloz e ofensivo.

Entre os goleiros escalados, a disputa ficou empatada entre Bono, de Marrocos, e Livakovic, da Croácia: ambos foram selecionados por quatro de dez colunistas. Eles defenderam a meta das principais surpresas da Copa.

Bono foi o goleiro de Marrocos durante a campanha histórica da equipe, que ficou em quarto lugar, a melhor marca de uma equipe africana em Copas. Bono contribuiu pegando dois pênaltis decisivos na disputa contra a Espanha, além das grandes defesas que fez durante os jogos. O desempenho da seleção marroquina foi destacado pela maioria dos colunistas como a surpresa da Copa.



A ida de Marrocos à semifinal não deve se repetir logo, mas muda o horizonte das equipes africanas

Livakovic foi essencial no mata-mata croata: defendeu dois pênaltis em disputa contra o Japão, nas oitavas, e agarrou a cobrança de Rodrygo na disputa que eliminou o Brasil, nas quartas de final.

Na zaga, o escolhido pela maioria foi Gvardiol. O zagueiro croata de 20 anos é considerado uma das revelações do torneio. Atuou bem na Copa e foi responsável por desarmar Fred na jogada do gol de empate contra o Brasil. Foi escolhido por seis de dez colunistas.

Quem completa a dupla de zaga na seleção dos colunistas é o argentino Otamendi, que já não está no auge de sua carreira, mas teve ótimo desempenho na Copa do Mundo. Ele foi escolhido por três dos dez colunistas.

Theo, já citado, foi unanimidade na lateral esquerda.

No meio, o mais citado foi o francês Griezmann. Apesar de atuar como atacante no Atlético de Madri, está posicionado como meia de armação na seleção francesa. Ele deu três assistências em seis jogos de Copa. Além de cumprir com suas funções ofensivas, fez desarmes importantes e é um forte marcador da saída de bola de times adversários.

Por conta disso, é visto como o motor da França na Copa do Mundo.

Na seleção dos analistas, seus parceiros de meio são Modric, escolhido seis vezes, e Enzo Fernández ou Amrabat —os dois empataram com quatro escalações.

O croata conduziu o meio de campo xadrez na classificação sobre o Brasil em mistura de técnica e correria, mesmo aos 37 anos.

Enzo é uma promessa argentina de 21 anos que começou no banco e conquistou a titularidade com passes e arremates decisivos durante a campanha intensa da alviceleste.

Amrabat truncou o meio de adversários com desarmes rápidos e distribuiu passes elegantes. O volante da Fiorentina é outra revelação do torneio, apesar de já ter 26 anos.

No ataque, estão os unânimes Messi e Mbappé, que dispensam apresentação. Suas carreiras estão em fases opostas: Mbappé, aos 23, caminha para ser tornar um dos maiores jogadores da história do futebol e busca seu segundo título mundial. Messi tenta encerrar sua carreira na seleção dando o tri a seus país, título inédito para o argentino, que seria uma cereja no bolo de sua carreira já eternizada.

Para fechar o trio, o eleito foi Julián Álvarez, outro moleque. Aos 22, assumiu a titularidade durante o torneio e marcou gols decisivos para a campanha argentina, como os dois contra a Croácia, na quarta-feira (14), que classificaram a equipe à final.

A decepção da Copa

Para a maioria dos colunistas, a grande decepção desta edição de Copa esteve relacionada à desclassificação brasileira precoce. Tropeços de outras potências e polêmicas sobre direitos humanos no Qatar também figuraram na lista; veja completa abaixo.

  • PVC: Alemanha. Duas Copas seguidas caindo na fase de grupos. Assustador.
  • Casagrande: Saber que fiquei um mês num país que não respeita os direitos humanos, trata mulheres como seres inferiores e é altamente homofóbico.
  • Renata Mendonça: Alemanha, apesar de boas atuações, perdeu muitas oportunidades de gol, não foi eficiente e acabou eliminada pela segunda Copa consecutiva na primeira fase.
  • Tayguara Ribeiro: O gol tomado pelo Brasil. Tomar em um contra-ataque, ganhando uma prorrogação e faltando apenas quatro minutos para terminar o jogo. Não tem como não se decepcionar.
  • Juca Kfouri: A desclassificação da seleção brasileira nas quartas de final, diante da Croácia.
  • Luis Curro: Alemanha (segunda eliminação seguida na fase de grupos), Bélgica (e seus craques De Bruyne e Lukaku), Brasil (outra queda nas quartas como favorito) e Cristiano Ronaldo (implicante e ineficiente).
  • Marcelo Damato: Thiago Silva, aos 38 anos, não sabe o que é ser capitão. A faixa não é uma vaidade. O capitão é quem põe o dever acima da vontade. Deveria ter se apresentado para bater o primeiro pênalti.
  • Marina Izidro: A forma como a talentosa seleção brasileira foi eliminada precocemente. Os quatro minutos finais da prorrogação contra a Croácia e a ordem de cobrança de pênaltis não sairão nunca mais de nossa memória.
  • Tostão: Alemanha, do ponto de vista técnico, e Brasil, do ponto de vista emocional.
  • Sandro Macedo: Dinamarca, que chegou com status de força alternativa, e Bélgica, 3º em 2018, não jogaram nada; e teve a decepção dos ingleses com a qual me solidarizo, Wilton Pereira Sampaio.

A surpresa

Esta edição foi recheada de surpresas: teve queda de potências e zebras na fase de grupos, tropeços de Espanha e Brasil no mata-mata, Marrocos alçando voo e Austrália classificada, além de Dinamarca lanterna de seu grupo.

  • PVC: Marrocos. Ninguém esperava.

  • Casagrande: A campanha de Marrocos, primeira seleção africana a chegar às semis, e a queda da Alemanha ainda na fase de grupos.

  • Renata Mendonça: Brasil não chegar às semifinais da Copa

  • Tayguara Ribeiro: Julián Álvarez, jovem centroavante da Argentina.

  • Juca Kfouri: A maravilhosa torcida marroquina.

  • Luis Curro: Marrocos, a primeira seleção africana a chegar a uma semifinal de Copa do Mundo, derrubando, com força coletiva, Bélgica na fase de grupos e Espanha e Portugal nos mata-matas

  • Marcelo Damato: a ida de Marrocos à semifinal não deve se repetir logo, mas muda o horizonte das equipes africanas. Coreia do Sul e do Japão também mostraram novidade. As três equipes venceram apostando em contra-ataques criativos.

  • Marina Izidro: Marrocos, primeira seleção africana a chegar à semifinal, vencendo Bélgica, Espanha e Portugal.

  • Sandro Macedo: Saindo da obviedade de apontar Marrocos, me surpreendi com Tite deixando a turminha chorando sozinha no gramado após a eliminação; e com a torcida da Argentina, que invadiu o Qatar e abraçou a seleção como poucas vezes me lembro.

O que marcou esta Copa?

Segundo os colunistas, o aspecto mais marcante desta edição foi o político: seleções e torcedores transformaram os estádios em palcos de protestos por diferentes motivos. As controvérsias envolvendo o desrespeito do país-sede a direitos humanos fomentou discussões sobre o assunto.

  • PVC: Aplaudimos os craques Messi, Neymar e Mbappe, sem esquecer que são garotos propaganda do regime qatariano, que não respeita os direitos humanos, especialmente os das mulheres e de homossexuais.

  • Casagrande: As exibições de Messi foram marcantes. Essa é minha sétima Copa do Mundo, e em nenhuma delas vi algo igual. Outro ponto a ressaltar: os manifestos das mulheres iranianas contra a morte da garota Mahsa Amini durante as partidas.

  • Renata Mendonça: As manifestações na torcida, tanto de torcedores com símbolos, camisas e bandeiras pela causa LGBT e também protestos em favor das mulheres iranianas, como a faixa “Women Life Freedom” na arquibancada, marcaram esta edição de Copa, sediada por um país que restringe direitos humanos.

  • Tayguara Ribeiro: A Copa foi marcada por protestos. Jogadores do Irã não cantaram o hino do país em apoio à situação das mulheres iranianas; ingleses se ajoelharam em protesto contra o racismo; alemães taparam a boca em conjunto em ato contra a Fifa, que proibiu manifestações.

  • Juca Kfouri: Algo que marcou a Copa de 2022 foi o contraponto entre a frieza e artificialidade do Qatar e a quentura das torcidas de Marrocos, principalmente, e da Argentina

  • Luis Curro: Um momento marcante foi a bola que todo o mundo viu que saiu do campo, antes de gol decisivo do Japão contra a Espanha, mas que, segundo a arbitragem, não saiu —disseram que a tecnologia permitiu ao VAR enxergar que parte da redonda estava sobre a linha de fundo.

  • Marcelo Damato: Essa foi a Copa dos meio-campistas, dos pontas e dos goleiros. Polivalência passou a ser regra. O jogo ficou mais bruto. A violência foi tolerada pelo apito. O VAR 2.0 resolveu o impedimento. O Brasil foi o de sempre.

  • Marina Izidro: A escolha da sede nunca foi tão criticada como nesta edição, com questões como direitos humanos e combate à homofobia dominando os debates e atletas divididos entre o direito de manifestação e o sonho de jogar uma Copa.

  • Tostão: a TV mostrava o presidente da Fifa, Infantino, sempre sentado sozinho durante os jogos. Em França x Marrocos, ele teve a companhia de Macron. Mesmo assim, continuou na mesma posição, calado, como se o francês não existisse. Será ele o dono da Fifa, do futebol e do mundo?

  • Sandro Macedo: Esta será lembrada como a última Copa de Messi desfilando em alto nível; mas também vai ficar marcada para sempre como a Copa do “não”. Não aos direitos humanos, não aos LGBTQIA+, não às mulheres, não à cerveja. Vai-te Qatar.

link

Na Copa de 2026 vai ter Budweiser, e várias cervejas boas – 17/12/2022 – Copo Cheio

Quando faltavam apenas dois dias para o início da Copa, veio a notícia que caiu como água no chope do consumidor cervejeiro que pensava nos brindes no Qatar: a proibição da venda de cerveja dentro e nos arredores dos estádios.

Era só mais uma de tantas outras restrições no primeiro Mundial no Oriente Médio, mas pegou até a Budweiser, cerveja oficial do evento, desavisada. “Após discussões entre o país anfitrião e a Fifa, uma decisão foi tomada para focar a venda de bebidas alcoólicas na Fan Fest, outros destinos turísticos e pontos autorizados, removendo pontos de venda de cerveja dos perímetros da Copa do Mundo de 2022”, disse comunicado da Fifa.

Até os alemães, que reclamaram loucamente de serem obrigados a vender Budweiser na sua Copa, em 2006, questionaram a decisão em cima da hora.

Mas a boa notícia é que em 2026, “the beer it’s coming home”, como diriam os ingleses. Cerveja mais vendida nos Estados Unidos, a Bud, que pertence ao portfólio da Ambev, tem contrato garantido até o Mundial de 2026, a ser disputado nos Estados Unidos, no Canadá e no México. Alegria garantida para os copeiros de plantão.

Mas por que se contentar só com a Budweiser se você estará diante de um paraíso de malte e lúpulo? Fãs de cervejas artesanais podem passar longe da marca oficial e se refestelar na imensidão de rótulos especiais —pelo menos, fora do estádio.

O Mundial será um parque de diversões lupuladas em cada sede —ao todo, serão 16, incluindo 11 cidades americanas: Vancouver e Toronto (Canadá); Seattle, San Francisco, Los Angeles, Kansas City, Dallas, Atlanta, Houston, Boston, Filadélfia, Miami e Nova York (EUA); e Cidade do México, Guadalajara e Monterrey (México).

Bem, se for pensar na cerveja na hora de escolher um jogo para assistir, a sugestão principal são as californianas São Francisco e Los Angeles, terra de várias american IPAs de respeito, ou, na outra ponta, Nova York e Boston.

San Francisco é a casa da ótima Anchor Brewing, por exemplo, cervejaria que contribuiu para o boom do movimento no país e que era encontrada com frequência por aqui em bares especializados, como o EAP, mas tem estado em falta. Assim como a Sierra Nevada, outra californiana que fazia sucesso.

Outra conhecida cervejaria na região é a Lagunitas, dona de uma india pale ale tradicional, esta, sim, de fácil acesso no Brasil —integra o portfólio da Heineken.

Do outro lado do país, em Nova York, também dá para fazer uma festa cervejeira. A cidade que deve sediar a final da Copa abriga cervejarias como a Brooklyn Brewery, conhecida por aqui. O bairro do Brooklyn ainda é a casa de marcas como a Threes Brewing e a moderninha Grimm Artisanal Ales.

Já em Long Island, tem a descolada Rockaway Brewing, ou o Alewife Taproom, um pub procurado, em que é possível tomar cervejas de outros cantos do mundo.

Se nas cidades da costa oeste será fácil encontrar muitas west coast IPA, do lado leste, em Nova York ou Boston, quem manda são as New England IPA, ou juicy IPA. Aliás, a capital de Massachusetts é o lar de uma das principais artesanais dos Estados Unidos, a Samuel Adams, que vez ou outra dava as caras em São Paulo.

Vamos falar muito ainda das cervejarias americanas nas cidades da próxima Copa, mas já é um alento saber que você vai ter Bud e, melhor, vai ter muito mais que Bud.


LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

link